pag_55

99 4 0
                                    

chão!”
Ela caiu aberta, com o capítulo sete de Hebreus virado para cima. “Este, no
entanto, porque continua para sempre, tem o Seu sacerdócio imutável. Por isso, também
pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder
por eles” (Hebreus 7:24,25). Meus olhos se moveram um pouco, e li mais adiante: “Ora, o
essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal Sumo Sacerdote, que Se
assentou à destra do trono da Majestade nos Céus, como ministro do santuário e do
verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem” (Hebreus 8:1,2).
Através desses textos, eu ouvi Jesus declarar-Se um Redentor vivo, amoroso e
poderoso, capaz de salvar completamente aqueles que buscam a Deus através dEle. E isso
incluía Seu poder de controlar [restringir] os demônios.
Enquanto me dirigia à casa do casal Grossé, li a Epístola aos Hebreus inteira. E, ao
voltar para casa, eu a li novamente. Quando cheguei em casa, eu a li pela terceira vez.
O livro de Hebreus me fascinou. Ele me mostrou que a intercessão de Cristo em
favor do homem, no santuário do Céu, é tão essencial à salvação como o foi Sua morte
sobre a cruz. Isso causou uma profunda impressão sobre a minha mente.
Eu vi Jesus como alguém que ama os indignos de amor. Como alguém que é capaz
de consertar tudo. Percebi que o Senhor da glória permitiu que os homens O pregasse
numa cruz “para que, por Sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a
saber, o diabo” (Hebreus 2:14). Agora, eu entendia que a minha única esperança era
colocar minha confiança nos méritos do sangue dAquele que é poderoso para salvar todos
os que O buscam.
Dos quatro temas estudados naquela quarta-feira à noite, na casa de Cyril, um
destaca-se acima dos outros. Seu título: “O destino dos ímpios”.
A esta altura, a Bíblia já havia me revelado o Doador da vida como um Deus de
amor, que amou “ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Esse fato foi
reforçado por duas passagens bíblicas adicionais, de uma maneira que eu nunca mais
esqueceria. Primeira: Deus não enviou o Seu Filho ao mundo para condená-lo, mas para
salvá-lo (João 3:17). Segunda: Deus quer salvar todos os homens (I Timóteo 2:4). Desta
maneira, descobri que é o amor que move Deus em todas as Suas relações para com a
humanidade.
Eu me perguntava: “Que faria Deus com aqueles que rejeitassem a Sua oferta?
Transformaria-Se no tipo oposto, isto é, passaria a encontrar prazer em torturá-los
eternamente, como a maioria dos cristãos parecia crer?” Eu estava curioso para ver o que
a Bíblia tinha a dizer sobre isso.
Nosso estudo se concentrou, primeiramente, na origem do mal, seu autor, e o que
Deus fará com ele depois que o pecado chegar ao seu fim. No livro do profeta Isaías está
escrito: “Como caíste do Céu, ó estrela da manhã [Lúcifer], filho da alva” (Isaías 14:12).
Ezequiel descreve o elevado intelecto de Lúcifer e a exaltada posição que ele teve no
governo de Deus: “Assim diz o Senhor Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de
sabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te
cobrias... Tu eras o querubim da guarda ungido, e te estabeleci... Perfeito eras nos teus
caminhos, desde o dia em que fostes criado até que se achou iniquidade em ti” (Ezequiel
28:12-15).
Lúcifer deixou de admirar a beleza do caráter de Deus para admirar a si mesmo.
“Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por
causa do resplendor” (Ezequiel 28:17). Ele multiplicou por muitas vezes os seus interesses

Viagem Ao SobrenaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora