Quando Risabae saiu para trabalhar, Felix sentiu um formigamento nas mãos. Ele ficou parado por alguns segundos, encarando a tela do celular. Ele sabia que o que estava prestes a fazer era errado. Sabia que estava prestes a trair novamente, mas o impulso era mais forte. O formigamento nas mãos e a sensação de vazio que ele sentia quando não estava perto de Hyunjin finalmente o dominaram.
Ele engoliu a seco, hesitou, mas sem mais delongas, digitou:
"Eu preciso te ver."
A resposta veio quase imediatamente.
"Eu estou em casa, vem. Estarei esperando."
Felix mordeu o lábio, uma mistura de ansiedade e excitação tomando conta de seu corpo. Ele olhou para o celular por mais um momento, tentando encontrar alguma razão para parar, mas a vontade de vê-lo era maior. Ele não podia mais ignorar aquilo. Não podia mais negar o que sentia. Com uma última olhada para o relógio, ele jogou o celular na bolsa e se levantou.
Pegou as chaves do carro, as mãos ainda tremendo, e saiu de casa sem pensar duas vezes. Ele sentiu um peso no peito, a culpa começando a se formar, mas foi algo passageiro. O que importava naquele momento era estar com Hyunjin, a única pessoa que parecia entender o que ele realmente queria. Risabae já não fazia parte de seus pensamentos naquele instante.
Felix entrou no carro, as mãos no volante, e, enquanto dirigia, pensava nas palavras de Hyunjin, no convite tão direto, tão sem rodeios. Algo dentro dele pedia para ser dominado, para ser levado por aquele desejo incontrolável.
A cada quilômetro percorrido, a ansiedade aumentava. Ele sabia que não deveria, mas não podia negar que sua mente estava cheia de imagens de Hyunjin — os olhares sedutores, a intensidade da presença dele. A sensação de querer mais, mais beijos, mais do toque de Hyunjin.
Chegando à casa de Hyunjin, Felix estacionou o carro na frente e sentiu o coração disparar. Ele ainda poderia desistir. Podia voltar, pedir desculpas a Risabae, tentar de novo. Mas ele sabia, no fundo, que não era isso o que ele queria. Não mais.
Quando ele olhou pela janela e viu a porta da frente aberta, convidando-o a entrar, Felix respirou fundo, tomou coragem e saiu do carro. Caminhou até a entrada, seu corpo já em fogo, e sentiu que não havia mais volta. Quando Hyunjin apareceu à porta, sorrindo de um jeito que fez Felix quase perder o controle, ele não conseguiu mais manter a distância.
— Você veio — disse Hyunjin, seu sorriso ainda mais enigmático, os olhos brilhando de desejo.
Felix não conseguiu dizer nada. Apenas deu um passo à frente, sem mais palavras, e se entregou ao beijo que logo os consumiu, sem mais pensamentos, sem mais limites.
Os lábios de Felix pressionavam os de Hyunjin com uma intensidade quase desesperada, e Hyunjin riu contra sua boca, puxando-o mais para perto. Ele empurrou a porta com o pé até que ela se fechasse com um leve estalo, isolando-os do mundo exterior. Ainda sorrindo, Hyunjin se afastou por um segundo e perguntou, com um brilho nos olhos:
— Quer beber alguma coisa?
Felix respondeu sem hesitar, puxando Hyunjin para mais um beijo profundo.
— Tenho sede de você — murmurou, sua voz rouca, cheia de desejo.
As palavras de Felix tiveram um efeito imediato. O sorriso no rosto de Hyunjin desapareceu, substituído por um olhar sombrio, repleto de intensidade. Ele o observou por um segundo, como se estivesse absorvendo o que Felix havia dito, e então o segurou pela cintura, levantando-o no colo com facilidade. Felix se agarrou a ele, rindo e sentindo o coração acelerar.
Hyunjin caminhou com ele até o quarto, mantendo os olhares fixos, sem dizer uma palavra, mas com cada gesto transmitindo o quanto queria estar ali, o quanto queria Felix. Quando chegaram ao quarto, ele o colocou de pé, mas Felix mal teve tempo de recuperar o fôlego antes de sentir as mãos de Hyunjin em sua camisa, puxando-a para cima.

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Hidden Reflections
FanfictionFelix Lee e Hwang Hyunjin são as maiores estrelas do mundo da moda, mas também os maiores rivais. Com uma carreira consolidada e bem-sucedida, Felix é o rosto da Louis Vuitton, com sua imagem elegante e discreta. Conhecido por sua natureza reservada...