liberdade

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Colin, ignorando as advertências de Anthony sobre sua condição, fixou os olhos no corredor escuro da mansão. O sangue ainda escorria de sua perna, mas sua determinação era mais forte que a dor. Ele não se importava. O que importava era encontrar Penélope e trazê-la de volta.

— Benedict, leve Felicity para o carro — ordenou Colin, sem desviar o olhar do que estava à frente. — Eu vou encontrar a Penélope.

— Colin, você não está em condições! — Anthony protestou, sua voz grave ressoando na tensão do momento. — Você precisa de um médico. Deixe isso conosco!

Colin virou-se para Anthony, seus olhos cheios de uma ferocidade que surpreendeu até a ele mesmo. — Eu não vou deixar minha esposa aqui. Eu não vou falhar com ela de novo.

Benedict, percebendo a gravidade da situação, tomou Felicity pelos ombros, levando-a para fora da mansão. As lágrimas escorriam pelo rosto da menina, mas ela sabia que, se Colin estava indo atrás de Penélope, era por um motivo.

Colin respirou fundo, tentando ignorar a dor que pulsava em sua perna. Ele apertou a arma contra o peito, ouvindo os ecos de suas próprias ordens ecoarem pela casa.

— Penélope! — gritou ele, a voz ecoando nas paredes vazias. — Onde você está?!

Sem esperar uma resposta, ele avançou pelo corredor, cada passo se tornando um teste de resistência. Ele estava determinado a encontrá-la, a fazer com que soubesse que ele estava ali, que ele não a deixaria sozinha.

O silêncio era opressivo, e a escuridão parecia se fechar ao seu redor. A angústia o consumia, mas ele não podia desistir. Ele não podia permitir que Portia a mantivesse longe dele. Com cada movimento, a imagem de Penélope — sua risada, seu carinho, a vida que eles poderiam ter juntos — impulsionava seus passos.

Colin chegou a uma porta fechada, e sua intuição lhe disse que ela estava atrás dela. Ele bateu na madeira com força, a adrenalina fazendo seu coração disparar.

— Penélope! — chamou ele novamente, com a voz carregada de desespero. — Estou aqui!

Nada. O silêncio só aumentava, e ele se viu paralisado por um momento, um pânico crescendo em seu interior. A ideia de que poderia estar muito tarde o fez agir com ainda mais urgência.

Ele girou a maçaneta e empurrou a porta, que se abriu com um rangido. No entanto, o que encontrou não era o que esperava. A sala estava vazia, mas seu coração disparou ao sentir uma presença mais intensa, um frio que não deveria estar ali.

— Penélope! — gritou mais uma vez, sua voz ressoando como um eco em seus próprios medos. — Por favor, responda!

Foi então que ele ouviu um sussurro suave, quase inaudível, vindo de um canto escuro da sala. Ele virou-se rapidamente, sentindo uma onda de esperança misturada com ansiedade.

— Colin...? — a voz tremia, mas a familiaridade era inconfundível.

Ele se aproximou rapidamente, seu coração batendo descontrolado. — Penélope! É você? Onde você está?

No momento em que ela apareceu na penumbra, Colin sentiu uma mistura de alívio e terror. A imagem dela, embora vulnerável e frágil, era tudo o que ele precisava. E ele faria de tudo para protegê-la.

Colin avançou rapidamente em direção a Penélope, que estava encostada em uma parede, sua expressão confusa e perdida. Ele podia ver que ela estava desorientada, os olhos grandes e assustados, como se não reconhecesse o ambiente ao seu redor.

— Penélope! — Ele a chamou, a voz carregada de emoção, enquanto se agachava ao seu nível. — Sou eu, Colin. Estou aqui. Está tudo bem agora.

Ela olhou para ele, a confusão misturada com um vislumbre de reconhecimento. — Colin? O que... o que está acontecendo? — sua voz era fraca, quase um sussurro.

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⏰ Última atualização: 18 hours ago ⏰

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Between Blood and Desire. (Polin ' máfia)Onde histórias criam vida. Descubra agora