Between Blood and Desire. (Polin ' máfia)

Tudo pra mim

Capítulo 7: tudo pra mim

Penélope se sentia sufocada no jardim dos Bridgerton. Estava consciente da constante vigilância dos capangas de Colin, mas o que mais a irritava era o fato de ninguém ali confiar nela – o que fazia sentido, já que ela mesma não confiava em ninguém. Para ela, se casar com Colin era um destino pior que a morte.

Do outro lado do jardim, Kate e Sophie a observavam com olhos arregalados, como se estivessem diante de um fantasma. Penélope era uma lenda, seu nome envolto em histórias de tortura e morte. Kate, em particular, nunca esqueceu o dia em que foi alvo de um de seus ataques quando Anthony ainda comandava a máfia. As duas sussurravam entre si, confusas sobre o motivo de Penélope estar ali e, pior, por que ela deveria se casar com Colin e se tornar parte da família.

Penélope sabia que estavam falando sobre ela. Seus ouvidos captavam fragmentos da conversa, mas ela não se incomodava. Mantinha um sorriso irônico no rosto, os olhos fixos no chão, mas de vez em quando olhava diretamente para Kate e Sophie, o suficiente para fazê-las estremecer.

No entanto, a mente de Penélope estava ocupada com algo muito mais importante: um dos capangas de Colin, que não tirava os olhos dela. Ele seria fácil de manipular, e Penélope já calculava como poderia seduzi-lo e conseguir acesso a alguma sala cheia de armas. Ela ainda tinha um plano em mente, e, mesmo cercada por inimigos, sabia como virar o jogo a seu favor.

Kate e Sophie continuavam sussurrando, olhando de relance para Penélope como se ela fosse uma aberração, algo fora do comum. Era difícil acreditar que alguém como ela estivesse ali, no coração da casa Bridgerton, prestes a se casar com Colin.

- Ela é como um predador à espreita - disse Kate, o desconforto evidente em sua voz. - Não entendo como Colin pode estar envolvido com alguém assim... É como se ele estivesse cego."

Sophie, mais cautelosa, olhou de novo para Penélope, que permanecia com o mesmo sorriso irônico no rosto, como se soubesse exatamente o que estavam dizendo. - Eu ouvi coisas terríveis sobre ela... As histórias... E o que aconteceu com você, Kate. Como pode uma pessoa como ela ser parte da nossa família?

- Ela nunca vai ser uma Bridgerton de verdade- , retrucou Kate, os olhos se estreitando. - Essa mulher traz morte e destruição aonde quer que vá. E se ela está aqui, é porque tem algum plano. Só não consigo entender o que Colin tem a ver com isso.

As palavras maldizentes das duas, carregadas de medo e desdém, só faziam o sorriso de Penélope crescer. Ela podia sentir a tensão que sua presença causava, e, para ser honesta, gostava disso. Quanto mais subestimavam sua inteligência e astúcia, mais fácil seria para ela manter seu jogo.

Penélope se levantou lentamente, deixando o olhar de Kate e Sophie para trás, enquanto seus passos calculados a levavam em direção ao capanga que a observava de longe. Ele estava sozinho, claramente seguindo as ordens de Colin, mas havia algo no olhar daquele homem que a fazia pensar que ele seria fácil de dobrar. Com um sorriso malicioso, ela se aproximou, seus movimentos graciosos e encantadores, cada passo planejado para hipnotizá-lo.

- Você parece tão sozinho aqui,- disse ela suavemente, sua voz como um sussurro sedutor. - Deve ser entediante ficar me vigiando o tempo todo.

O capanga, rígido no início, começou a relaxar à medida que Penélope se aproximava. Ele sabia que Colin não toleraria erros, mas o olhar de Penélope o puxava para um mundo em que seus medos pareciam irrelevantes. Ela era perigosa, claro, mas irresistível.

- Eu só... estou fazendo o meu trabalho - ele murmurou, tentando se manter firme, mas seus olhos não conseguiam desviar do sorriso dela, que agora parecia quase encantador.