Introdução

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Tinha uns 18 potenciais candidatos a ter a introdução dedicada, mas o candidato que ganhou foi um dos meus melhores amigos. 


Dedico não só a introdução mas toda a história ao meu amigo Nuno, só porque sim. E Nuno, lembras-te do estômego? Eu lembrei-me agora, e como me lembrei, vou já falar contigo e gozar com o dia em que disseste estômego.


*


"Mamã, mamã!" Gritou Sophie, com os seus cinco anos, enquanto entrava pela sala de estar a correr e se sentava na carpete, de frente para mim. "Hoje tu e o papá fazem dez anos de casados, é não é? Porquê?"


Sorri, maravilhada com a pequena criatura de Deus que eu adotei. Nunca perdi a esperança de criar uma família, mesmo não podendo ter filhos. Mas a Sophie era a prova viva de que não precisava de ser necessariamente minha para ser amada tal e qual uma filha, tendo todo o amor paternal que pode ter. 


"Porque quando duas pessoas se amam muito e querem dar o próximo passo na sua relação, elas casam-se. E foi há exatamente dez anos que eu casei com o teu papá."


"E quando é que conheceste o papá?" Há coisas na vida em que nós simplesmente pensamos wow, memórias. Boas memórias.


Suspirei e bati levemente com a minha mão no meu colo para que ela se sentasse. Sophie ergueu-se num abrir e fechar de olhos e em menos de um segundo estava a saltar para cima do sofá e a gatinhar para o meu colo. Ao chegar lá, sentou-se e deitou a cabeça no meu ombro, sendo imediatamente envolvida pelos meus braços.


"Tinha dezassete anos quando conheci o teu pai e comecei a namorar com ele. Foi muito divertido." Confessei e ela deixou o queixo cair, fascinada.


"E como é que se conheceram?"


Hesitei um pouco. A minha história com o Zayn não era das mais exemplares, não para uma criança de cinco anos. De qualquer das maneiras, o nosso amor sempre foi um exemplo, e a história de como surgiu o amor e o amor que faz parte das nossas rotinas são coisas completamente diferentes e acho que não havia mal nenhum em contar-lhe. Afinal, qual é a probabilidade de ela ter um professor futuramente com 20 anos e que se apaixone por ela? Uma em um milhão, talvez.


E é nestes momentos em que eu me apercebo que tive tanta, tanta sorte. Uma em um milhão. Eu fui a única nesse milhão. Única. E estava tão agradecida por isso.


"Talvez aches os rapazes nojentos agora, mas daqui a dez anos garanto-te que vais andar pelos cantos todos desta casa a suspirar por algum deles." Ri e ela fez a típica cara de nojo que também eu fazia na minha infância. Fases da vida. Oh Deus... "O teu papá era o tipo de rapaz de 20 anos que apareceu um dia na escola e roubou o coração de todas as suas alunas. Claro que elas sabiam que era proibido e quase impossível, e também eu o sabia, mas, tu sabes... coisas impossíveis acontecem a todos, é isso que as torna quase impossíveis. Quase. Mas não impossíveis de todo. E quando o teu pai começou a perseguir-me e a meter-me em sarilhos, eu apaixonei-me. Claro que a minha mãe e o meu pai não aceitaram e me puseram de castigos imensas vezes e claro que fomos apanhados a meio do ano e claro que no fim todos descobriram, mas sabes que mais? Não importa o quão mal uma história comece nem importa o quão terrível tu te sentes no decorrer da mesma. Se conseguires imaginar um final por que valha a pena lutar, tu luta. Mesmo que te magoes, as feridas saram em todos os finais. Acredita em mim."


"Tu amas o papá?"


"Amo muito, Sophie. Também a ti." Apertei-a nos meus braços e suspirei. Eu estava tão feliz. "Quem te disse que fazíamos dez anos...?"


"A tia Martha." Claro. Está explicado. "Porque vou ficar com ela esta noite? Porque não posso passar os dez anos de casados convosco, mamã?"


Confesso que me senti a corar. Se ela tivesse uns treze anos e eu lhe dissesse que iria passar a noite na casa de uma tia ou de outra pessoa qualquer porque os seus pais queriam ficar sozinhos, esta vergonha teria sentido. Não sei porque é que a sinto agora. É só uma criança. Uma criança que eu desejava que fosse eterna.


"Porque a Martha vai fazer uma maratona de filmes dos que tu gostas. Queres perder uma oportunidade dessas?"


"Não!!!" Guinchou ao mesmo tempo que a campainha tocou. "É a tia Martha!!!"


Levantou-se e atirou-se para o chão, começando a correr para o corredor. Do corredor, ouvi o Zayn a dizer para a Sophie ter calma que ele abria a porta; também ouvi a Martha a falar e minutos depois, a porta foi fechada e o Zayn apareceu na sala, a sorrir.


"Sozinhos em casa." Apontou e eu revirei os olhos. "Bella... vamos lá..." 


Comecei a rir e enterrei-me no sofá, pegando no comando e mudando de canal só para o irritar. Quando o consigo irritar, mesmo que seja só por brincadeira, ele atravessa a sala e eu logo me enrolo num cobertor para me defender das suas ações. Zayn logo me levanta nos seus braços e começa a rir, beijando a minha testa depois. A seguir, começou a caminhar na direção do corredor, subindo as escadas com cuidado e entrando no nosso quarto.


"Não acredito que te aturo há dez anos." Trocei e ele riu sarcasticamente. "Não acredito como é que me conseguiste aturar um ano, quanto mais dez."


"Fácil, porque eu te amo." Sorriu e deixou-me cair delicadamente na cama.


"Eu também te amo."


O que tinha dito eu à Sophie? Que o Zayn era o tipo de rapaz de 20 anos que se tornou professor no liceu de Bradford e, sendo como era, conquistou todas as adolescentes que lá estudavam e que mesmo que eu soubesse que era proibido e quase impossível, me apaixonei por ele e acabei por casar com ele cinco anos depois e que hoje faço dez anos? Sim, isso é um resumo de um resumo e um outro resumo da história original. Na verdade, tudo começou numa solarenga segunda-feira, no primeiro dia de aulas. Mal eu sabia que esse era o primeiro dia da minha felicidade. Mal eu sabia. E acho que estou aqui para contar a história. Sim, eu vou contar-vos a história.


A minha história.


PRÉ-ESTREIA DA PEEET! ADIAOSJDAOSID Agora só em... *abrindo outra página para ir ver o dia em que estreia*  19 de setembro. Falta um mesito, vá, vocês aguentam. Digo já que estou a adorar escrever a história de novo. Tanta coisa que vai acontecer de outra maneira só porque eu cresci nestes últimos dois anos e meio e vejo as coisas de outra maneira... aaaah.... não esperem que tudo seja o conto de fadas que foi - PORQUE SIM! FOI UM CONTO DE FADAS, o Zayn chega, vê a nerd e acha-lhe piada. Nop, vamos dar um toque de realismo.


Sim. Vamos tornar a história mais realista


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Néeh!



Physical Education Teacher Z.M.Onde histórias criam vida. Descubra agora