>>Capítulo 6<<

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  SOPHIA

Felipe me ajuda a pular o muro, até que foi bem fácil sair da escola. Nós rimos quando estávamos fora da escola e entramos no carro dele.

— Onde vamos agora?— ele me pergunta.

— Tem uma pista de skate aqui, eu sempre vou lá quando mato aula.

— Então vamos, estressadinha!

Felipe diz e dá partida no carro, a pista de skate não ficava longe, então chegamos rápido, ele estaciona o carro e quando saio me lembro que estou sem o meu skate.

— Droga!— digo baixo.

— O que foi?

— Esqueci meu skate em casa.— falo. Sinto mãos grandes tamparem meus olhos, retiro elas e me viro.

— Sofi!— Pedro fala animado e me abraça.

— Pedro!— o abracei mais forte, me enterrando em seus braços.

— Caramba, você não cresce mesmo em, pequena — falou quando meu soltou.— É seu o namorado, Sophia?— olha para o Felipe.

— Não, não, é só um amigo.— falei rapidamente.

— Entendi, prazer, meu nome é Pedro!— Pedro estica o braço e Felipe aperta sua mão o cumprimentando.

— Felipe!— ele diz.

— Vamos andar de skate?— Pedro pergunta.

— Bora!— disse empolgada e Pedro me puxa para perto de uns garotos que estavam ali.

Eu me sento e fico vendo Pedro fazer umas manobras com o skate, logo depois ele me entrega o skate e eu dou uma volta. Ficamos andando de skate até dar a hora da aula acabar.

— Temos que ir pegar as nossas mochilas na escola!— Felipe diz.

— É mesmo, tinha até esquecido!— eu falei.—Pedro, a gente tem que ir!

— Beleza, baixinha, vamos marcar qualquer dia desses de andar de skate de novo.— Pedro fala e eu concordo.

— Vamos sim. Tchau, Pedroca!— baguncei o cabelo dele e Pedro ri.

— Tchau, Felipe, aparece aí também pra dar uma volta de skate.

— Pode deixar!— Felipe diz.

Voltamos para o carro e Felipe dirige até a escola, pegamos nossas coisas e depois ele me deixou na porta de casa, eu entrei e fui pro meu quarto, tomei banho, coloquei uma roupa qualquer e fui almoçar. Detesto almoçar sozinha, faço meu prato e como na sala vendo desenho.

                      
NATHAN

Foi bom voltar pra cá, eu gosto dessa cidade, aqui eu me sinto em casa. Meu pai sempre teve que mudar de cidade várias vezes por causa do trabalho e sempre foi bem difícil para mim me adaptar nessas novas cidades. Quando cheguei aqui achei que seria tudo chato e igual às outras cidades, mas aí eu conheci a Sophia, a garota que mudou a minha vida. Mas eu fui um idiota e estraguei tudo, ela não merecia isso.

Amanhã tenho aula, espero ser da mesma sala da Sophia, eu gosto dela de verdade e eu só a traí com a Vitória por causa de uma aposta, eu não sei como ela descobriu. Mas eu só quero mais uma chance, eu a quero muito. Eu estava na minha cama mexendo no Instagram e pensando na Sophia e acabei dormindo.

Acordar cedo é horrível, o bom único lado bom nisso é que eu vou ver a Sophia depois de tanto tempo. Cheguei na escola todos me olharam, inclusive a Rafa e a Ana Clara quando cheguei na sala, sentei na carteira que tava perto dos meus amigos, o Léo e o Edu. Eu perguntei se a Sophia era dessa sala e me disseram que sim, fiquei feliz. Quando ela chegou no meio da aula de Física um sorriso bobo nasceu em meu rosto, ela estava mais linda do que nunca, como eu senti falta dela.

Depois que ela disse que tava passado mal não voltou mais. A aula acabou e eu fui para casa. Pensei em ir na casa dela mas descartei a ideia.

Era 20 horas da noite e eu resolvi ir na casa da Sophia. Cheguei e apertei a campainha, a mãe dela abriu.

— Nathan quanto tempo!— Patrícia disse me abraçando.

— Oi, Patrícia, que saudade!— disse abraçando ela.

— Oi, Nathan!— Hugo, pai da Sophia disse.

— Oi, Hugo!— conversamos por uns minutos, e aí eu resolvi ir logo ao ponto.— E a Sophia aonde está?

— Ah, ela está na casa da Rafa.— Patrícia diz.

— Que pena! É que eu tenho que entregar isso.— Tiro um papel do bolso, era um papel que me deram, desses de propaganda, mas foi a única coisa que passou pela minha cabeça.—Posso deixar no quarto dela?

— Pode...claro!— Patrícia diz, eu subi até o quarto dela e deixei um bilhete e uma foto que estava no meu bolso. E depois fui embora.

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