o Herdeiro da morte

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Capítulo 2: o herdeiro da morte

Colin Bridgerton
30 anos, Mayfair, Londres

Colin Bridgerton, aos 30 anos, reinava como o implacável chefe da máfia de Londres. A coroa pesada que antes pertencera a seu pai e que seus irmãos mais velhos se recusaram a carregar após a morte do patriarca agora repousava sobre seus ombros. E ele a vestia com perfeição. Colin era um homem bonito, de uma beleza perigosa, com olhos que carregavam o gelo da indiferença e a habilidade letal de quem jamais deixava suas emoções transparecerem. Ele era frio, calculista e um mestre em manipulação. Sabia como dobrar pessoas à sua vontade, como mover peças no tabuleiro de poder sem sujar as mãos.

Raramente perdia uma guerra. Aliás, não se lembrava da última vez que alguém ousara desafiá-lo sem sofrer consequências. Os negócios prosperavam, seus aliados eram poderosos, e seus inimigos, mortos ou em desgraça. Colin governava com a cabeça e nunca com o coração. Exceto quando se tratava de uma pessoa: Penélope Featherington.

Ela era a espinha em seu caminho, a mulher que ousava desafiá-lo em todas as frentes, tornando-se sua maior inimiga. Os dois estavam presos em um jogo de gato e rato havia anos, e Colin sabia que se quisesse quebrá-la, precisaria atacar onde mais doía. Foi assim que surgiu o plano para sequestrar Felicity Featherington, a irmã caçula de Penélope. Não era sua intenção machucar a menina de 14 anos, mas assustá-la o suficiente para atrair Penélope para o seu território, para Londres, onde ele tinha controle total.

Quando Felicity foi trazida à sua mansão secreta, Colin a observou de longe. Mesmo sendo apenas uma adolescente, a menina tinha uma chama nos olhos que ele reconhecia muito bem — era a mesma chama que ele vira incontáveis vezes em Penélope. Felicity não parecia aterrorizada, como a maioria das pessoas ficaria em uma situação dessas. Não, ela estava desafiadora, o que fez Colin sorrir de maneira sutil.

Ele desceu as escadas e entrou no cômodo onde Felicity estava sentada, a postura ereta e os olhos fixos nele, desafiando-o. A semelhança com sua irmã era quase assustadora, mas o comportamento da jovem o intrigava.

— Você é Colin Bridgerton? — perguntou Felicity, com a voz firme para uma garota tão jovem.

Colin arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços enquanto a estudava. A maioria das pessoas em sua posição estaria chorando ou implorando por misericórdia. Não Felicity. Isso fez com que Colin percebesse o quanto Penélope realmente havia moldado a menina. Ela era mais forte do que aparentava.

— Depende de quem está perguntando — respondeu Colin, com o tom carregado de sarcasmo. — E você deve ser Felicity Featherington, certo?

— Ótima dedução — retrucou Felicity, cruzando os braços, espelhando a postura de Colin. — O que você quer comigo? Não sou idiota. Sei que isso tem a ver com Penélope. Mas vou te poupar o trabalho, porque ela nunca vai se curvar a você.

Colin sorriu lentamente, admirando o espírito da garota. Ela tinha a audácia de uma Featherington, isso era inegável. Mas ele sabia como quebrar aquele tipo de confiança, como plantar medo onde havia coragem.

— Ah, eu não preciso que Penélope se curve a mim. — Colin deu alguns passos à frente, mantendo o olhar frio. — Só preciso que ela venha até mim. E você é o bilhete que vai trazer sua irmã para Londres.

Felicity o encarou, sem desviar o olhar. Ele podia ver o fogo nos olhos dela, a mesma chama que Penélope tinha ao enfrentá-lo. Mesmo assim, ela era apenas uma garota, e ele sabia que, apesar da coragem, Felicity não estava no mesmo nível de manipulação e poder de sua irmã.

Between Blood and Desire. (Polin ' máfia)Onde histórias criam vida. Descubra agora