o fim

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Colin, sem hesitar, golpeou Bianchi com um soco forte, que ecoou pelo escritório. Bianchi cambaleou para trás, sua expressão de dor transformada em medo enquanto Colin, movido pela raiva e desespero, o agarrava novamente e o arremessava contra a porta do escritório. O impacto foi tão forte que a porta estremeceu, e Bianchi caiu no chão, ofegante, tentando se recompor.

— Isso é por tudo o que você fez com ela, — Colin rosnou, avançando novamente. Ele segurou Bianchi pelo colarinho e o ergueu, encostando-o contra a porta. — Agora, ou você me diz onde ela está, ou vai desejar nunca ter cruzado meu caminho.

Bianchi, quase sem fôlego e com a dor estampada em seu rosto, tentou desviar o olhar, mas Colin o forçou a encará-lo.

— Ela está... no quarto de recuperação, — Bianchi sibilou entre os dentes. — Mas é tarde demais, Colin. Você não pode salvá-la de Portia. Ela é mais forte e implacável do que você imagina. Penélope nunca foi seu futuro... Ela pertence a esta vida, e você não faz parte dela.

Colin, sem se abalar pelas provocações, o soltou com um empurrão, deixando Bianchi cair no chão. Ele deu um último olhar para o mafioso caído, o desprezo evidente em seu rosto.

— Veremos sobre isso, — ele murmurou, virando-se e saindo rapidamente para o quarto onde Penélope estava.
Colin parou de súbito ao ouvir uma voz fria e cortante atrás dele:

— Está indo a algum lugar, Colin? — Portia disse, sua voz carregada de sarcasmo e desprezo.

Ele se virou, vendo Portia parada a poucos metros de distância, com uma arma apontada diretamente para ele. Ela o olhava com uma mistura de fúria e satisfação, como se finalmente tivesse o controle da situação.

Colin ergueu sua arma, firme, sem hesitar.

— Chega de jogos, Portia. Onde ela está? — Colin perguntou, sua voz grave e ameaçadora. Ele não iria recuar; já tinha ido longe demais para permitir que Portia o impedisse agora.

— Você não entende, não é? — Portia riu, um riso cruel que ecoava no corredor. — Penélope é minha filha. Não tem nada a ver com você. Eu dei a ela uma vida, um propósito, algo que você jamais poderia entender.

— Uma vida? — Colin zombou, os olhos brilhando de raiva. — Você a usou, controlou, e agora a destruiu. Penélope merece mais do que você jamais pôde oferecer. Eu posso vê-la pelo que ela realmente é — e sei que ela merece ser amada, não manipulada.

Portia bufou, sua expressão endurecendo ainda mais.

— Amada? — ela replicou, desprezo escorrendo de sua voz. — Você acha que sabe o que é amor? Penélope nunca será sua, Colin. Ela tem o meu sangue, a minha força. E você, — ela apontou a arma ainda mais firme na direção dele, — é um nada. Sempre foi e sempre será um fracassado. Eu construí tudo isso, eu a transformei no que ela é.

— Pois você está errada, Portia, — Colin rosnou, sem desviar a arma. — Penélope é quem ela é apesar de você, não por sua causa. E eu não vou descansar até tirá-la das suas mãos.

Os dois se encararam em silêncio por um momento, armas em punho, cada um esperando o próximo movimento do outro. O ambiente era tenso, carregado de ressentimentos e ameaças silenciosas.

Portia então abriu um sorriso venenoso.

— Pois bem, Colin. Venha buscar o que é seu — se tiver coragem de me enfrentar até o fim.

Num piscar de olhos, Portia disparou um tiro na direção de Colin, mas ele conseguiu desviar no último segundo, avançando em sua direção com uma velocidade impulsionada pela raiva e determinação. Ele agarrou o pulso dela, tentando desarmá-la, e ambos começaram uma luta corporal feroz.

Between Blood and Desire. (Polin ' máfia)Onde histórias criam vida. Descubra agora