>>Capítulo 17<<

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SOPHIA

Desbloqueio o celular e abro o WhatsApp lendo a mensagem logo em seguida.

✉️

Pedro: Oi, Sofi, tudo bem?

Pedro: vem aqui na pista de skate, está tendo uma competição!

Sophia: Oi, Pedro, tudo bem e você?

Sophia: já estou indo!

✉️

Troquei de roupa, coloquei um short jeans, uma blusa preta, um all star branco, fiz um rabo de cavalo, peguei meu skate e grito minha mãe da escada dizendo que estava saindo. Saio sem esperar sua resposta, quando chego na pista vejo que já estava lotada, olho para todos os lados procurando Pedro.

— Oi, princesa!— ele diz.

— E aí, manezão?— ele abre uma sorriso.

— Vem, vou te apresentar a galera!— Pedro segura minha mão e me puxa em direção a um dos grupos de pessoas.— A ruiva é a Vera, a loira é a Paula e a do cabelo rosa é Júlia! — ele diz apontando para as garotas que sorriram com simpatia.

— Prazer eu sou a Sophia!

— Esse é o João, aquele o Gustavo e esse é o Lucas!

— Oi!— digo e cumprimento os garotos com um sorriso tímido.

— Então você é a famosa Sophia?— o tal do Gustavo pergunta.

— Famosa eu já não sei, mas sou eu.— falo rindo.

— O Pedro fala tanto de você que já estávamos loucos pra te conhecer.— Vera diz e eu olho para Pedro que está com as bochechas vermelhas.

— Vai me explanar mesmo, ruiva?

— Sorry, amigo!

A gente ficou conversando, descobri que Vera namora com João, que o Gustavo a Júlia tem um rolo meio indefinido e que a Paula gosta de Lucas mas ele não sabe disso e ela tem vergonha de falar.

— Sofi, vem aqui!— Pedro diz.

— Tá bom, já volto meninas!— Pedro me levou para uma área mais afastada da praça.

Sentamos em um dos banquinhos que tinha ali e eu olho para Pedro esperando que ele me diga o porquê de ter me chamado aqui.

— Sophia, eu te conheço há muito tempo e eu queria falar uma coisa para você!— Pedro diz.

— Pode falar!

— Eu...gosto de você, Sophia!— Pedro fala meio envergonhado e então olha em meus olhos.

Fui pega de surpresa, não esperava que ele fosse dizer isso, não sabia o que falar e nem como reagir diante dessa confissão, abro a boca várias vezes e depois fecho sem saber direito o que dizer. Eu e Pedro somos amigos desde que éramos duas crianças bagunceiras que aprontavam todas e deixávamos nossos pais loucos, eu me pergunto como nunca percebi que os sentimentos do Pedro eram muito além do que só de amizade.

— É...—- começo a dizer, mas vejo que Pedro foi chegando mais perto de mim, não consegui recuar e quando vi seus lábios tocaram os meus, sua mão segura minha nuca e ele me puxa para mais perto de si. Eu levo as mãos para seu peitoral e o empurro.

— Eu queria fazer isso há tanto tempo.— Pedro diz quando nos afastamos, eu olho para ele incrédula com tudo que aconteceu.

— Pedro...— começo a dizer.— Eu tenho que ir embora, tô cheia de coisa para fazer e tenho que fazer as malas para o acampamento. Aliás, você vai?

— Vou!— ele diz.

— Então te vejo lá!— digo e me levanto pegando meu skate, Pedro se levanta e quando eu vou dar um beijo em sua bochecha Pedro vira o rosto e o beijo pega em sua boca. Faço cara feia para ele que apenas deu uma risadinha.

Saio da praça, precisava ir embora o mais rápido possível, quando estava indo para casa vejo Rafaela mais adiante de mim.

— RAFA!— gritei ela.

— Oi!— ela diz.— Que cara é essa?

— Você não sabe o que aconteceu!

— O que?— ela fica curiosa.— Desembucha logo, mulher!

— O Pedro me beijou!— Contei para ela como tudo aconteceu.

— Mas o Pedro é um gatinho, já te falei isso várias vezes.

— Ele é meu amigo, eu ainda vejo ele como o garotinho que puxava minha trança para me irritar.

— Mas aquele garotinho cresceu e tá um gato!— Rafa diz e ri.— Aquele ali não é o Felipe?—ela disse apontando para o garoto que de costas já reconheci, a Rafa grita o Felipe e ele vem em nossa direção.

— Oi, meninas!— Felipe diz sorrindo para nós duas.

— Oi!— dizemos.

— Bom, gente, eu tenho que ir para casa.—falo.— Beijo pra quem fica!

— Espera!— Felipe diz e eu olho para ele.

— Eu tenho que ir!— falo outra vez.

— Então deixa eu te perguntar uma coisa, você vai no acampamento?— Felipe pergunta.

— Vou sim, aliás tenho que arrumar minhas malas!

— Está bem!— ele diz sorrindo.

— Tchauzinho!— digo e mando um beijo no ar para eles antes de caçar o rumo de casa.

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