SOPHIAJá estava me cansando de ficar ali de plantão na porta do quarto das meninas. Um tempo depois vejo a porta abrir, as meninas saíram, Jenny, Vitória, Melissa e a amiguinha da Jenny. Dessa vez me lembrei do sinal, que é passar a mão no cabelo.
Rafa piscou para mim e jogou o balde de tinta rosa. Quando a tinta escorreu pelas garotas elas soltaram uns gritos ensurdecedores. Elas ficaram cobertas de tinta, Vitória passou a mão no rosto para tirar um pouco da tinta e olhou para cima na tentativa de conseguir ver quem jogou a tinta. Mas Rafa foi rápida e desceu logo depois de jogar a tinha, ela estava ao meu lado, nossas gargalhadas ecoaram pelo local atraindo os olhares furiosos das garotas.
— O que vocês estão olhando?— Vitória pergunta.
— O rosa cai bem em você!— falo, eu e Rafa rimos mais ainda.
— Haha, engraçadinha você, né?— diz.
— Você acha mesmo?
— Droga, olha o meu cabelo!— Jenny diz passando a mão nos cabelos ensopados de tinta rosa.
— Ah, Jenny, sabe eu prefiro assim com tinta rosa, porque assim essa tua carrinha de sonsa não aparece!
— Sophia, como sempre se achando!— Jenny diz.
Eu me enfureço e fui pra cima dela, mas Rafa me impediu, colocando o braço na minha frente antes que eu perdesse a razão e desse uns bons tapas nela.
— Vamos, Sophia!— ela fala séria.— Não vale a pena se sujar por causa dessa daí.
Ela me puxa e vamos andando rindo dos ocorridos até o quarto. Quando abrimos a porta vimos as meninas nos olhando.
— Estávamos esperando vocês, a gente não tinha marcado 10:00 horas?— Pego meu celular e vejo as horas e vejo que eram 10:30 horas.
— É que...— sou interrompida.
— Sem explicações! — Ana diz.— Agora vamos!
Olho para Rafa, pego uma bolsa de lado, coloco umas coisas que ia precisar e saímos. Andamos apressadas até o ponto de ônibus que ficava na estrada ali perto, mas nenhum ônibus passa, então pensamos em ir andando, o centro da cidade em que ficava o acampamento não devia ser tão longe assim.
— Ah cansei de andar!— Rafa diz e pra de andar, passa a mão no rosto limpando o suor que escorria em sua testa e começa a se abanar.
A gente estava andando por pelo menos meia hora, já estava toda suada também. Até que uma camionete se aproxima andando de vagar e para perto de nós.
— Se for um homem doido e tentar fazer alguma coisa com a gente, nós damos uma joelhada lá em baixo e corremos.— Gabi avisa.
— Quer uma caroninha até a cidade?— Chico abre o vidro da janela.
— Chico! Que bom que apareceu!— falo e abro um sorriso.
— Querem carona?— pergunta e todas nós concordamos e entramos na camionete.
Fomos até a cidade conversando, Chico me falava do Tornado e de como era seu trabalho no acampamento. Quando chegamos na cidade, desço do carro.
— Obrigada, Chico!— digo colocando a cara na janela depois de fechar a porta.
— Não foi nada, menina!— ele diz e depois arranca com o carro.
— Acho que é ali!— Rafa diz apontando o dedo para uma loja.
Entramos e ficamos observando ao redor da loja até que uma mulher vem até nós nos atender.
— Precisam de ajuda?— uma garota pergunta, ela é jovem e bonita.
— Ah, claro — digo sorrindo para ela.— É aqui a loja da Dona Serafina?
— Sim, sim! Eu sou a Leila, neta da Serafina!—ela diz, estende o braço e eu aperto.
— Muito prazer, Leila, eu sou a Sophia, essa é a Rafaela, a Ana Clara e aquela a Gabrielle!— falo apontando o dedo para elas.
— Vocês vieram do acampamento Campos?
— Sim, o Sr. Paulo que nos indicou!
— Você disse Paulo?— vejo uma mulher mais velha chegando.
— Sim, disse Sr. Paulo!
— Essa é minha vó, Serafina!— Leila nos apresenta a senhora.
— Prazer!— digo sorrindo para ela.
— O prazer é todo meu! Então vocês estão procurando fantasias?
— Sim!
— Então vieram ao lugar certo!— ela fala com um sorriso gentil.
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Ironias do Destino
RomanceSophia Gonçalves é uma menina de 17 anos que teve seu primeiro namoro um fracasso, foi traída. Com o término conturbado, fecha seu coração para o amor e acredita que nunca mais irá se apaixonar de novo. Mas o destino prega peças na gente. Depois que...