Trabalho em equipe

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Na manhã seguinte, o alívio de Risabae era palpável. Finalmente, ela estava sendo liberada do hospital, Theo seguro em seus braços e cercada pelo suporte inesperado, mas bem-vindo, de Felix e Hyunjin. Enquanto arrumavam as poucas coisas que haviam levado, Felix deu a sugestão com uma voz cautelosa, quase testando o terreno:

— Você pode ficar com a gente nos primeiros dias... só até se acostumar.

Risabae, que estava ajeitando a mantinha de Theo, ergueu os olhos para ele com uma expressão indecifrável.

— Na sua casa? — perguntou, em um tom que misturava surpresa e hesitação.

— É só para você ter ajuda — interveio Hyunjin, a voz calma, mas firme. Ele estava parado próximo à porta do quarto, os braços cruzados. — Theo é pequenino, e cuidar de um recém-nascido sozinha não é fácil.

Risabae parecia ponderar. Olhou para Theo em seus braços, para Felix e depois para Hyunjin. Por fim, suspirou.

— Tá bom, mas só por uns dias — respondeu, a contragosto.

Felix sorriu, aliviado.

— Vai ser bom. Você vai ver.

...

Quando chegaram à espaçosa casa de Hyunjin e Felix, Risabae parecia impressionada, embora não dissesse nada. Hyunjin, com Theo cuidadosamente nos braços, liderava o caminho enquanto Felix trazia a bolsa com as coisas do bebê.

— Aqui é a sala — Felix disse com um gesto amplo, tentando quebrar o gelo. — E ali fica a cozinha, caso você queira alguma coisa.

Risabae assentiu em silêncio, os olhos percorrendo o ambiente. A decoração era moderna, mas aconchegante, com toques que claramente refletiam as personalidades de ambos os donos da casa.

Hyunjin subiu as escadas e fez um sinal para que ela o seguisse.

— Eu vou te mostrar o quarto — disse, a voz prática.

Risabae o seguiu, com uma certa reserva. Quando chegaram ao quarto, Hyunjin abriu a porta e mostrou o espaço. Era um ambiente acolhedor, com uma cama grande, roupas de cama limpas e uma poltrona estrategicamente posicionada ao lado de um berço novinho.

— Compramos isso ontem, só para o Theo — Hyunjin explicou, apontando para o berço.

Risabae olhou para ele, surpresa.

— Você comprou um berço?

— Achei que seria útil — ele respondeu, dando de ombros. — E Felix achou bonito.

Ela respirou fundo, claramente emocionada, mas apenas assentiu.

— Obrigada — disse em um tom baixo.

— Qualquer coisa, é só chamar — ele completou, antes de sair, deixando-a sozinha com Theo.

...

Enquanto isso, Felix e Hyunjin estavam na sala. Felix se jogou no sofá, exausto, mas com um brilho nos olhos. Ele puxou Hyunjin pela mão, fazendo-o sentar ao seu lado.

— Você acha que ela vai ficar bem aqui? — Felix perguntou, olhando para o noivo com uma expressão de preocupação.

Hyunjin assentiu, passando um braço ao redor dos ombros de Felix.

— Vai. Eu acho que ela finalmente percebeu que estamos todos do mesmo lado.

Felix riu baixinho e balançou a cabeça.

— Eu mal acredito que ela aceitou ficar aqui.

Hyunjin levantou uma sobrancelha, olhando para ele.

— Por que não acreditaria? Você é impossível de dizer não.

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