Prólogo

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Era uma tarde de primavera, mas eu sentia frio, não era um frio climático, era um frio mortal daqueles que vem de dentro da alma.
Ele estava com aquela arma apontada para ela, e ela sustentava um olhar forte, destemido, um olhar que me pedia calma, mas eu sabia que por dentro a minha menina estava amedrontada.
Então tudo aconteceu em câmera lenta como num filme de Hollywood, eu vi o olhar sádico daquele desgraçado e sabia o que ele iria fazer, então ele fez, disparou contra ela e numa velocidade fora do comum fiquei frente a ela esperando a bala me atingir e foi o que aconteceu, logo após houve outro disparo e vi aquele filho da mãe desgraçado cair em sua própria poça de sangue, senti uma dor latejante em meu peito e roguei aos Céus que ela ficasse bem, então senti a escuridão me atingir como um bálsamo aliviador e a olhei pela última vez guardando sua imagem em minha alma, a menina dos meus olhos, a minha Sophie.
E no mesmo instante fechei os olhos rogando a Deus minha redenção.

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