SOPHIAJá eram sete horas da noite, agora faltava cinco dias para voltarmos para casa, tudo que eu quero é aproveitar esses últimos dias aqui no acampamento. Eu estava falando com a minha mãe no celular, quando ela desliga, eu deixo o celular de lado e me levanto.
Tomei banho, coloquei uma calça jeans rasgada, um cropped preto, um vans preto, uma camiseta xadrez amarrada na cintura, o meu cabelo estava solto.
Eu e a Gabi estávamos indo para o refeitório encontrar com as meninas, que tinham ido um pouco antes da gente.
— Oi, Gabi.— Felipe diz vindo até nós duas. —Será que eu posso falar rapidinho com a Sophia?
— Claro, eu te encontro no refeitório, Sofi!— ela diz e pisca pra mim.
— O que você quer hein?— disse cruzando os braços e Gabi saiu.
— Quero conversar com você, Sophia, mas eu chego perto de você, eu você me espera com dez pedras na mão!
— Fala logo, antes que eu mude de ideia!—digo impaciente.
— Ok, é que lá na cachoeira...
— Antes de falar, quero deixar uma coisa bem clara. Nós não temos nada, você fica com quem você quiser, mas não vai achando que eu sou qualquer uma que você fica. E não fica mentindo para mim dizendo que gosta de mim e logo depois aparece com outra garota. E eu nem sei porque fiquei com raiva de você, nós não tempos nada.
— Ok!— Felipe diz.— Você me perguntou na cachoeira, porque eu tinha beijando a Jenny, mas ela quando ouviu você chegar pulou em cima de mim e me beijou, você nem me deixou explicar!
Eu olho para ele por uns instantes, tentando processar a informação e ver se ele não estava mentindo para mim. Bom, isso era bem a cara da Jenny, então, não tinha porque não perdoar ele.
— Escuta aqui, Felipe, eu acho bom você não tá mentindo pra mim e nós não temos nada sério, então você é livre pra ficar com quem quiser. Mas fique sabendo que eu não sou essas garotas que você tá acostumando. E se ousar me magoar outra vez, eu quebro a sua cara.
— Não duvido disso, esquentadinha!— fala e ri.— Então, você me perdoa?
— Sim!
— Ainda bem, porque eu não estava aguentando ficar longe de você, baixinha!
— Mas eu não sou baixinha e muito menos esquentadinha!
— Então é a minha princesa!— ele diz e se aproxima para me beijar, eu agarro o seu pescoço e acabo com a distância das nossas boca o beijando. Felipe segura minha cintura e retribui o beijo.
Ele passou o braço pelo meu pescoço e fomos para o refeitório assim, abraçados. Chegando lá a atenção foi toda para nós, mas eu nem liguei, queria mostrar para a Jenny e quem quer que fosse que ela não conseguiu me separar do Felipe.
VITÓRIA— Olha lá, Jenny, acho que seu plano não funcionou muito bem!— Melissa diz e eu olho para a mesma direção em que ela estava olhando.
Vejo Felipe e a Sophia entrarem no refeitório abraçados, ela ainda teve coragem de olhar para nossa mesa sorrindo quando passou.
— O que essa garota acha que está fazendo com o meu Felipe?— Jenny perguntou com raiva.
— Acho que ela foi bem mais rápida que você Jenny!— digo dando um sorrisinho, ela me fuzilou com o olhar e eu fechei meu sorriso na hora.
— Por pouco tempo!— diz Jenny com um sorriso malicioso no rosto.
— O que você vai fazer?
— Dá um jeito de separar esses dois!— falo.
Quando Sophia entrou no refeitório abraçada com Felipe, percebi que todo mundo olhava para eles, mas um olhar me deixou furiosa, o olhar de Nathan para ela. Ele não tirava os olhos dela, olhava na cara dura.
Será que ele ainda gosta dela? Não era possível, ele está comigo e é de mim que ele gosta, todo mundo sabe disso.
Sophia já estava chegando perto da mesa, como eu estava na beirada, coloquei o meu pé na frente dela.
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Ironias do Destino
RomanceSophia Gonçalves é uma menina de 17 anos que teve seu primeiro namoro um fracasso, foi traída. Com o término conturbado, fecha seu coração para o amor e acredita que nunca mais irá se apaixonar de novo. Mas o destino prega peças na gente. Depois que...