>>Capítulo 2<<

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SOPHIA

Felipe acenou para as meninas e me seguiu, nós chegamos do lado de fora da escola e eu comecei a andar para o lado do shopping.

— Ei, onde você vai?— Felipe pergunta.

— Para o shopping — disse com um tom meio óbvio.

— Meu carro está ali.— disse com um sorriso no rosto e apontando para um carro preto muito lindo.

Eu mordi a bochecha, entrar no carro de um cara que eu tinha acabado de conhecer não estava nos meus planos.

— Não vai entrar?— perguntou.

Entramos no carro, eu pensei em todas as formas que poderia me defender se ele ousasse fazer alguma coisa comigo. Fomo o caminho todo sem falar nada, só ouvindo a música que tocava no rádio, eu reparava que Felipe batucava os dedos no volante enquanto dirigia. Chegamos no shopping e fomos direto para a loja do primo dele, a loja estava vazia então o primo do Felipe me garantiu que faria o mais rápido possível. Depois disso fomos para a praça de alimentação, Felipe pediu dois açaís pra gente, ele me entrega um e se senta de frente para mim na mesinha que tinha ali.

— Sophia, me conta um pouco de você.— ele diz.

Tá bom, eu tenho 17 anos, moro com meus pais, não tenho irmãos, mas meus pais estão querendo um e tenho duas retardadas como melhores amigas, e é isso.— digo e ele sorri de lado — Agora fala de você.

— Eu tenho 18 anos, moro com meus pais, tenho um irmão de 20 anos que não mora mais aqui, e uma irmã de 9 anos.— ele diz e sorri.

— Sempre quis ter uma irmã mais nova.

— É ótimo, mas a pirralha faz uma bagunça.—Felipe disse e rimos.

Ele me contava da irmãzinha dele, e depois que acabamos o açaí, pegamos o celular na loja, ficou impecável, nem parecia que há pouco tempo atrás estava com a tela toda espatifada. Vamos para o estacionamento e entramos no carro, Felipe liga o rádio e vai passando para escolher uma música.

— Deixa nessa música!— digo.

— Gosta de Miley Cyrus?— ele pergunta meio indignado.

— Gosto, porque algum problema?— pergunto erguendo a sobrancelha e cruzo os braços fazendo ele ri.

— Não, nenhum problema.— ficamos em silêncio por alguns minutos, eu cantava baixinho a música e sorri quando vi que Felipe batucava os dedos no volante.

— Pode me deixar aqui, vou na casa da Rafa.—falo em desespero lembrando que ela me esperava.

— Tá, mas da próxima vez não grita no meu ouvido, ok?

— Quem disse que vai ter próxima vez?—
pergunto séria.

— Eu!— ele diz ironicamente.— Me passa o número do seu celular?

— Não.— falo rindo e saio do carro.— Tchau, e obrigada.

— So...phia, por favor? — ele diz e eu saio andando e entro na casa da Rafa, antes de fechar a porta aceno para Felipe que está com cara de bobo.

Tenho que conta tudo para Rafa, se não ela me mata. Toco a campainha e a mesma abre, vamos direto para seu quarto e eu me jogo na cama. Rafaela me olha esperando que eu conte tudo.

— Ele é um gato!— Rafa comenta e eu concordo.

— Muito, e é divertido também!

— Um Deus grego, aff! — Ela diz e se abana.—
Mas por que você não passou seu número para ele?

— Sei lá, quero cortar qualquer tipo de relação com esses garotos que eu não vejo futuro.

— Mesmo com um gato desses, do terceiro ano, popular, solteiro e capitão do time de futebol da escola?— Rafa pergunta, indignada.

— É exatamente esse tipo de garoto que eu quero evitar.— digo e Rafa balança a cabeça em negação.

— Você é mais trouxa do que eu imaginava.—ela diz e eu mostro o dedo do meio.

— Não quero me magoar outra vez!

— Sophia, nem todos os garotos serão como o Nathan, e o Felipe me parece ser bem diferente da sua fama.— Rafaela fala.

— Aí, Rafa, eu não quero ser mais uma na lista quilométrica do Felipe.

— Bom, talvez você ainda não tenha superado totalmente o Nathan.— Rafa fala e eu fico meio pensativa.

— Vamos parar de falar no Nathan e no Felipe.— digo e ela concorda.

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