Capítulo 93

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ATA, 5300 PALAVRAS, EU ESPERO TER COMENTÁRIOS

TIPO, TANTOS COMO DO CAPÍTULO ANTERIOR

QUE FORAM MAIS DE 100

SOCORRROOOO0 ADOREI

Obrigada pelas mais de 160k leituras. Esta história está a crescer tanto <3 obrigada por tudo mesmo.

*

"Falamos amanhã de manhã, Zayn." Avisou a professora Lowe, batendo a porta atrás de si.

Foi automático; mal a porta fechara, uma alavanca qualquer fora puxada dentro do meu quarto, ativando a Bella maníaca. Não sei o que aconteceu ao certo, só sei que quando reparei no que estava a fazer, estava em cima do Harry, sei lá eu a fazer o quê, a tentar arranha-lo, a tentar bater-lhe, a tentar fazer isto e aquilo mas falhando em todas as tentativas.

"Eu vou-te matar!" Ameaçava, sem fundamento algum. Só queria arruinar a vida dele de alguma maneira. Arruinar a vida dele tal e qual ele acabou de arruinar a minha.

Alguém me pegou por baixo das axilas com a maior das facilidades e me afastou do Harry, que se tinha encostado à secretária, assustado e em choque. Fui deixada ao lado do Zayn, que se tinha sentado na cama, com os cotovelos apoiados nos joelhos e a cara escondida nas mãos. Depois, virei-me, respirando fundo e encarando o Mark, que estava tão ou mais perdido do que eu; mais perdidas do que nós só mesmo a Carly e a Miranda, a quem tudo aconteceu rápido de mais. Se eu achava que tudo me tinha acontecido ao mesmo tempo, como terá sido com elas?

"Tem calma." Pediu o Mark, com as mãos nos meus ombros a dar-me um leve abanão. "Vamos resolver isto." Mas eu sabia que, lá no fundo, ele estava tão zangado com o Harry como eu estava.

Bastava ele ter pensado um bocado. Um simples, minúsculo, quase nada bocado para não se ter aventurado pelos corredores do convento de freiras em que estamos alojados e quase arrombar a porta do quarto do Zayn. Gritara comigo e eu gritara de volta, tão consumida pela raiva e frustração que nem parei um segundo que fosse para pensar que as professoras estavam nos quartos ao lado, que iriam ouvir. E ouviram, ou pelo menos a professora Lowe ouviu. E toda a gente sabe o que vai acontecer assim que as férias da Páscoa acabarem, assim que voltarmos à escola.

Não posso atirar as culpas todas ao Harry, porque eu me passara por completo e gritei com ele, depois o Zayn falou com a Madison e passou-se por completo também e gritou comigo e eu gritei de volta e pronto... aconteceu o inevitável, que ao mesmo tempo era óbvio demais. Não me admirava nada se os alunos do edifício ao lado também tivessem ouvido. Espero mesmo que não, a última coisa que quero é chegar à escola e ser rotulada, a rapariga que dormiu com o professor, a rapariga que o deixou fazer o que ele quisesse para ter um 18, a rapariga que isto, a rapariga que aquilo, boatos para ali, boatos para todo o lado, nenhum deles chegando próximo da verdade: estávamos juntos porque gostávamos um do outro. Simples. A verdade era tão simples.

E também ele iria ser rotulado; alunos com que conhecessem uma pessoa que conhecesse outra que conhecesse alguém da turma do Zayn saberia dos rumores do que ele fez à Madison, espalharia tudo pela escola, acrescentaria, obviamente, a sua própria parte, e um novo boato percorreria os corredores da Escola Secundária de Bradford: que o Zayn me violou e que eu não fiz queixa porque queria a nota, ou que eu me pus de joelhos para a nota também, que o Zayn me levava lá a casa, que o Zayn isto, que o Zayn aquilo... e tudo isto porque o Harry não pode guardar a raiva para si durante uma noite e falar comigo no dia a seguir.

Nem tinha de guardar a raiva, podia muito bem ter vindo falar comigo, mas com calma! Discretamente! Mas não... não foi assim que as coisas aconteceram. Só reparei que estava a chorar copiosamente quando senti as lágrimas escorregarem-me pelo pescoço e a respiração a ficar irregular.

Physical Education Teacher Z.M.Onde histórias criam vida. Descubra agora