Não Dá || D.A.M.A

Cap. 26

Pego no meu telemóvel .

E olho para as fotos que ela me andava a mandar lá da Austrália  .

Coimbra continua à minha frente a falar e a berrar . Não sei o que é que ele ..

- ela não morreu ! O T-Mike é que foi baleado !

- o que ?! - levanto-me quase sem forças .

- foi ele que morreu e não a Mia . A Mia está bem !

Vou lá dentro da esquadra .

- é verdade , Miguel . A Mia está bem . O assassino foi morto . A polícia agiu o mais depressa possível .

- eu tenho que a ver para acreditar .

Mia POV

- look ! Look ! - oiço uns polícia a dizerem .

Vão atrás de mais uns quantos que resolveram disparar e correr .

Mas a sorte também não está do lado deles e acabam estendidos no chão . O grupo do T-Mike teve o mesmo destino que ele .

- estás bem ? - Matt pergunta

- agora sim ...

- desculpa ter-te deixado sozinha

- não foi culpa tua . Isto um dia ia ter que acontecer .

- eu sei mas não tinha que ser enquanto eu estivesse fora ...

- ele estava a espera que eu estivesse sozinha . Deixem-me falar com o Miguel ...

- espera vou chamar o meu pai .

Eles veem os dois .

- então Mia - ele dá-me um abraço - há quanto tempo . Como é que te sentes ?

- bem mas eu quero falar com o meu namorado .

- calma , estamos a contactar as autoridades portuguesas - ele sorri .

- ele está bem ? O Miguel está bem ?

- está, não te preocupes . Ele está bem .

- eu só ... Só o queria abraçar - algumas lágrimas escapam dos meus olhos .

- está aqui - o pai dele entrega-me o telemóvel .

- Miguel ?!

- Mia ... És mesmo tu ?

- claro que sou eu , seu parvo .

- Mia ... - ele começa a chorar - tu estás viva ...

- estou meu amor . E vou o mais rápido possível para ao pé de ti .

- estás ... Estás viva ...

- tem calma meu amor ... Por favor ... Vou apanhar o avião mais rápido . Pode ser ?

- pode - ele responde .

Agora que esta situação está resolvida , talvez já possamos ser felizes ... Descansados .

***
Miguel POV

- eu fiquei com tanto de nunca mais poder estar assim - digo enquanto estamos a jantar - tive medo de nunca mais poder jantar contigo ... Tive medo que já não amuasses comigo ... - ela ri - eu tive medo de te perder . Muito mesmo ...

Ela sorri e coloca a sua mao no meu rosto .

- agora já está tudo bem meu amor . Não vou sair mais daqui ...

- eu também não deixava - dou-lhe a mão.

- talvez tenhamos alguma paz agora - suspira .

- podes crer ... - lembro-me de algo - Ugh ...

- diz-me

- amanhã tenho que ir ao você na tv de manhã ... Vinhas comigo ?

- claro

Eu abraço-a . Senti tantas saudades de fazer isto e tanto medo de nunca mais o poder fazer .

É tão bom acordá-la de manhã e arrancá-la da cama mesmo quando não quer . É tão bom poder beijá-la sempre que quero . É tão bom que ela seja minha , e eu dela ...

- no que é que estás para aí a pensar ? - ela pergunta .

- em ti - sorrio parvo .

- és mesmo piroso - ela ri .

- ah ! - abro a boca - para a próxima minto-te então - cruzo os braços.

- olha , o bebé a fazer birra - cruza os braços como eu é faz beicinho .

- só por causa disso - levanto-me lentamente - já foste - pego nela ao colo e deito-a no sofá - ah ! Pensaste que te livravas assim de mim ?!

- és mesmo parvo - ela diz ás mil gargalhadas .

Páro de lhe fazer cócegas e olho-a nos olhos.

- a tua sorte é que te amo .

- a minha sorte é que te tenho - beijo-a talvez como nunca antes .

As minhas mãos vão diretas à sua cintura . Ela abraça-me .

- prometes ? - ela pergunta.

- o que ? - pergunto confuso .

- nunca me deixar ...

- isso nem sequer se pergunta - beijo-a .

Ela sorri .

***

- estou tão cansada - ela diz deitando-se na nossa cama já com o pijama vestido .

- Same shit here - respondo deitando-me também - tive tantas saudades de me deitar ao pé de ti - puxo-a para mim - e de me dares pontapés à noite - ela ri-se - também senti falta disso .

- até parece !

- olha que não são poucos .

- tu exageras de uma forma , Miguel ! É um pontapé ou outro ...

- pois , pois ! Vou começar a gravar !

- parvo - manda-me com a almofada .

Olho seriamente para ela .

- tu estás a declarar uma guerra de almofadas bastante séria. A cena é que amanhã levanto-me cedo . Senão , estavas tão ... Mas tão ...

- tão o que ? Senhor maricas ?

- lixada - vou direto a ela e deito-a na cama dando-lhe com as almofadas .

- és tão bruto ! - ela manda-me de volta .

- mas tu gostas - digo com um ar preverso  .

- aí é que te enganas - páro e olho para ela - eu amo ...

Coloca a sua mão atrás do meu pescoço e envolvemo-nos num beijo
Longo .

- que saudades - ela sussurra .

- mesmo ... - penteio-a com os meus dedos .

- como está a banda ?

- bem . Tudo Na mesma .

- e tens mais concertos agora ?

- agora acho que não ...

- boa, porque eu também não . E por isso, podemos aproveitar parte deste tempo porque tu tens coisas a fazer .

- parece-me uma óptima ideia - beijo o seu nariz .