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Eu pensava que qualquer um, ao se encontrar com a verdade bíblica, como eu fizera,
estudaria as Escrituras de maneira semelhante.
Naquela noite, antes de voltar para casa, o casal Grossé esclareceu algumas coisas
para mim. Fazia algum tempo que alguns membros da igreja haviam manifestado
interesse em aprender como compartilhar suas convicções religiosas com pessoas de
outras crenças. Eles pediram que o pastor lhes desse algumas aulas de treinamento.
O Pastor Taylor lhes havia aconselhado a usarem moderação ao estudarem com
pessoas não familiarizadas previamente com a Bíblia. Ele afirmara que o ideal seria
estudar a Bíblia uma ou duas vezes por semana, para que o novo estudante tivesse tempo
para avaliar o que havia estudado. O pastor estava certo ao sugerir uma abordagem
cuidadosamente planejada, mas meu caso era uma exceção, e o Espírito de Deus havia
levado o casal Grossé a fazer o que era mais apropriado para mim.
Mencionei ao Pastor Taylor a profunda impressão gravada em minha mente por
minha visita à igreja naquela manhã. Então, perguntei por que as outras Igrejas
protestantes não observam o sábado bíblico, já que Deus prescreveu a sua observância
como um meio de obter uma bênção especial que Ele não colocou sobre nenhum outro
dia da semana.
O Pastor Taylor começou sua resposta dizendo que a Igreja Adventista do Sétimo
Dia é, na realidade, uma Igreja prevista profeticamente. Assim como Deus chamou João
Batista para falar ao povo de seus dias que o Redentor da humanidade estava entre eles
(este povo havia perdido de vista as profecias messiânicas), assim também Ele levantou a
Igreja Adventista para ser uma moderna voz a clamar no deserto.
Com relação a muitas Igrejas protestantes não observarem o sábado bíblico, Taylor
explicou que Deus não força seus caminhos para as pessoas. Pelo contrário, Ele deseja de
todos um serviço de amor, uma homenagem que brote de uma inteligente apreciação de
Seu divino caráter. Ele não tem prazer em uma lealdade forçada e, por essas razões,
concede liberdade de escolha a todos, para que todos possam responder voluntariamente.
Depois de conversarmos um pouco mais, percebi que me seria impossível continuar
guardando em segredo a minha experiência com a adoração aos espíritos. Diante do meu
profundo interesse em questões espirituais, era óbvio para o Pastor Taylor que algum
poderoso fator de motivação estava por trás de tudo. Mesmo estando relutante em falar
sobre a minha associação com os demônios, achei que, tendo decidido romper com aquele
poder maligno, o pastor poderia dar-me uma preciosa orientação.
Após revelar minhas atividades como espírita, o Pastor Taylor dirigiu minha atenção
para Jesus Cristo, a Fonte de toda a vida e de todo o poder. Ele afirmou que “nEle habita,
corporalmente, toda a plenitude da Divindade. Também, nEle, estais aperfeiçoados. Ele é
o cabeça de todo principado e potestade” (Colossenses 2:9,10). E citou vários textos
bíblicos que demonstram o poder do Redentor sobre Satanás e os demônios.
Senti-me encorajado ao descobrir que todas as forças, incluindo o querubim caído e
seus associados, devem a sua própria existência a Cristo, e isso me foi de grande ajuda
naquela mesma noite, num encontro que tive com os espíritos.
Agora, eu procurava uma oportunidade para pedir que ele explicasse algumas
expressões bíblicas usadas pelos pregadores da imortalidade do homem. Não foi preciso
esperar muito. Quando ele perguntou se eu tinha mais dúvida, mencionei, rapidamente,
algumas descobertas ao estudar a Palavra de Deus naquela semana. Disse que o nosso
estudo havia me revelado a condição completamente mortal do homem, ao contrário da
crença popular de que, ao morrer, sua alma imortal entra em sua recompensa ou em seu
castigo. A Bíblia declara que somente Deus tem a imortalidade. Havíamos lido muitas

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