Capítulo 21 .......... Dele

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Scarlatti Narrando: SUPER HOT



Meu corpo se encontra em chamas com meu sexo já em brasas. Eu não sabia o que havia dado em Dylan; primeiro ele me some e aparece com um lindo e perfeito anel de diamantes, pedindo-me em casamento; depois fazemos amor seguido por um sexo louco, assim, quase sem pausa. E foi... Incrível. Às vezes, tenho a sensação de que, não importa o que a vida nos reserve, o que nos aconteça, ou mesmo que tudo acabe, nosso desejo um pelo outro permanecerá intacto. Nós dois, quer estejamos juntos quer não. Quando tocada por ele, meu corpo se derretia, se desfazia so para fazer seu prazer. Somente em estar sob seu olhar já me colocava quente, no auge. E a visão do seu corpo... Nossa! Era uma miragem contornada por músculos debaixo de uma pele macia e bronzeada que me fazia ficar tonta. E não tinha, Senhor!, como eu evitar tudo isso, esse desejo latente que me golpeava sempre que estivéssemos perto um do outro.

Agora, Dylan me sai para apanhar as compras, e me volta com um fogo que, por Deus, se eu não tivesse estado com ele à poucos minutos, teria pensado que não praticava sexo há anos. Mas, como resistir!? Se eu estava com medo desse seu jeito afoito e abruto? Sim, um pouco. Mas eu confiava nele; confiava no seu toque, no seu amor por mim, e, principalmente, no meu amor por ele. Por isso, quando me perguntou se eu confiava nele, eu não tive alternativa a não ser dizer a verdade. E, mesmo que ainda um tanto receosa, eu não poderia ter lhe dado melhor resposta e receber melhor recompensa. A forma com que ele me beijava... Cada toque que me dava... O olhar quando parava para me observar... Eu estava queimando. E, no final disso, eu sabia, só sobrariam cinzas.


Ele abriu sua camisa em mim sem gentileza, fazendo voar botões para todos os lados sobre a bancada a qual me pusera e o piso da cozinha. Seu peito subia e descia muito rápido, como se tivesse acabado de correr uma maratona - e nós ainda estávamos nas preliminares. Engana-se quem acha que nunca tivemos nossa cota de sexo selvagem, ja tivemos sim, várias. Sexo mais que selvagem, furioso, rígido, bruto. Todavia, eu nunca o vi com tanta veracidade como se encontra agora. Uma aurea toda animalesca, fascinante. É como se ele tivesse sido mantido em cativeiro por longos anos numa masmorra sem ter visto ninguém, sem ter tido nenhuma mulher, qualquer contato com o sexo oposto. Seu corpo todo tremia.

- Dylan... o que... - eu tentava inutilmente lhe perguntar o que estava havendo, mas, na maioria das vezes, perdia os sentidos com um novo bote; um novo beijo, um novo toque. Estava sendo atacada por sua boca, suas mãos, seu corpo grande. Por seu olhar promíscuo.

- Eu quero... Quero fazer tudo com você - diz-me, ofegante demais. Os cabelos já úmidos de suor assim como o corpo, deixando-os ainda mais escuros que o normal.

Eu não estava entendendo nada. Isso tudo era muito novo para mim. Essa sua faceta.

- Tudo... Tudo o que? - Indago, aturdida e, confesso, desejosa também. Seus olhos estão ferozes, numa intensidade de castanho incrível a qual eu nunca vira antes. Em geral eles oscilam entre verde profundo e castanho claro, equivalendo a seu humor ou a iluminação. Mas hoje... Especialmente agora,  estavam escuro como sombras, as pupilas bem dilatadas. Ele estava lindo. Selvagem.

- Tudo - resfolega, passando as mãos por meu rosto, meus cabelos. Sua boca beija cada parte da minha face, pescoço, queixo, boca. Dylan está desesperado. - Quero...

Eu seguro seu rosto com ambas as mãos, forçando-o a parar um instante para me encarar.

- O que... está acontecendo? - Pergunto, um tantinho assustada. Nunca o vi assim antes.

- Eu te amo. Eu te amo demais - murmura, fitando-me com tal intensidade, que me estremece e me arrepia de dentro pra fora - É isso que está acontecendo.

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