Between Blood and Desire. (Polin ' máfia)

frio

No dia seguinte, Colin e Penélope estavam prontos para desembarcar do cruzeiro. O clima estava leve, embora Colin ainda estivesse processando os eventos dos últimos dias. Enquanto caminhavam até a saída, ele lançou um olhar curioso para Penélope e perguntou, com um tom levemente provocador:

— Não vai se despedir da Isabella?

Penélope sorriu com uma expressão travessa, sabendo muito bem o que Colin estava insinuando.

— Já falei com ela por mensagem, não se preocupe. Inclusive, me convidei para uma visita — respondeu, rindo.

Colin parou por um instante, olhando-a como se tentasse decifrá-la.

— Você realmente é algo, Penélope — ele balançou a cabeça, ainda sem acreditar completamente. — Mas você tem noção de que tem uma mulher casada realmente disputando você comigo?

Penélope riu mais alto dessa vez, claramente se divertindo com o ciúme que via em Colin.

— Disputando? — ela arqueou uma sobrancelha, ainda brincalhona. — Eu achei que você já tivesse vencido, Colin. A Isabella só estava... se divertindo com o jogo. Não era nada sério.

Colin deu um passo em direção a ela, ficando mais próximo, o sorriso dele se tornando menos brincalhão e mais sincero.

— Só me certificando, Penélope. Eu não estou aqui para perder você para ninguém.

Penélope sentiu uma leve palpitação no peito com a intensidade do olhar de Colin, mas logo disfarçou com um suspiro teatral.

— Que competitivo você é, Bridgerton. Não tem graça jogar com alguém que não sabe perder.

Eles riram juntos enquanto o cruzeiro finalmente ficava para trás, mas Colin ainda tinha um brilho sério nos olhos, mesmo em meio à provocação.

De volta à casa Bridgerton, Colin foi recebido pelos seguranças, que imediatamente o informaram da situação tensa que havia ocorrido durante sua ausência. Harry, o padrinho de Penélope, tinha tentado invadir a propriedade duas vezes e, pior ainda, quase havia sequestrado Felicity durante um passeio. Agora, ele estava preso no galpão, e os seguranças esperavam apenas pelo retorno de Colin para decidir o que fazer.

O semblante de Colin escureceu com a notícia. Sua mente rapidamente correu para Penélope e Felicity. Sem hesitar, ele deu ordens firmes:

— Segurem Harry. Ninguém toca nele até eu chegar no galpão. Eu vou resolver isso pessoalmente.

Enquanto os seguranças acatavam suas ordens, Colin foi atrás de Penélope. Ele sabia que ela já devia estar ciente do ocorrido, e seu coração apertou ao imaginar o que ela estava sentindo. Subiu rapidamente as escadas em direção ao quarto de Felicity, onde sabia que encontraria Penélope.

Ao abrir a porta, a cena que se desenrolou diante dele fez seu peito apertar ainda mais. Felicity estava sentada na cama, com o rosto encharcado de lágrimas, enquanto Penélope a abraçava, tentando consolar a irmã mais nova, mas visivelmente abalada também.

Penélope levantou o olhar para Colin assim que ele entrou, seus olhos transmitindo um misto de medo e raiva. Sem precisar dizer nada, Colin se aproximou, colocando uma mão reconfortante no ombro dela e outra na cabeça de Felicity, que soluçava baixinho.

— Está tudo bem agora — Colin disse com firmeza, mas suavemente. — Eu estou aqui, e ele não vai machucar mais ninguém.

Penélope respirou fundo, tentando se recompor, mas ainda estava claramente em choque.

— Eu não acredito que Harry fez isso... tentar levar Felicity? — A voz de Penélope tremia de incredulidade e fúria. — Como ele ousa?

Colin assentiu, entendendo a profundidade da traição que Penélope sentia. Ele a conhecia bem o suficiente para saber que a raiva dela estava prestes a explodir.