>>Capítulo 8<<

7.9K 524 17
                                    


SOPHIA

— Você não tem vergonha na cara né? Vai até a minha casa, entra no meu quarto e ainda deixa esse bilhete idiota com essa foto ridícula! Eu não te dou outra chance seu babaca idiota.—grito com toda a raiva que estava sentindo,  cuspindo as palavras na cara do Nathan sem me importar com os outros nos olhando. — Não importa o quanto você implore eu nunca vou te perdoar. Como você ainda tem a cara de pau de dizer que a culpa não foi sua? Me poupe!— disse e todos pararam para ver.

— Sophia, eu juro não foi minha culpa, deixa eu te explicar, por favor!— ele diz pausadamente.— Vamos sair daqui e conversar com calma.

— Não, eu não deixo!— falo.— E qual o problema? Você se importa com os outros nos olhando? Que ótimo, agora você sabe como eu fiquei!

Dei as costas para ele, jogando cabelo para trás.

— Sophia!— ele disse e eu me viro para ele com a necessidade de humilhá-lo mais um pouco, do mesmo jeito que ele fez comigo.

— Acabou, Nathan, acabou, e há muito tempo!— disse rasgando a nossa foto no meio separando a gente. Sai dali, não queria vê-lo.

— Nathan, não fica assim por causa daquela piranha, puta...— ouvi Vitória dizer e me virei antes dela terminar de me xingar, eu peguei os cabelos dela e puxei com força e depois soltei empurrando ela. Quando Vitória estava no chão eu digo:

— Se me chamar assim outra vez você vai ver.— disse e sai dali até que ela puxou meus cabelos, eu virei fazendo ela soltar meus cabelos e dei um tapa na cara dela, depois vieram nos separar.

Eu me debatia e nem vi que era Felipe que estava me segurando, eu xingava Vitória de todos os nomes possíveis enquanto Felipe me tirava dali.

Eu e a Vitória fomos chamadas na sala do diretor, como se já não bastasse isso, também chamaram nossos pais. Minha mãe ficou tão decepcionada comigo, estava evidente o desapontamento em seu rosto, eu nunca tinha feito uma coisa dessas.

Quando chegamos em casa, tive que ouvir minha mãe me dar um esporro daqueles, como se não bastasse meu pai me colocou de castigo: sem celular por UM MÊS, e da escola para casa.

— Hoje meu chefe vem jantar com a gente, e ele vai trazer a família, então, Sophia, você se comporte, ou fica no seu quarto. — meu pai diz.

— Então tá, eu vou ficar no meu quarto!— disse fazendo birra.

Vou para meu quarto e passo o resto do dia enfurnada lá assistindo série. Eu acabei dormindo e acordo com a campainha tocando, esfrego os olhos emburrada.


PATRÍCIA

Estava terminando de preparar o jantar quando escuto a campainha tocar, limpo as mãos e eu vou abrir a porta. Vejo que Guilherme chegou com a família.

Deixo Hugo fazendo sala e conversando com eles na sala e vou terminar o jantar, se Sophia não fosse tão teimosa poderia me ajudar a por a mesa e eu soube que Guilherme tem um rapaz da mesma idade que ela. Seria bom se ela se distraísse e conhecesse outro garoto, depois do Nathan ela ficou tão desiludida. Quando já está tudo pronto, chamei todos para jantar.

— Vocês tem filhos, Patrícia?— Fernanda pergunta, a mulher de Guilherme.

— Temos uma menina!

— Ah, e cadê ela?— ela pergunta.

— Está no quarto, ela está meio resfriada, e vocês só tem o Felipe?— menti, não podia fazer essa desfeita com eles.

— Não, tenho um filho de 20 anos, que está viajando, o Felipe de 18 anos, e a Valentina de 9 anos, que foi dormir na casa de uma amiga.

— Entendi, eu vou chamar minha filha para vocês conhecerem, quem sabe ela já está se sentindo melhor.

Digo e subo as escadas indo até o quarto da Sophia, bato na porta e ela me manda entrar.

Ironias do Destino Onde histórias criam vida. Descubra agora