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frente com a eternidade, mas “eternidade” de quê? Os outros não sabem nada a mais do
que você. Um dia, então, de uma maneira muito inesperada, você encontra alguém tendo
em mãos um Livro, escrito pelo próprio Doador da vida. Todas as perguntas não
respondidas, que atormentaram a sua mente durante anos, recebem agora uma
explicação inteligente – e mais ainda.
Descobri que, através da doutrina da ressurreição, a Bíblia abre o caminho pelo
qual o homem pode obter a imortalidade. “Eis que vos digo um mistério: nem todos
dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de
olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão
incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo
corruptível se revista de incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista de
imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é
mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada
foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu
aguilhão?” (I Coríntios 15:51-55).
Jesus, o Príncipe da vida, quando vier na Sua segunda vinda, em companhia de
Seus anjos celestiais, conferirá a imortalidade àqueles que fizeram dEle o seu Senhor. Irá
restaurar a vida daqueles que a perderam por amor a Ele. A ressurreição é o grande
evento contemplado pelos santos escritores como o objeto de sua esperança.
Embora tivesse sofrido a perda de todas as coisas por amor a Cristo, o apóstolo
Paulo ainda tinha essa alegria, colocando sua esperança na ressurreição dos mortos
(Filipenses 3:7,8,10,11). Ele dirigia seus pensamentos continuamente para o Céu: “Pois a
nossa pátria está nos Céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus
Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da Sua
glória (Filipenses 3:20,21). Também achei interessante que, ao falar de suas tribulações
na Ásia, – a ponto de desesperar-se da própria vida – ele confiou em Deus, que há de
ressuscitar os mortos (II Coríntios 1:8,9). Ele não comentou que esperava encontrar o
Senhor por ocasião de sua morte, como ensina a teologia moderna [esta baseada na má
compreensão de Filipenses 3:23], mas colocou sua esperança na ressurreição.
Ao procurar nas Sagradas Escrituras o tempo designado para que os justos
recebam a sua recompensa e os ímpios a sua condenação, descobri que estas não
ocorrem por ocasião da morte, mas por ocasião das duas ressurreições. Fiquei
maravilhado com as palavras de Jesus: “Ao dares um banquete, convida os pobres, os
aleijados, os coxos e os cegos; e serás bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com
que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos”
(Lucas 14:13,14).
Descobri que Paulo dirigia sua atenção para a segunda vinda de Cristo, quando
receberia pessoalmente de Jesus aquilo que ele chamou de “coroa da justiça”. Já no fim
de sua vida, esse cansado mas valente soldado da cruz, carregava nas costas as marcas
das cinco quarentenas de açoites (II Coríntios 11:24). Sustentava-o, porém, a esperança
que tinha na ressurreição. Embora compreendendo que em breve estaria diante da espada
do seu algoz, Paulo ergue a voz para dar uma mensagem que infundiria coragem a muitas
gerações do povo de Deus, definindo o tempo, ou o momento, em que todos receberão a
recompensa da vida eterna:
“Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é
chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da
justiça me estão guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não
somente a mim, mas também a todos quantos amam a Sua vinda” (II Timóteo 4:6-8).

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