pag_73

75 3 0
                                    

mortal  e  repentino  há  de  encher  a  sala  de  adoração. Agora,  Roland  já  estava  sentado,  e  acendeu  um  cigarro.  Começou  a  tremer,  e  não conseguia  sequer  colocá-lo  sobre  o  cinzeiro.  Tive  que  me  aproximar  e  fazer  isso  por  ele.–  Morneau,  eu  tenho  que  ir.  Meu  medo  é  que  tudo  o  que  você  acabou  de  dizer possa  mesmo  acontecer,  a  não  ser  que  ninguém,  senão  o  sacerdote,  saiba.  Por  isso,  vou telefonar  ao  George  logo  que  eu  sair  daqui  para  dizer  que  a  nossa  vida  está  em  perigo,  a menos  que  consigamos  deter  os  três  executores  voluntários.  Se  as  notícias  chegarem  a todos  os  membros  antes  que  o  sacerdote  tenha  a  oportunidade  de  me  fazer  prestar juramento  ao  segredo,  existe  a  chance  de  que  a  pressão  exercida  sobre  ele,  para  cancelar a  tentativa  de  assassinato,  seja  suficientemente  grande  para  garantir  a  você  uma  vida longa. Ao  apertar  a  sua  mão  pela  última  vez,  ele  disse  que  não  queria  desagradar  os espíritos   e,  por  isso,  deveríamos  evitar  encontrar-nos  de  novo.  Se,  por  acaso,  nos encontrássemos  em  algum  lugar,  deveríamos  ignorar  a  presença  um  do  outro.  Eu concordei  que  assim  seria. Dessa  maneira,  terminou  uma  tensa  viagem  através  do  sobrenatural,  e  também  a perda  de  um  amigo  chegado.  Mas  muitos  têm  sido  os  benefícios  que  conquistei  por romper  com  o  sobrenatural.  O  fato  de  eu  ainda  estar  vivo  hoje  testifica  da  bondade,  do amor  e  do  poder  do  Senhor  Jesus  para  salvar. Nunca  mais  encontrei  Roland,  mas  o  vi  a  curta  distância,  quando  ele  saía  de  uma loja,  na  Rua  St.  Catherine  West.  Entrando  em  seu  'Cadillac',  estacionado  ilegalmente,  ele usava  um  chapéu  branco  e  trajava  um  terno  que  parecia  ser  de  seda.  Sua  aparência impressionava,  mas  eu  não  tive  inveja  dele. Ao  andar  pela  rua  naquele  lindo  dia  de  junho,  para  pegar  o  bonde,  grande  era  a minha  alegria  no  Senhor.  Elevando  meu  coração  para  o  Santo  dos  Santos,  no  santuário celestial,  conversei  com  Ele  e,  verdadeiramente,  considerei  a  experiência  como  sendo  a plenitude  da  vida. Embora  eu  tenha  virado  as  costas  aos  espíritos  e  a  tudo  que  eles  tinham  para  me oferecer,  eles  continuaram  tentando  restabelecer  contato  comigo.  As  batidas  aconteciam quase  todas  as  noites,  e  continuaram  por  muitos  meses.  Um  dia,  Cyril  veio  para  observar. Depois  de  ouvir  a  atividade  deles,  ele  exclamou:  “Vamos  dar  o  fora  daqui.  Como  você consegue  ficar  num  lugar  desses?  Por  que  não  se  muda?” De  alguma  forma,  eu  não  queria  dar  aos  espíritos  a  satisfação  de  pensarem  que  eu tinha  medo  deles.  Eu  achava  que  se  começasse  a  correr  deles,  teria  que  correr  para sempre.  Portanto,  confiei  no  Senhor  Jesus  para  que  Ele  me  desse  sempre,  onde  quer  que eu  estivesse,  a  ajuda  e  a  proteção  de  que  tanto  necessitava.

Viagem Ao SobrenaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora