Lagrimas

Capítulo 1- Conhecendo Eric Taylor

- Você é um cafajeste! - Tabata ou seja lá qual for o nome dela grita antes de sair, já estou tão acostumado a esses apelidos carinhosos vindo das mulheres que nem faço menção de dizer nada, apenas viro para o lado e volto a dormir.

Acordo as 10:30 com o maldito celular tocando, nem aos domingos esses idiotas me dão sossego! ?
Levanto ainda sonolento para desligar essa merda barulhenta, mas quando vejo o nome do Valentim decido atender, sei que se não fizer isso ele não me deixará em paz.

- Fala cara! - digo ao atender.

- Precisamos de você aqui Eric. - diz Valentim seriamente.

- Isso está fora de questão Valentim! Hoje é o meu merecido dia de folga. - respondo querendo acabar logo com isso, se eles acham que vão me fazer trabalhar em pleno domingo na minha folga estão muito enganados.

- Eric é sério cara... Não te ligaria se não fosse, é mais um daqueles casos... - diz Valentim com voz aflita e só então entendo tudo.

- Mas que merda cara! Tô chegando aí em 20 minutos. - digo e desligo depois de escutar um Ok quase inaudível de Valentim, ele sempre fica muito abalado com esses casos.

Tomo meu banho rápido, afinal não posso ir trabalhar com cheiro de bebidas e bem ...
Vocês sabem né...?
Tomo meu café apressado , pego as chaves da minha moto e saio.
Mas... Espera! Com tudo isso eu esqueci de me apresentar a vocês, me chamo Eric Taylor, tenho 29 anos e bem ...
Sou um investigador de um lugar qualquer tentando ter um domingo de folga normal.
O resto vocês descobriram depois.
Agora tenho que capturar mais um criminoso.

Chego a delegacia e vejo que o caos já está instaurado, logo que me vê Valentim vem ao meu encontro.

- Que bom que veio cara. Isso aqui está um caos. - diz ele com um semblante cansado.

- Pude perceber... Então, qual é a situação ? - pergunto querendo ficar a par de tudo.

- Aparentemente um crime passional estamos coletando os depoimentos de testemunhas e pessoas que eram próximas ao casal.
Ele se chama Vicente Sales, tem 45 anos e residia na casa em que cometeu o crime, ela se chamava Sandra Esteves , tinha 37 anos e morava a duas quadras de onde foi assassinada, eles mantinham um relacionamento de dois anos que segundo familiares dela e pessoas próximas ao casal o relacionamento deles era repleto de brigas principalmente motivadas por ciúmes da parte dele.
Ele se evadiu do local horas antes da polícia ser acionada, mas graças a uma denúncia anônima conseguimos captura-lo. - explicava Valentim, e eu ouvia atentamente cada detalhe afinal esse era o meu trabalho.

- Qual a situação que o corpo da vítima foi encontrado ? - perguntei ao perceber que Valentim deixou passar essa informação.

- Foi algo realmente brutal...
Quando entramos na casa tudo estava coberto por sangue, seguimos os rastros de sangue e logo encontramos o corpo, ou o que sobrou dele...
Ele a esfaqueou até a morte e depois esquartejou o corpo, mas antes de fazer o esquartejamento ele a estuprou, depois de já te-la matado. - explicou Valentim com certo asco na voz , e se eu não lidasse com casos desse tipo todos os dias eu teria vomitado o meu precioso café ali mesmo.

- Entendi... Esse tipo de cara deveria ser eliminado da sociedade. - eu digo com desprezo.

- Eu também acho cara, mas somos a lei, temos que agir de acordo com ela. - ele responde.

- Mas, apesar do crime ter sido bárbaro vejo que vocês já tem tudo sob controle aqui. Não entendo a urgência do seu chamado. - digo sem entender porque foi tirado da minha linda e macia cama.

- Bom...
Ele escondeu as partes do corpo da vítima, nos só encontramos o tronco na casa.
Ele está querendo jogar conosco, já tentamos de tudo para faze-lo falar, mas nada adiantou.
O único que conheço que consegue fazer esses infelizes falar alguma coisa é você Eric, eu não sei que tática você usa, e prefiro nem saber mesmo, mas precisamos que você faça esse cara falar onde está o resto do corpo. - ele respondeu massageando as têmporas.