𝟑𝟒 ⌁ 𓈒 ֹ ANGELINA CORVETTI ˳ׄ ⬞

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As palavras de Lorenzo ainda rodopiavam na mente de Angelina, mesmo no breve intervalo em que seus lábios se afastaram dos dele. O que mais a afligia era a crença de que aquele beijo aplacaria o fervor que pulsava em seu peito. Mas não, ele apenas avivou a chama que ardia dentro dela.

— Mas....

Antes que pudesse articular qualquer palavra, a voz de Lorenzo se impôs, sufocando qualquer desculpa que Angelina pudesse oferecer para justificar aquela situação.

Não havia mais desculpas, sua vontade já estava clara, e seu corpo, entregue, traía aquilo que a voz ainda não ousava dizer. Os lábios dela foram tomados novamente pelos de Lorenzo, em um beijo urgente que roubava-lhe o ar sem que ela se importasse. Seus corpos se atraíam como imãs, desejando uma proximidade que transcendesse o físico, ansiando serem um só.

Angelina sentia a pele incendiar a cada toque de Lorenzo, seu corpo quase febril revelando o desejo latente. As pernas dela se enlaçaram ao redor dele, seus lábios ávidos tomavam os dele como se sua vida dependesse daquele contato. Ele a ergueu com facilidade, e a sensação de seus corpos juntos era como fogo que ardia, sem controle. Os movimentos pareciam orquestrados, Angelina se moldava a cada gesto de Lorenzo, sem se importar com a bagunça que causavam ao redor.

Seu coração batia descompassado enquanto ela tentava recuperar o fôlego, ajeitando-se sobre a mesa. O rosto satisfeito de Lorenzo a fez sorrir suavemente, iluminada pela luz acolhedora que enchia aquele vasto porão. O peito dela subia e descia como se tivesse corrido uma maratona, mas o que corria em suas veias era um desejo aceso e o medo contido de ser descoberta.

Os lábios de Lorenzo tomaram os dela mais uma vez, esvaindo o ar que acabara de recuperar. As mãos dele deslizavam pelo corpo de Angelina, explorando cada curva, cada contorno, como se descobrisse um tesouro escondido. A pele dela se arrepiava a cada toque, descobrindo sensações que jamais imaginara.

Os lábios de Lorenzo traçavam um caminho pelo pescoço, ombros e colo de Angelina, que suspirava a cada instante. Os perfumes de ambos se misturavam em uma combinação quase perfeita, e estar tão próxima do Don fazia a garota estremecer como nunca.

Angelina tentou se conter, mas suas pernas se abriram sem resistência, e Lorenzo deslizou a mão entre suas coxas, sentindo a rendição exposta. Não havia mais para onde correr, negar aquele desejo era impossível, tarde demais.

— Lorenzo...

Ela sussurrou, sentindo a respiração quente dele tão próxima de seus lábios. O homem se afastou, exibindo um sorriso de orgulho, como se aquele chamado tivesse sido tudo o que ele desejava. Angelina estava entregue, e a umidade em sua calcinha era um troféu para o homem.

— Escolhi seguir a razão, não o desejo... — murmurou em resposta a provocação, audível apenas para Lorenzo, que permanecia entre suas pernas. — Mas, por Deus, como eu te quero....

Os dedos dele brincavam sobre a pele úmida de Angelina, um toque que a surpreendia em intensidade, algo que ela nunca imaginou desejar tanto. Era Lorenzo quem seu corpo ansiava, sua voz sussurrava o nome dele, sua mente preenchida pela imagem apenas dele.

Lorenzo Mattioli era sua perdição.

Com os olhos fechados, ela apertou os ombros do rapaz, tentando em vão conter os gemidos que escapavam de seus lábios. Abriu os olhos apenas para saborear o olhar satisfeito que ele carregava, e poderia parar o tempo ali, só para prolongar aquela expressão por horas.

Angelina se entregou aos próprios pensamentos, deslizando a mão até o volume presente na calça de Lorenzo. O suspiro que ele soltou a fez sorrir, mordendo o lábio inferior com uma malícia que nunca se atreveu a expor.

— E se você tanto diz que eu não sirvo, Lorenzo... por que seu pau está duro pra mim?

A voz dela carregava um tom de provocação que nunca ousara exibir. Pressionou as coxas ao redor do corpo de Lorenzo e umedeceu os lábios, gemendo aos toques firmes do Don em sua buceta.

Angelina tentava ignorar sua razão por completo, mas algo ainda sussurrava lá no fundo. A culpa, o medo, tudo aquilo que poderia afastá-la dele. Sabia que não poderia se entregar completamente a Lorenzo. Estavam naquela ilha por um propósito, e em dois dias seria seu noivado com Enrico, e logo mais viria o casamento. Ela deveria se casar virgem. Mesmo desejando desesperadamente sentir Lorenzo dentro de si, lutava para sufocar o anseio.

— Eu quero tanto você... Mas não podemos, eu não posso...

𝗙𝗜𝗥𝗘 𝗔𝗡𝗗 𝗕𝗟𝗢𝗢𝗗 - @𝗅𝟢𝗌𝗍𝗋𝖾𝗂𝖽Onde histórias criam vida. Descubra agora