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Capítulo 47 ........... Revelações

E ae gente lindaaa! Post pra vcs em! E se tiver bastante comentários eu posto mais um ainda hj haha

Bijundas 😚

Scarlatti Narrando

Eu acordei com ligações. Primeiro de Dylan, perguntando se eu já havia tomado o remédio, me alimentado direito e se eu estava bem. Em seguida foi a vez de Nora, marcando de vir me ajudar a embalar as primeiras caixas para a mudança. E então foi a vez de Jorge Lucas, afim de saber a quantas anda a investigação. O final de semana foi tão abarrotado de acontecimentos, que eu simplesmente havia me esquecido dele. Mas eu não podia levar a investigação adiante com tudo o que estava ocorrendo em minha vida, e agora eu só tenho duas opções: Pedir a ele um tempo, ou repassar o caso para outro colega. E foi por isso que marquei de encontra-lo para um almoço no shopping.

Enquanto me arrumo, eu mando uma mensagem para Nora, remarcando o horário que ela havia combinado de aparecer para me ajudar. Eu nem sequer sabia por onde começar com esse negócio de mudança, e mesmo já tendo feito a transferência de todos os meus trocados para a conta de Dylan, eu ainda me sentia mal por ajuda-lo com tão pouco. Eu só esperava não me arrepender do passo que estávamos dando. Apesar da felicidade que estou sentindo e de ver o quão empolgado e feliz Dylan está, eu ainda sinto como se tudo estivesse suspenso em corda frouxa. Meu medo de tudo desabar sobre minha cabeça como um castelo de cartas ou uma estrutura de dominós era aterrorizante. Mas eu tentava, tentava muito veemente, não pensar nisso. Nada ameaçava o que nós construímos. Exceto sua ex resolver aceitar a proposta de trabalhar na agência e se tornar o meu pé no saco. Ou, minha gravidez desandar...

Eu olho para minha barriga através do espelho do closet, temerosa. É fácil me esquecer dos meus medos quando Dylan está por perto, dando uma de pai e marido superprotetor. Mas, quando ele não está... Dores do passado sempre voltam para me assombrar. E a insegurança junto.

- Nós vamos ficar bem - eu digo para minha barriga, sentindo minhas palmas muito quente sobre ela. - Você vai ficar bem.

Meu sorriso sai trêmulo, incerto sobre essa confirmação. A vontade de chorar esmaga minha garganta e queima meus olhos, mas me obrigo a ser forte. Não é como se Dylan estivesse aqui para me confortar em seus braços. E eu não ligaria aos prantos para ele no serviço, também. Não, totalmente fora de cogitação.

Balançando a cabeça para desanuviar tais pensamentos, eu foco em terminar de me ajeitar, eu tenho uma dura e longa conversa pela frente.

Deyvison já estava lá embaixo, na portaria, quando desci. Eu realmente havia me esquecido dele. Então eu troquei minha rota da garagem do prédio até o maravilhoso carro que já me aguardava ali na frente. Se for pensar de forma prática e flexível, ter um carro e um motorista a minha disposição até que era bastante útil.

Durante o percurso até o shopping, fomos em silêncio, se eu fiz duas perguntas ou três a Deyvison foi o máximo. Eu estava totalmente inerte em meus problemas e afundada na saudade que eu sentia de Dylan. Acho que por esse motivo eu não parei de encarar o anel de noivado em meu dedo. Ele me dava boas lembranças do homem que amo.

O shopping encontra-se repleto de adolescentes, todos rindo e eufóricos. Alguns casais passeando para lá e para cá e algumas peruas fazendo compras, bem como outras patricinhas - o shopping não seria shopping se não fosse por elas, afinal. Também haviam algumas mães e poucos pais, perambulando com seus filhos serelepes pulando pra lá e pra cá enquanto seguravam suas mãos.

Pela primeira vez em anos, eu me permiti admirar esse tipo de publico novamente, sorrir para as crianças que me encaravam e pensar no futuro. Consegui, como em muito eu já não era mais capaz, me visualizar com meu filho no colo, de mãos dadas comigo, ou eu sorrindo para ele, e até tentando não cair na cilada me compadecer da sua carinha ao pedir doces fora de hora. Consegui me imaginar no lugar de todas aquelas mães, fantasiar Dylan no lugar de todos aqueles pais, a maioria atrapalhado e sem paciência. E não teve como eu frear o sorriso em meu rosto ao cogitar tal futuro.