-Temos alta sorte por amanhã não trabalharmos.- anuncia Alexa, enquanto conduz. Estamos quase a chegar à discoteca escolhida por Peter, e, ironicamente ou não, é a mesma discoteca onde eu beijara o Ross quando estava embriagada.
Recordar-me desse momento só me magoa. Essa noite foi a razão pela qual eu e ele começámos a namorar. E, apesar de não me lembrar de quase nada dela, saber que fora ali que tudo se desenvolvera deixa-me angustiada, e triste por saber que o loiro seguira com a sua vida.
Já se passaram quase duas semanas. Duas semanas e nada. Nada de telefonemas. Nada de mensagens. Nenhum sinal do meu ex-namorado.
Continuo a manter contacto com o Riker, o Ellington e a Rydel. O mais velho dos irmãos Lynch acabava por me dizer sempre a mesma coisa, tentando certificar-se que eu realmente acreditava nas palavras que ele proferia.
Ele ainda te ama.
Ele ainda te ama.
Ele ainda te ama.
Tretas. O Riker só diz tretas daquela boca para fora. Se ele me amasse mesmo, nunca teria partido da maneira que partiu. Se ele gostasse realmente de mim, nunca tinha agido como agiu.
Ele insistiu rudemente que eu ficasse em Portugal. E eu confesso que doeu, vê-lo a fitar os meus olhos inexpressivamente. Era como se eu não significasse mais nada para ele, como se lhe fosse indiferente separar-se ou não de mim.
Tu precisas de o esquecer. O Riker já te disse que ele anda a conhecer outras raparigas. Portanto, se ele te ultrapassou, tu vais-lhe pagar da mesma moeda, penso, determinada.
Ou talvez a minha determinação seja só uma grande mentira. O Riker Lynch pode só dizer tretas, mas eu só penso nelas.
A verdade é que me apego demasiado às pessoas. Elas marcam-me de uma maneira indiscritível, que nem eu sei explicar. Foi exatamente por isso que eu me afastei de todos quando o Beno morreu. Eu simplesmente não queria ser magoada de novo.
Oh, que saudades que eu tenho do Beno. Com ele, tudo era mais fácil. Mas costuma-se dizer que o mais difícil é o que mais vale a pena, certo?
Mais tretas, Lindsay Holt. Só dizes isso porque lá no fundo sabes que o Beno nunca foi metade do que o Ross é para ti, o meu subconsciente ataca-me, e eu reviro os olhos, aborrecida comigo própria.
O Beno. Nunca mais me lembrara dele. E os agentes especiais nunca mais me tinham tentado contactar desde o dia em que me informaram que ele podia estar vivo. Será que está? Será que não?
Porra, a minha vida é uma porcaria.
Sinto uma mão quente a pousar por cima da minha, o que me faz acordar dos meus pensamentos. Quando olho para o meu lado esquerdo, vejo Peter a puxar-me para fora do carro que já está estacionado.
Rapidamente eu e ele entramos na discoteca, atrás de Alexa e seguidos por Rita.
O ambiente é o típico de um local como aquele. As luzes ora piscam, ora não piscam. O cheiro intenso a tabaco também está presente, e a maioria das pessoas está de pé a segurar um copo com uma bebida alcoólica.
Quando dou por mim, estou sozinha na pista de dança com Peter. Ele estende-me uma das suas mãos, sorrindo abertamente.
Acabo por agarrá-la e assim que o faço, a nossa proximidade aumenta consideravelmente.
-Dançamos?- ele indaga, sussurrando-me ao ouvido, o que sem dúvida provoca-me arrepios.
-Ficas a saber que sou um pé de chumbo!- exclamo quase aos gritos, para me fazer ouvir.
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Memories |Ross Lynch
FanfictionLindsay Holt tinha tudo aquilo que uma típica adolescente desejava. Amigos. Um namorado. Uma bela vida pela frente. Mas quando menos esperava, Li recebe uma notícia trágica que lhe retira toda a sua felicidade. Chorar todas as noites faz parte da ro...