Capítulo 41 ........... Sufoco

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Dylan Narrando


Você começa a ter certezas das suas dúvidas, quando tem uma mulher grávida com o propósito de te seduzir em casa.

Depois de ter consolado Scarlatti da saudades dos seus pais, nós voltamos para casa e dispensamos Deyvison, afinal ele só seria preciso nas horas em que eu não pudesse levar Scarlatti a algum lugar, o que se retinha as minhas oras no trabalho. Como ainda é fim de semana e não pretendemos sair de casa, ele seria desnecessário. Também dispensei Estela assim que a encontramos na cozinha. O que foi meu maior erro. Se pelo menos mais alguém estivesse por perto, tenho certeza que eu não passaria tanto sufoco.

Em razão disso, eu passei praticamente a tarde toda tentando ao máximo distrair Scarlatti. Tentei assistindo filmes, mas sempre que  começava a rolar cenas de sexo ela se animava, me obrigando a trocar de DVD. Tentei também uma conversa, algo leve e suave, mas suas frases de duplo sentido não estavam me ajudando. Quando por fim desisti e peguei o notebook em meu carro para trabalhar, ela me impediu também.

- Eu preciso ocupar minha cabeça, Scarlatti - aleguei com um resmungo quando ela puxou o computador de mim.

- Eu tenho ótimas ideias de como ocupa-la. As duas, a propósito - ela piscou e se sentou em meu colo no sofá. Ela estar usando uma das minhas blusas, absolutamente sem nada por baixo a não ser um micro short não facilitava.

- Scar... - eu balanço a cabeça e fecho os olhos. Porra! É difícil ser homem ás vezes. Principalmente um cavalheiro.

- Você achou que o que fizemos ontem iria dar conta do que eu tenho sentido? - Ela roça seu rosto em minha barba, começando lentamente uma cavalgada sobre meu pau.

- Você quer sair? - Pergunto, abrindo os olhos e recuando, não somente para olha-la como também para me desvencilhar do seu poder de sedução.

- Sim, claro. Qual o motel mais próximo? - Ela sorri largamente. A sensação que tenho é que ela está gostando desse jogo de me atiçar.

- Eu pensei em algo menos radical. Tipo visitar meu irmão... Faz tempo que não vejo minha sobrinha. Derik parou de me ligar e coloca-la no telefone. Estou com saudades - queixo-me, fechando meus punhos ao lado do corpo para evitar toca-la. Apenas um simples agarre em sua cintura e talvez eu desse adeus a minha resistência.

- Podemos ir amanhã - rebate, beijando-me o pescoço. Seus dentes arranham e provocam minha pele - Um almoço no domingo. Assim contaríamos a novidade da casa...

- É, pode ser... Eu vou ligar pra ele e marcar - eu me aproveito da desculpa para tira-la do meu colo.

Eu ouço Scarlatti bufar e soltar um palavrão, e não reprimo um sorriso.

Bem feito!

No quarto, eu busco meu aparelho celular na cama e disco o número do meu irmão.

- Olha só que milagre - ele atende após o terceiro toque - Resolveu lembrar que tem família.

- Eu nunca me esqueci que tinha - devolvo, jogando-me na cama com uma mão debaixo do travesseiro. Uma música começa a tocar da sala, e eu a reconheço como sendo uma das que estava tocando na véspera. Era sexy.

Porra, Scarlatti! Eu só espero que você não me apareça com outra fantasia...

- Dylan? - Meu irmão me chama do outro lado da linha.

- Foi mal, cara - desculpo-me, concentrando-me na ligação - Aqui, Scarlatti e eu estávamos pensando em dar um pulinho aí amanhã. Temos novidades.

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