SOPHIA— Sophia...acorda! — escutei alguém me chamar, no princípio eu achei que fosse parte do sonho, mas só então me lembrei de onde estava. Na aula de português, fui acordada pela minha professora. Na hora que abrir os olhos a sala inteira estava me olhando.
Senti meu rosto queimar, voltei a prestar atenção na aula da professora e um tempo depois o sinal para o intervalo tocou. Me levanto e saio da sala com Rafaela e Ana Clara, as duas são as minhas melhores amigas, somos grudadas, tipo unha e carne.
— Meninas, eu vou ao banheiro — avisei. —Procurem um lugar no refeitório, tá bom?
— Tá bom!— dizem juntas.
Segui pelo corredor e fui ao banheiro, estava saindo mexendo no celular, respondo algumas mensagens do WhatsApp, outras eu só visualizei, como o grupo da família e fotos de bom dia.
Sinto alguém me empurrar, vejo que são as duas vacas falsas, Duda e Júlia, eu e as meninas as chamavam assim. Meu corpo se choca com um menino, analiso ele por uns segundos, provavelmente do terceiro ano. Ele é muito lindo, tem olhos verdes e cabelo castanho escuro, ele me olhou e eu o encarei por uns segundos. Eu olho pro meu celular que está no chão e ele faz o mesmo, nós dois fomos juntos com a mão pegar o celular e nossas mãos se encostaram e nos olhamos de novo, eu pego o celular vendo o estado dele.
— Merda!— disse e ele me olha.
— Seu celular quebrou?— o garoto pergunta com uma voz rouca.
— Sim, ele trincou.— digo olhando para ele —Droga, meu pai vai me matar, o celular é novo.
— Eu posso concertar!
— Não, não precisa, a culpa não foi sua, foi daquelas vacas falsas, que me empurram.— falo e ele ri.
— Eu tenho um primo que trabalha em uma loja de celulares, e ele não vai cobrar de mim.
— Não precisa... Não foi sua culpa!— digo novamente.
— Já disse que concerto.— ele põem a mão no bolso — Teimosa você, hein!— ele diz rindo, Deus, que sorriso perfeito é esse?
— Tá bom, eu não sou teimosa, você que é insistente.— nós rimos.
— Aceita logo!
— Hum, tá legal.
— Te espero na saída, ok?
— Ok!
— Qual é seu nome?— o garoto pergunta.
— Sophia, e o seu?
— Felipe!— ele disse e estende a mão para eu apertar.— Tchau, te vejo depois.— ele diz piscando o olho pra mim e eu sorri.
O intervalo acaba e nós voltamos para sala. Depois de duas aulas chatas o sinal finalmente bate, fui com as meninas até a saída, ficamos paradas conversando até que o Felipe chegou.
— Vamos, Sophia? — ele diz e as meninas me olharam com os olhos arregalados.
— Sophia, não vai me apresentar? — Rafa cochichou, eu olhei para ela com a cara fechada e dei um sorriso forçado.
— Prazer meu nome é Fe...— Felipe começa a dizer a Rafa, mas eu o interrompo.
— Vamos logo!— disse puxando ele pela mão.— Meninas depois eu encontro vocês na casa da Rafa.— disse andando.
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Ironias do Destino
RomanceSophia Gonçalves é uma menina de 17 anos que teve seu primeiro namoro um fracasso, foi traída. Com o término conturbado, fecha seu coração para o amor e acredita que nunca mais irá se apaixonar de novo. Mas o destino prega peças na gente. Depois que...