SOPHIAEstava morta depois de fazermos a trilha pela mata, parecia que não acabava mais, eu me joguei na minha cama, estava exausta. Devia ser umas três horas da tarde quando Felipe entrou no meu quarto.
— E aí, Baixinha?—Felipe diz e se senta na beirada da cama.
— Oi, manezão!—digo.— Beleza?
— Tava pensando em fazer alguma coisa, bora?
— Ah não, estou morta depois daquela trilha.— disse.— Eu só quero descansar!
— Deixa de ser preguiçosa, Sofi!— ele diz.— Vai, levanta, vamos fazer um passeio diferente!— ele dá um tapinha na minha perna.
— Eu tenho outra escolha?— pergunto e ele nega, eu me levanto.— Tuuudo bem.
— Marca dez que só vou ali pegar uns negócios!— Felipe diz e sai do meu quarto.
Um tempo depois eu saio do quarto e fico esperando o bonito do Felipe. Passa uns minutos ele chega com uma cesta de piquenique nas mãos.
— Demorei?
— Um cadinho. Vamos fazer piquenique?—disse empolgada.
— Vamos, mas tem mais uma coisa!— Felipe diz.
— O que?
— Surpresa!— ele e eu cruzo os braços.
— Fique você sabendo que eu não gosto de surpresas!— falo.
— Mas vai gostar dessa!— diz e puxa minha mão.
Felipe sai me puxando e eu vou andando atrás dele, quando chegamos vejo dois cavalo lindos amarrados em uma árvore.
— Que lindos!— saio correndo até o cavalo, faço carinho na crina do cavalo cor de caramelo.
— Vem, vou te ajudar a subir!— Felipe falou e me pega no colo me colocando em cima do cavalo, depois ele sobe no outro.
Não fazia ideia de onde Felipe estava me levando, eu só cavalgava atrás dele por uma estradinha de chão cheia de árvores bonitas. Felipe para o cavalo e eu puxo as rédeas com cuidado e paro ao seu lado.
— É aqui?— pergunto.
— É!— ele desceu do cavalo e me ajudou a descer também.— Fecha os olhos!
— Pra que?
— Fecha!— Eu fechei os olhos e começamos a dar alguns passos, eu comecei a ouvir barulho de água. — Pode abrir!— Eu abri os olhos e vi uma cachoeira linda.
— Caramba!— disse admirando, era de tirar o fôlego de tão perfeita.
— Me ajuda a arrumar as coisas do piquenique?— Felipe pergunta.
— Claro!— digo e começamos a arrumar as coisas, esticamos uma toalha azul no chão e tiramos as comidas da cesta e colocando em cima da toalha.
— Vamos comer, baixinha, estou com uma fome!— rimos.
— Vamos! — digo e começamos a atacar. Eu como alguns morangos e um sanduíche de pasta de amendoim que Felipe fez.
— Olha o que eu trouxe!— ele disse com um potinho de Nutella na mão.
— Oba!— falei como uma criança, comemos e depois deitamos em cima da toalha.
Ficamos um tempo deitados um do lado dou outro. Passa uns minutos e ele se levanta, tira a camisa e fica só de bermuda. Senhor que corpo é esse!
— Vem, vamos entrar na água!— ele diz esticando a mão para mim segurar, pego em sua mão e me levanto.
— E eu vou entrar de roupa?
— Não seria nada mal se entrasse sem!— ele diz com um sorriso malicioso.
— Idiota!— falo, dou um tapinha em uma sua nunca e ele ri.
Tiro minha roupa e fico apenas de calcinha e sutiã, agradeço por está usando um conjunto bonitinho. Vejo que Felipe estava babando no meu corpo e dou um sorrisinho.
— Olha só o que tem ali!— digo apontando para uma corda amarrada na árvore.
— Você não tá pensando em se pendurar lá né?— pergunta e eu dou um sorrisinho antes de ir até a corda.— A corda deve tá aí há muito tempo, pode está podre e você vai se machucar.
— Relaxa, Felipe!— digo e puxo a corda para ver se estava firme e se aguentava o meu peso.
Eu me seguro na corda e dou uns passos para trás para pegar impulso, depois me penduro dela e me balanço, dou um gritinho quando solto a corda e caio na água, eu mergulho e quando volto a superfície comemoro.
— Sua vez, Felipe!— disse.
Felipe vai até a corda e a puxa meio desconfiado, ele dá uns passos para trás e pega impulso ante ser cair na água. Eu dou um gritinho e Felipe ri e me joga água, brincamos igual duas crianças jogando água um no outro.
Ele começa a correr atrás de mim e eu nado fugindo dele. Felipe chegou por trás e me pegou no colo, eu rio e seguro em seu pescoço, nós nos olhamos, ele me colocou no chão, continuamos nos olhando, Então se inclinou na minha direção e me puxou para perto, como a força da gravidade. Ele me beijou com força, e senti sua pele áspera contra meu rosto. A primeira coisa que me passou pela cabeça foi acho que ele não teve tempo de se barbear hoje de manhã, e então... eu estava retribuindo o beijo, meus dedos no meio do cabelo macio, meus olhos fechando. Ele me beijava como se estivesse se afogando e eu fosse o ar. Foi um beijo apaixonado e desesperado, diferente de tudo que eu havia experimentado.
Encerramos o beijo quando o ar nos faltou, mas continuamos próximos, com sua testa colada na minha. Eu encaro seus lindos olhos verdes, Felipe tira uma mecha do meu cabelo da frente do meu rosto e se aproxima novamente me dando um selinho demorado.
— Acho melhor a gente ir!— falo mordendo os lábios.
— Está bem!
Dou um último mergulho e sai da água, eu passo a mão no cabelo tirando o excesso de água e depois ajudo Felipe juntar as coisas enquanto meu corpo seca. Visto minha roupa e montei no cavalo, solto as rédeas e começo a cavalgar de volta para o alojamento.
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Ironias do Destino
RomanceSophia Gonçalves é uma menina de 17 anos que teve seu primeiro namoro um fracasso, foi traída. Com o término conturbado, fecha seu coração para o amor e acredita que nunca mais irá se apaixonar de novo. Mas o destino prega peças na gente. Depois que...