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senti quando minha mãe faleceu.


No domingo seguinte, o sacerdote espírita fez uma preleção, sob o título de "A


Idolatria Cristã". Tratava de maneira muito mais detalhada a condição do homem na


morte, e explicava como os espíritos de demônios conseguiram estabelecer e manter a


crença no purgatório com o objetivo de desviar de Cristo a mente de milhões de pessoas.


O sacerdote se gabava da vantagem que os espíritos levam sobre o Criador quando se


trata de fazer as pessoas acreditarem em alguma coisa.


- O Criador - disse ele - não pode mentir, nem tampouco induzir os sentimentos


das pessoas para que creiam na Sua palavra. Ao invés disso, Ele quer que aceitem Sua


palavra simplesmente porque confiam que Ele sempre fala a verdade. Em contrapartida,


os espíritos podem mentir e tirar vantagem do fato de que os seres humanos dão ouvidos


aos seus sentimentos quando a questão é decidir o rumo de suas vidas. Os espíritos


exploram essa fraqueza ao máximo, fazendo com que as pessoas tenham fortes


sentimentos com relação às coisas que os espíritos querem que elas creiam. Eles enchem


a mente humana com pensamentos errôneos. As pessoas aceitam tais ideias naturalmente


e sempre farão isso.


O grupo de adoradores de espíritos estava maravilhado com a habilidade de


Satanás para enganar as pessoas e, quando o orador mencionou que Satanás e seus


anjos têm, na realidade, milhões de cristãos envolvidos com a idolatria sem nem mesmo o


saberem, a plateia ficou em pé para aplaudi-lo.


Mais uma vez, o sacerdote gabou-se de que o mestre enganou o mundo inteiro


com a crença na imortalidade da alma, a despeito do esclarecimento e conhecimento


científico de nossa era. Nesse momento, aconteceu algo maravilhoso que posteriormente


me ajudou a aceitar a Cristo e a unir-me, eventualmente, a Igreja Adventista do Sétimo


Dia. Foi uma pergunta levantada por alguém:


- E quanto aos adventistas? Você não pode considerá-los enganados como o resto


do mundo. Por que eles resistem ao grande engano?


- Você está correto - respondeu o sacerdote. - Os adventistas ainda não foram


enganados. Primeiro, deixem-me explicar por que eu os ignorei. Existem tão poucos deles


em comparação com o restante da população mundial, que nem passou pela minha mente


mencioná-los. Em segundo lugar, a razão pela qual eles ainda não caíram no engano é que


eles não são pessoas comuns. Permitam-me explicar. O que vou dizer pode chocar algum


de vocês, mas é verdade, quer queiram, quer não. O fato de os adventistas celebrarem o


sábado bíblico da criação, torna impossível que os espíritos os enganem. O Criador dá


ajuda especial a eles, bem como grande entendimento espiritual. E assim, nesse sentido,


eles não são pessoas comuns.


Esta experiência singular serviu para me ajudar a tomar minha decisão por Cristo.


Depois de ter aceitado a Jesus como meu Senhor e Salvador, tornei-me um ávido


estudante da Bíblia. Como um ex-espírita, senti a necessidade de conhecer bem a Palavra


de Deus para poder ajudar outros na questão do espiritismo.


Serviu também para registrar uma profunda impressão de que a Bíblia declara que


a necromancia - crença de que os seres humanos têm uma existência consciente após a


morte e pode se comunicar com os vivos - é uma abominação diante de Deus. Agora, eu


percebia que ela é, na realidade, uma forma de idolatria blasfema, que rouba de Deus a


glória devida ao Seu Santo Nome. É exatamente isto que nós fazemos quando atribuímos


aos mortos faculdades que pertencem ao Criador, tais como a imortalidade. Em I Timóteo


6:16 está escrito que Deus é "o único que possui imortalidade, que habita em luz


inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver".

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