Capítulo 46

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Ok, NÃO ME MATEM, capítulo bué mini... vocês adoram-me xd

PARABÉNS AO POVO TODO QUE FEZ ANOS NO WHATSAPP, OU QUE VAI FAZER, É QUE TODA A GENTE FAZ ANOS EM OUTUBRO, GEEZ.

Vá, obrigada por tudo <3 mais de 55k leituras, obrigada a sério. Comentem, votem, voltarei em breve :)

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A semana e meia seguinte foi mais aborrecida do que os restantes dezassete anos de vida juntos. Como não podia sair de casa e frequentar o mesmo espaço que a minha família durante muito tempo - poder até podia, mas evitava -, eu fiquei duas semanas trancadas no meu quarto, ao ponto de ter conseguido ver duas temporadas inteiras de um Anime num único dia. Inicialmente até parece uma boa ideia: o dia todo na cama, com um pijama de inverno enrolada em mantas, um computador nas pernas e três ou quatro idas à cozinha para ir buscar comida... parece perfeito! Férias perfeitas, dizem muitos...

Mas a verdade é que depois de fazer tudo isto durante uns dois ou três dias, uma pessoa fica farta, e não havia muito que eu pudesse fazer.

Li num dia um livro de 457 páginas. Consegui ler uma saga de quatro livros em menos de uma semana e cansei tanto os meus olhos que tive de ir buscar os meus óculos, que já não usava há uns bons meses. Também me cansei muito depressa. Tudo o que é demais, enjoa.

Assim sendo, na segunda terça-feira das férias, na véspera de ano novo, decidi ir para a sala de estar quando todos saíssem para irem comprar os preparativos para o ano novo; até o Peter e a Catherine levaram, mas eu fiquei enclausurada nesta casa... outra vez. Liguei a televisão, atirei-me para o sofá e rapidamente cheguei à conclusão de que estar a ver algo num portátil ou numa televisão é praticamente o mesmo. Não levei muito tempo para desligar a televisão e a deitar-me no sofá.

No sábado passado, a minha mãe apercebeu-se de que não adiantava de nada impedir-me de sair de casa se eu pudesse continuar a falar com ele... por isso tirou-me o telemóvel. Não tenho falado nem com o Zayn, nem com os meus amigos, nada. E a minha mãe só não me tirou o computador porque lá deve ter percebido que eu iria enlouquecer sem nada para fazer... porém, não o fez sem antes ir ao meu Twitter - que é, basicamente, a única rede social que eu tenho -, procurar o Zayn nos meus 356 seguidores e nas 218 pessoas que eu seguia... nem sequer lhe disse que não precisava de seguir a pessoa para falar com ela, não fosse ela fazer... qualquer coisa...

Mas não tenho como avisar o Zayn de que a única maneira que tenho para falar com ele é através do Twitter. A mãe proibiu os meus irmãos de me darem algum tipo de ajuda, e nem sequer o Mark me tenta ajudar: já estava em maus lençóis... eu compreendia; se se soubesse... pronto.

Eram seis da tarde quando a porta de entrada se abriu. Revirei os olhos, sem sequer pensar em sair disparada da sala e enfiar-me no meu quarto; não tinha tempo para isso. Logo de seguida, o Peter entrou pela sala adentro a correr, enquanto despia o seu casaco e se atirava para o sofá livre, pedindo-me para ligar a televisão. Liguei a televisão, meti no canal panda e entreguei-lhe os comandos. Suspirei.

Momentos depois, já o Mark e o meu pai largavam enormes sacas de plástico na mesa. A Anna, sei lá eu como, estava ao lado do Mark (deve ter ocupado meu lugar na carrinha de sete lugares do meu pai). Assim que o meu olhar se cruzou com o Mark, ele inclinou a cabeça na direção da Anna e levantou-me o dedo polegar. Bom saber que os pais - ou a mãe - meio que... já não se importam com isto, se é que foi isso que o polegar levantado do Mark quer dizer.

"Olá, querida." Disse o meu pai, dando um passo para trás para deixar a Catherine entrar na sala e juntar-se ao Peter no sofá.

"Olá." Retribuí. Ele sorriu-me e eu dei o meu melhor para sorrir, mas com demasiadas horas, dias até, entediantes a fazer peso na minha consciência não mo permitiram fazer.

Physical Education Teacher Z.M.Onde histórias criam vida. Descubra agora