De volta aos Mortos

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Bianchi observou o impacto de suas palavras refletido no rosto de Penélope, e aproveitou o momento de vulnerabilidade para continuar manipulando-a.

— E quanto a Colin? — ele começou, em tom casual, mas com um brilho cruel no olhar. — Você realmente acredita que ele te ama? Que ele sempre esteve do seu lado? Ele está te usando, Penélope. Sempre esteve.

Penélope respirou fundo, a voz embargada de raiva e descrença.

— Isso é mentira! — ela gritou, os olhos brilhando de frustração. — Colin me ama. Ele sempre esteve comigo, até quando ninguém mais acreditou em mim!

Bianchi sorriu com desprezo, dando um passo mais próximo dela, a imponência dele aumentando a tensão no ar.

— Ele é um Bridgerton, Penélope. Gente como ele não perde tempo com alguém como você a não ser que tenha algo a ganhar. Ele sabia que você era uma Featherington, sabia do poder e da influência que poderia obter ao seu lado. Ele não te ama e nunca amou — ele afirmou friamente, as palavras cortantes como lâminas.

Penélope hesitou, sentindo uma pontada de insegurança atravessar seu peito. As dúvidas, que ela sempre tentou esconder, começaram a se misturar com a realidade distorcida que Bianchi estava tentando criar.

— Não... Isso não pode ser verdade — ela murmurou, como se tentasse convencer a si mesma.

Vendo a hesitação, Bianchi aproveitou o momento para avançar, encurralando-a contra a parede. Ele ergueu a mão e a pressionou com força contra o ombro de Penélope, empurrando-a com brutalidade.

— Você é uma tola, Penélope. Ele não passa de um interesseiro — ele cuspiu as palavras, observando o olhar dela vacilar enquanto o impacto do golpe a fazia perder o equilíbrio.

Penélope tentou recuar, mas a força do empurrão a fez bater a cabeça contra a parede, e ela sentiu uma dor aguda atravessar seu crânio. Um leve tremor passou por seu corpo enquanto ela tentava se recompor, lutando contra as palavras cruéis de Bianchi que agora ecoavam em sua mente.

Ele se inclinou, aproximando o rosto para sussurrar com um tom sádico.

— Você deveria ser grata por eu ter revelado a verdade. Afinal, é melhor descobrir agora do que continuar sendo uma marionete nas mãos de Colin.

Penélope segurou a cabeça, que latejava intensamente após o impacto. Sentia a vista embaçar, mas forçou-se a manter o foco em Bianchi, recusando-se a demonstrar fraqueza. A postura firme escondia a dor e o turbilhão de emoções causados pelas provocações dele.

Bianchi percebeu o esforço dela e sorriu, seus olhos brilhando com uma frieza perturbadora.

— Você é resiliente, eu admito — ele murmurou, aproximando-se mais. — Mas me pergunto até onde sua resistência vai... Especialmente agora que tem algo a perder — ele disse, sua mão pousando friamente no ventre de Penélope. — Esse bebê, por exemplo. Que pena ele ter vindo de uma união tão... podre.

Penélope estremeceu, um instinto protetor tomando conta dela. Ela tentou se afastar, mas a dor ainda atrapalhava seus movimentos. Bianchi pressionou um pouco mais sua mão sobre o ventre dela, o sorriso maligno ainda estampado em seu rosto.

— Seria melhor que ele nunca nascesse, não acha? Crianças precisam de um legado limpo, de um lar seguro. Você e Colin nunca terão isso. No fim, você é uma Featherington — um fardo que ele carrega, não uma escolha.

Penélope tentou recobrar o fôlego, mas a raiva misturada ao desespero estava sufocante. Ela olhou diretamente nos olhos de Bianchi, canalizando toda a força que ainda lhe restava.

Between Blood and Desire. (Polin ' máfia)Onde histórias criam vida. Descubra agora