Capítulo ........... 69 Furacão Dylan - Parte I

2.1K 256 25
                                    


RECADINHO:

Então, galerinha, mais uma vez venho lhes pedir desculpas pela falta de comprometimento. Eu não parei com a história ou tampouco deixei de escrever, acontece que so escrevo quando me vem inspiração, e isso tem me faltado muito ultimamente. Maaas, o que dá, e quando vem qualquer coisa a mente, to na ativa rs

Sumi por motivos relativamente sentimentais (namoro) E viagem tbm. Mas agora to de volta e espero que com a inspiração a toda vapor! Mais uma vez, perdoem-me. Espero que gostem do capítulo de hoje. Estamos realmente no finalzinho do livro... Mais uns tiquinhos de caps e ai vcs finalmente se livram de mim kkk

Obrigada por não terem desistido de mim e da história. É gratificante ver a preocupação de vcs, o carinho, e ate os puxõezinhos de orelha rs

Bijundas e boa leitura 😘

*****

Dylan Narrando

É sábado. Acordo antes do celular despertar.  Toda minha cabeça roda, fazendo-me lamentar os tantos goles de tequila que virei a noite passada.

- Merda - praguejo baixinho, voltando a fechar os olhos com força. Irritado, coço-os com as pontas dos dedos enquanto que com a outra mão, puxo meus cabelos.

Medito por um tempo, trabalhando minha respiração. Reprises da véspera invadem minha mente e mal posso crer na loucura que cometi e em  como pude ser tão trouxa. Inocente, ao acreditar que poderia substituir o corpo de Scarlatti pelo de outra. Sua companhia, por outra presença, seu perfume por outro aroma, seus toques, por um simples contato.

Ingênuo.

Tolo.

Não fora de livre e espontânea vontade que trouxe a meu apartamento a mulher de ontem. Sequer lembro-me de seu nome. Ela havia trombado em mim na saída do edifício, e muito embora eu não estivesse com cabeça para orgias, não pude deixar de notar o quão linda ela era. E loira. Pediu-me uma carona e simplesmente concordei em dar. Inicialmente, não vi má intenção alguma nisso - diferentemente dela. Bastou pararmos no primeiro semáforo, no entanto, para que eu sentisse, literalmente, suas intenções subindo pela minha coxa como eras venenosas. Minhas mãos suaram em volta do volante, apertadas, e eu não soube o que fazer.

- Porque não vamos para a sua casa? - Sugeriu ela, a boca sorrateiramente se arrastando por meu pescoço. Não tive como reagir a princípio a não ser engolir seco. Ceder a seu pedido parecia impróprio, sujo. Eu era noivo. Tinha mulher. Muito de mim se sentia ultrajado, e pouco antes de eu começar a entrar em pânico com a ideia de Scarlatti descobrir tal coisa e nunca mais me perdoar, lembrei-me com amargura que já não estávamos mais juntos. Que eu ainda me sentia traído. Que ela não merecia qualquer demonstração de fidelidade ou consideração por parte de mim. Ela nos tinha destruído, portanto, não havia mais um nós. Então, eu estava livre. Livre para fazer o que bem entendesse e não precisar sentir culpa.

Com esta nova percepção, forcei o melhor dos meus sorrisos cafajestes para a mulher ao meu lado e acelerei quando o sinal enfim se abriu. Eu teria uma companhia na minha cama aquela noite.

Muito embora eu tenha realmente desejado isso, obviamente não foi como aconteceu. Ao que tudo indicava, meus sentimentos ainda deturpados e meu coração, ainda que em frangalhos, não conseguiam  chegar a um denominador comum. A razão não estava funcionando. E meu coração, tampouco. Mas havia ainda a maior parte de mim, e muito dela transpirava amor. O amor que eu sentia pela mulher que eu estava a odiando. Scarlatti.

Não me lembro com exatidão de muito, após de ter deixado a mulher entrar em meu apartamento, nem da ordem dos acontecidos, exceto alguns poucos flashbacks dela passeando pela minha sala, sentando-se em meu colo e se aproveitando do meu corpo. Enrolei-a o máximo de tempo que pude - disso recordo-me bem - correndo atrás de coragem através da bebida. Por pouco, quase fomos longe demais. Ereção não foi o problema. Eu estava mais aceso do que tocha olímpica. As imagens de Scarlatti em minha cabeça, atormentando-me, foi o que me impedira. Eu queria prosseguir, meu lado insano e revoltado queria comer aquela mulher como ela merecia. Desejava ardentemente descontar no sexo toda minha raiva e frustração. Minha decepção. Minha tristeza. E esquecer, uma noite que fosse, a dor.

RENDIDOSOnde histórias criam vida. Descubra agora