Extra do capítulo 72

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Desculpem a demora e desculpem o capítulo merda, mas não queria passar da noite anterior para a ação assim do nada, tinha de meter, como se costuma dizer, palha. Desculpem, percebo que não gostem deste capítulo.

Obrigada por esperarem e pelas 110 mil leituras <3 voltarei em breve com capítulos maiores e mais interessantes, peço desculpa.

***

Acho que dormi que nem uma rocha, algures escondida pela densa floresta na subida de uma montanha. Não me lembro de ter sonhado, não me lembro de ter acordado a meio da noite, não me lembro de ter mudado sequer de posição e, no fim, foi preciso um grande abanão para me acordar definitivamente. O meu estômago estava mais pesado do que chumbo e mais vazio que o vácuo em si. Sentia-me capaz de vomitar, mas, ao mesmo tempo, não sei se há alguma coisa para ser vomitada.

"Bom dia, Bela Adormecida!" Exclamou a Carly, rindo que nem uma hiena

Estava demasiada luminosidade no quarto, pois as luzes do teto estavam ligadas e as persianas abertas até cima, aquando o sol brilhava lá fora e inundava o quarto de luz. Tal claridade magoava-me os olhos, de modo a que nem conseguisse olhar diretamente para a Carly da primeira vez que abri os olhos: "Ouvi dizer que ficaste no estado tão péssimo que foi preciso arrancarem o Malik da cama para te trazer para aqui."

Lembro-me vagamente de o Zayn me ter trazido aqui e me obrigado a beber água ou algo do género; lembro-me de fazer o teste das equipas de Harry Potter e de ele se Gryffindor, e lembro-me fugir de uma aranha qualquer. De resto, estou às escuras, não sei de nada, não me lembro de nada. E espero que elas não me tenham falado durante a noite e eu me tenha descaído. Por favor!

"Que horas são?" Indaguei, com a voz fraca.

"São sete e meia. Vai tomar banho, veste-te, faz as malas e depois desce com elas para tomares o pequeno almoço. Tens de estar pronta, no máximo dos máximos, às oito e vinte, que demoramos meia hora a chegar à escola."

Assenti e tentei levantar-me; tive umas leves tonturas temporárias, mas logo que passaram levantei-me e comecei a preparar-me. As raparigas sairam todas do quarto, ficando apenas a Elsa e a Sarah a acabar de fazer as malas. Em menos de vinte minutos, tomei um duche rápido, agradecendo a Deus por todas elas já o terem feito pois eu podia fazê-lo com a maior das privacidades, e vesti-me. Não tinha muito tempo para fazer as malas em condições, por isso limitei-me apenas a enfiar tudo o que era meu dentro da mala e da mochila e, posteriormente, saí do quarto com as minhas coisas.

O corredor estava cheio de alunos, com e sem malas, o que me deixou mais descansada, pois não era a única atrasada. Na entrada, fui chamada por uma das professoras que viera para cá de propósito, uma tal de Cornelia Austen, e ela pediu-me para ir deixar na bagagem aquilo que não iria comigo no autocarro; assim o fiz, deixei a mala na bagagem, por cima das malas de outros tantos alunos, e continuei com a mochila ao ombro.

Encontrei as raparigas da minha turma numa mesa circular no meio da divisão e sentei-me num dos lugares livres. Uma senhora perguntou-me se queria café ao leite, ao que eu respondi café, pois mesmo que tivesse dormido que nem uma pedra sentia-me como se não tivesse dormido absolutamente nada. O meu problema foi quando vi a comida à minha frente... sentia que ia vomitar.

"Tens de comer alguma coisa." Insistiu a Miranda. "Nem que comas só um pão ou um croissant."

"Eu não quero." Resmunguei.

"Estiveste com o estômago cheio de álcool, tens de ingerir alguma comida, por amor de Deus."

"Miranda, não." Repeti e ela lá acabou por desistir.

Physical Education Teacher Z.M.Onde histórias criam vida. Descubra agora