𝟢𝟥𝟨- 𝖡𝖠𝖱𝖡𝖠 𝖭𝖤𝖦𝖱𝖠

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𝗏𝗈𝗍𝖾!

𝐀𝐖

John B, JJ, Pope e eu entramos no barco enquanto Kiara, Cléo e Sarah ficam pra trás. A função delas é se comunicarem com Pope e John B enquanto JJ e eu mergulhamos. Está completamente escuro, mal consigo enxergar, mas sei que JJ me encara.

— A gente vai contra a correnteza, depois a correnteza vai tirar a gente de lá. — JJ fala e eu concordo com a cabeça, tentando disfarçar o nervosismo. Ele pega uma espécie de lança, arma aquática...um arpão.

— A gente precisa disso? — perguntou.

— Por causa dos corais...— John B fala.

— E dos tubarões. — JJ conclui.

— Escutem, — Pope chama nossa atenção — Cinco metros por três minutos, ouviu, JJ?

— Por quê? — pergunto de novo. Estou me sentindo uma criança burra.

— Nitrogênio no sangue, uma baita dor...—Pope começa a explicar.

— Morte. — concluo com um sorriso nervoso — Essa parte eu sei. JJ me encara e me estende a mão. Me levanto e me preparo para mergulhar. JJ cai na água primeiro, depois eu vou. Ligo a lanterna, tentando enxergar alguma coisa. Mergulhamos o bastante até que encontramos o navio.

JJ entra nele primeiro, com certa dificuldade. Aponto a lanterna para os lugares e percebo o quão acabado está. JJ me puxa para perto e me mostra a cabeceira. Ele a achou. Ele finca a faca nela para pegar o amuleto. Me afasto de JJ e sinto algo me puxar. É um homem?!

Ele vem pra cima de mim e aperta meu pescoço. JJ grita, tenta tirá-lo, mas é impossível. O homem me tranca em uma sala. Tento bater nele, me soltar, mas não consigo. Ele segura meu pescoço, tento bater na sua perna, mas ele arranca minha máscara de mergulho.

Seguro o ar com a boca e tento me afastar dele. JJ abre a porta e me encontra. Olho para trás, mas o homem não está mais aqui. Nado até ele com dificuldade e ele me dá um pouco do seu oxigênio. Com dificuldade, ele me tira da água e nós subimos.

— Alyssa! — ele agarra meus ombros e eu tento respirar fundo — Você 'tá bem?

— Não tinha só a gente ali!

— Eu sei! — ele fala — Cadê o John B?!

— 'Tô aqui! — John B grita. JJ me guia até o barco e me coloca em cima dele.

— Tinha um cara lá tentando matar a gente! — JJ fala desesperado. Me sento no chão do barco  e respiro fundo. Uma dor muito forte parece penetrar minha barriga e amassar o meu peito.

— A gente tem que ir embora! — Pope fala.

— Você não 'tá entendendo, tem um cara lá em baixo agora! — JJ grita. Pressiono minha barriga e me deito no chão.

[...]

Nós chegamos no hospital com muita, muita dificuldade. Uma mulher nos joga em um tanque. Precisamos ficar lá por doze horas até nosso corpo descomprimir. Nós achamos o amuleto, JJ conseguiu pegar, e agora está com o John B.

— Você quase morreu. — JJ fala com dificuldade. Esse tanque nos deixa completamente sonolentos, acho que já dormimos umas duas horas — Eu não devia ter deixado você ir.

— A gente pegou o amuleto. — o lembro — Você não conseguiria sozinho. — ele sorri fraco e me encara. Ele toca minha mão e começa a fazer carinho com o polegar.

— Desculpa pelo ouro.

— Você precisa parar de decidir as coisas sozinho. — ele me olha envergonhado — Você é ótimo, mas precisa escutar os outros do grupo também.

— Você também não é nada mal. — nós sorrimos. Afasto sua mão, mas ele se aproxima mais ainda — A gente vai ficar aqui umas doze horas...— ele me puxa e me beija. Trago sua nuca para perto e peço espaço com a língua. Ele deixa, obviamente, e é uma delícia. Ele desce a mão até minha perna e enrola na sua cintura.

— JJ. — o chamo — A janela. — ele encara a janela e parece pensativo. Uma mulher passa por ela. Pego um travesseiro e o encaixo lá. JJ sorri e me puxa para outro beijo.

Ele abre meu zíper com facilidade e desce minhas roupas até na altura do joelho. Coloco a mão por dentro da sua blusa e arranho seu peitoral suavemente. Sinto o corpo de JJ se arrepiar.

Ele começa com movimentos superficiais pela. minha intimidade, depois enfia dois dedos lá. Arfo e ele afasta meu cabelo para beijar meu pescoço. Ele faz movimento de vai e vem com muita rapidez, sem nem tentar ser delicado. Dois dias sem falar ou sentir o corpo de JJ e eu já fico maluca. Ele coloca mais um dedo e eu jogo minha cabeça para trás. Acho que ele fica maluco também.

Me sinto cada vez mais molhada e fraca. O puxo pelo seu cabelo e o beijo para abafar qualquer barulho. É um beijo rápido e invasivo, mas mesmo assim, ele não para os movimentos com a mão, na verdade ele só aumenta. Minhas pernas tentam se fechar, mas ele as abre ainda mais.

— 'Tava com saudade. — ele beija minha testa, tira as mãos de mim e se deita do meu lado assim que percebe um líquido quente escorrendo pelas suas mãos.

[...]

— Alyssa, acorda. — abro os olhos com cautela — Acho que o cara do navio 'tá aqui. Ele tinha um machucado bem onde eu acertei ele com um arpão. — ele fala com pressa. Agarro seu braço e me sento com dificuldade.

— Ele te viu? — pergunto suavemente, ainda sonolenta.

— Viu.

— A gente tem que ir. — falo. JJ começa a gritar pra moça de fora do tanque, mas ela não escuta. Tento empurrar a porta — JJ, ela não 'tá te escutando, que merda! — ele vem até mim e tenta abrir a porta. Sinto uma falta de ar.

— Eu tive uma ideia. — JJ chuta o vidro com o pé e o quebra. Um alarme começa a tocar. Ele sai e abre a porta do outro lado.

— Vocês cozinharam a gente! — JJ fala e dois seguranças aparecem o segurando — Eu quero registrar uma reclamação! — um homem passa do meu lado e eu percebo o corte. Ele é mesmo o homem do navio. Os seguranças levam JJ para outro lugar enquanto eu vou para a entrada do hospital.

Passo os olhos pelos arquivos até encontrar o do homem. Olho para o balconista. Ele está completamente distraído, então roubo a ficha.

— Alyssa! — Kiara grita e eu subo na caminhonete.

— Qual foi a parada no hospital?! — Cléo pergunta — Cadê o JJ?

— Ele 'tá vindo. — bato no vidro — Dirige! — JJ aparece no mesmo segundo. Ele sobe na caminhonete com dificuldade — Você 'tá legal? — toco seu braço e ele concorda com a cabeça.

— O que é isso? — ele pergunta olhando os papéis na minha mão.

— É o endereço dele.

𝐋𝐀 𝐑𝐄𝐆𝐋𝐀 - 𝗃𝗃 𝗆𝖺𝗒𝖻𝖺𝗇𝗄Onde histórias criam vida. Descubra agora