Colin observou Penélope enquanto ela permanecia com os olhos fechados, perdida em um mundo distante. A confusão em seu rosto era palpável, e ele se preocupou ao ouvir os murmúrios incoerentes que saíam de seus lábios.
— Eu… Bianchi… você… não sei… — ela falava em um fluxo contínuo, suas palavras misturadas em uma colcha de retalhos de pensamentos desconexos. O coração de Colin se apertou ao ouvir seu nome sendo trocado, como se ela estivesse se debatendo entre diferentes realidades.
— Penélope, olhe para mim! — ele disse, sua voz carregada de preocupação. Ele a balançou levemente, tentando puxá-la de volta à consciência. — Eu sou Colin! Não se preocupe, estou aqui.
Mas ela continuava a murmurar, os olhos ainda fechados, a mente vagando por lugares que ele não podia alcançar.
— O que você fez? Por que… por que não estava lá? — As palavras pareciam um eco distante, e ele sentiu um nó no estômago. Era doloroso ver Penélope assim, lutando contra algo que ele não entendia completamente.
— Penélope! — Ele insistiu, sua voz agora um pouco mais alta, um apelo em busca de atenção. — Você precisa voltar para mim!
- Eu não sou louca... Não sou - Ela disse desesperada tocando a cabeça - minha cabeça dói, Colin... Onde eu Estou?
Finalmente, ele decidiu que não podia esperar mais. Com determinação, ele se levantou e, mesmo sem saber como, chamou alguém para ajudar.
— Preciso de um médico! — ele gritou, sua voz ecoando no corredor enquanto as pessoas ao redor olhavam para ele, algumas com rostos preocupados, outras surpresas. — Alguém, por favor!
Logo, uma equipe médica chegou e começou a avaliar Penélope. Colin ficou ao lado dela, mantendo a mão em seu ombro, tentando transmitir um pouco de força e conforto.
— Você vai ficar bem, Penélope. Estou aqui, e vou ficar com você — sussurrou, seus olhos fixos no rosto dela, esperando que ela conseguisse ouvir e sentir sua presença.
As palavras do médico foram rápidas, mas Colin focou em cada detalhe. Ele precisava que Penélope voltasse a si, precisava que ela soubesse que não estava sozinha, mesmo em meio ao caos.
Colin observou enquanto a equipe médica trabalhava rapidamente para estabilizar Penélope. Ele sentia o coração acelerado, a ansiedade o consumindo. Assim que teve a chance, ele saiu do banheiro e se afastou um pouco, ligando para Eloise, sua irmã e médica.
— Eloise, sou eu — ele disse assim que ela atendeu, sua voz tensa. — Preciso da sua ajuda. Penélope foi socorrida.
— O que aconteceu? — perguntou Eloise, claramente alerta do outro lado da linha.
— Ela desmaiou… — Colin hesitou, procurando as palavras. — Antes disso, estava confusa, trocando nomes, falando sobre coisas aleatórias. Agora, a equipe médica está tratando dela.
— Quais são os sintomas? O que você viu? — Ela pressionou, e Colin sentiu a urgência na voz dela.
— Excesso de raiva… perda de memória… dor de cabeça… e desmaios.
Eloise fez uma pausa, e Colin pôde imaginar sua irmã pensando intensamente.
— Isso pode ser uma concussão cerebral — ela explicou, a seriedade em sua voz clara. — A concussão é uma lesão cerebral leve causada por um impacto, e os sintomas podem incluir confusão, dores de cabeça, e perda de consciência. O fato de ela ter desmaiado várias vezes é preocupante.
— O que posso fazer? — Colin perguntou, sua voz cheia de desespero.
— Eles vão precisar monitorá-la. É importante que ela não se mova muito e que não tenha estímulos excessivos. Você deve garantir que ela fique em um ambiente calmo e tranquilo. Também é vital que a equipe médica verifique se ela tem alguma hemorragia interna.
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Between Blood and Desire. (Polin ' máfia)
Hayran KurguPenélope Featherington, chefe implacável da máfia irlandesa, comanda com astúcia e mão de ferro o império criminoso de sua família. Há décadas, os Featheringtons mantêm uma rixa sangrenta com os Bridgertons, a poderosa máfia de Londres, liderada por...