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apreciação por cada um de nós. Por isso, pare de se subestimar.
Ao voltar para casa naquela noite, passei mais uma noite quase sem dormir. A
conversa com o sacerdote não parava de passar pela minha mente.
Certa noite, meu amigo Roland teve que trabalhar algumas horas extras e não teve
tempo de me telefonar antes de eu sair para a reunião. No bonde, enquanto ele ia para
casa, teve a ideia de que, se ele fosse direto para a reunião, não chegaria muito atrasado.
Decidiu fazer uma conexão na esquina da Rua St. Catherine com o Boulevard St. Laurent,
e dali fazer uma ligação telefônica para mim na casa de culto. Mas ele havia esquecido em
casa o número do telefone. Se pelo menos pudesse se lembrar do endereço, poderia pedir
o auxílio da telefonista. Tirou do bolso uma caderneta e uma caneta, mas, por mais que
se esforçasse, não conseguia visualizar o número do edifício que ele já havia visto tantas
vezes. Qual não foi sua surpresa quando, ao murmurar para si mesmo, dizendo: “Gostaria
que os espíritos me ajudassem”, uma força invisível moveu a caneta em sua mão,
escrevendo não só o número do prédio, mas também o nome da rua em linda caligrafia.
Cruzamento da Rua St. Catherine com o Boulevard St. Laurent
Ele ficou deleitado com essa façanha, até que a telefonista informou que o número
não constava na lista telefônica.
Ao mesmo tempo, George e eu estávamos nos perguntando o que teria acontecido
ao nosso amigo. Então, George teve uma ideia:
– Vamos pedir que Gerard, o vidente, localize Roland.
Após algumas palavras de encantamento, Gerard, fechando os olhos e colocando os
dedos na sua fonte, disse:
– Vejo Roland, que acaba de entrar na loja de charutos 'United', na esquina da Rua
St. Catherine com o Boulevard St. Laurent. Agora, ele está falando com a telefonista. Ele
quer o nosso número, mas foi informado de que não consta na lista. Com a ajuda do meu

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