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Deus do Céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino... subsistirá
para sempre”. O capítulo 7 declara que “os santos... receberão o reino e o possuirão para
todo o sempre, de eternidade em eternidade” (Daniel 7:18).
Assim como a Escritura nos assegura claramente que o reino de Cristo, uma vez
estabelecido sobre a Terra, será um reino eterno, e que a existência dos justos será eterna
ou não terá fim, assim também a Bíblia nos ensina que a existência dos ímpios cessará por
ocasião da segunda morte, a ocorrer dentro do lago de fogo (Apocalipse 21:8).
Foi nesse estudo bíblico, que vi ruir e desvanecer uma montanha de escuridão e
erro. Vi os ditos mistérios, que embaraçaram a mente de meus pais católicos em seus
esforços de associar o caráter de um Deus de amor com a doutrina do tormento eterno,
derreterem do mesmo modo que o gelo o faz sob a luz do Sol tropical. Obtive a segurança
de que a Palavra de Deus não se contradiz.
De repente, por volta das 19 horas, senti um intenso desejo de fumar um cigarro.
Para meu espanto, percebi que não havia fumado nada durante o dia todo, nem mesmo
havia pensado sobre isso. Pensei que isso poderia ser explicado pelo fato de minha mente
ter estado preocupada com as experiências religiosas do dia. Diante deste fato, cheguei a
conclusão de que eu poderia lançar o cigarro para longe de minha mente, e de meus
pulmões, se tão-somente ficasse ocupado com coisas boas.
E assim continuou nossa discussão sobre coisas espirituais. Levantei perguntas que,
por muito tempo, haviam me confundido. Eu estava muito impressionado com o fato de o
pastor ter uma resposta bíblica para cada questão.
Mas meu problema se tornou mais intenso. A vontade de fumar era grande demais.
A saliva engrossou na minha boca, a ponto de ter dificuldade para falar. As narinas
começaram a arder, à semelhança do que eu sentia quando tinha um resfriado. Após
alguns momentos, tornei-me inquieto e mudava a posição com frequência. Finalmente,
passei a sentir dor de cabeça, e isso raramente acontecia comigo. A dor descia até o dorso
do pescoço.
Por insistência minha, o Pastor Taylor discutiu tópicos religiosos conosco até as 21
horas. Depois que ele partiu, a primeira coisa que fiz foi acender um cigarro, e fumei sem
parar até durante uma hora. Para minha surpresa, desapareceram todos os sintomas do
meu mal-estar.
Ainda naquela noite, antes de sair, o casal Grossé deu-me um estudo bíblico sobre
o viver saudável, incluindo o assunto do fumo. Tornei-me consciente de que estava
escravizado por um hábito destruidor da saúde. Imediatamente, determinei-me a
abandoná-lo, compreendendo que teria de atravessar uma tremenda luta para fazê-lo – a
menos que o Senhor do sábado, o mesmo qoue havia retirado o meu desejo de fumar por
tantas horas naquele dia, Se dispusesse a me libertar do cigarro de uma forma
permanente.
Momentos depois, agradeci aos meus amigos, e parti rumo à minha casa. No
bonde, recordei em minha mente os eventos daquele dia, especialmente o meu episódio
com o fumo, e compreendi que eu tinha mais do que um poderoso inimigo. Idealizei um
plano que, certamente, acabaria com o meu problema com o cigarro.
O Pastor Taylor havia salientado o grande poder redentor dos méritos do sangue de
Jesus, derramado no Calvário. De fato, ele me levou a ver e compreender que nós
podemos vencer o querubim caído com seus anjos associados somente através desse
poder, como é afirmado no último livro da Bíblia: “Eles, pois, o venceram por causa do
sangue do Cordeiro” (Apocalipse 12:11).
Naquela noite, cheguei em casa às onze e meia. Na minha porta havia um recado

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