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resposta  a  meu  pedido  por  ajuda,  mais  cedo,  naquela  manhã.  Insistindo  para  que  meu amigo  abandonasse  os  demônios  e  se  associasse  com  o  poder  superior  de  Deus,  lhe assegurei   que   ele   poderia   fazer   essa   transição   com   segurança.   Senti-me,   então, impressionado  a  dar  mais  um  passo  e  convidar  todo  o  grupo  dos  amigos  adoradores  de demônios  para  me  acompanharem.  Outra  vez,  garanti  que  não  haveria  nenhum  perigo para  qualquer  um  deles.–  Vocês,  companheiros,  gostam  de  atenção  e  respeito  –  disse  eu.  –  Vou  contar  o que  vou  fazer:  vou  chamar  meu  pastor  para  fazer  a  reserva  dos  lugares  em  nossa  igreja, nos  serviços  religiosos  do  próximo  sábado.  Lugares  escolhidos,  em  ambos  os  lados  do corredor  central.  Farei  a  reserva  de  cem  lugares,  suficientes  para  todos  estejam  bem assentados.–  Não  se  preocupe  com  isso  –  respondeu  Roland.  –  Já  estou  satisfeito  como  o  lugar onde  estou  agora. Outra  vez  ele  fez  uma  pausa  para  enxugar  o  suor  que  lhe  corria  pela  face,  e continuou:–  E  sei  que  os  outros  companheiros  pensam  da  mesma  forma  que  eu.–  Bem,  meu  desejo  era  oferecer  a  todos  vocês  os  benefícios  da  vida  eterna,  para que  nenhum  ficasse  de  fora. Então,  mudei  de  assunto,  e  voltei  ao  seu  ultimato.–  Você  disse  que  'meus  dias  estão  contados',  bem  como  os  dos  meus  novos amigos,  e  que  os  espíritos  demoníacos  têm  a  intenção  de  executar  essa  sentença.  Tenho, porém,  algumas  novidades  para  você,  para  o  sacerdote,  e  para  qualquer  um  que  esteja planejando  quaisquer  maus  intentos  para  comigo  ou  meus  amigos.  Como  já  disse  àquele espírito  conselheiro,  na  noite  passada,  coloquei  meus  amigos  e  a  mim  mesmo  nas  mãos do  Doador  da  vida,  o  Cristo  do  Calvário.  E  estou  preparado  para  andar  sob  a  sombra  da morte  enquanto  Cristo  me  acompanhar  através  da  presença  do  Seu  Espírito. Chocado,  em  estado  de  terror,  meu  amigo  Roland  não  conseguiu  falar  nada  durante um  minuto.  Seu  rosto  ficou  pálido,  seus  olhos  fixos,  e  eu  pensei  que  ele  iria  desmaiar.–  Você  está  bem? Ele  não  respondeu.–  Roland,  qual  é  o  problema? E  continuou  sem  responder  nada.  Em  silêncio,  eu  implorei:”Querido  Jesus,  ajudeme,  por  favor!”  Meneando  a  cabeça,  afinal,  ele  disse:–  Eu  não  sei  o  que  aconteceu,  mas  parece  que  perdi  a  consciência  por  um momento.  Morneau,  eu  sei  que  o  espírito  que  o  acompanha  é  grande  e  poderoso.  Por favor,  nunca  mais  mencione  esse  assunto.  Ele  me  causa  terror. Quando  ele  pareceu  ter  voltado  ao  normal,  pedi  que  ele  levasse  meu  recado  ao sumo  sacerdote.  Então,  ele  disse:–  Não  fui  completamente  claro  com  respeito  ao  ultimato,  Morneau.  A  ameaça  sobre a  sua  vida  vai  além  daquilo  que  os  espíritos  podem  fazer  a  você.  A  comissão  diretiva definiu  que  a  sua  deserção  de  nossas  fileiras  pode  resultar  em  vazamento  de  informações secretas,  prejudicando  a  causa  do  mestre.  Falou-se  até  em  colocar  um  prêmio  por  sua cabeça.  Uma  pessoa  ofereceu  até  dez  mil  dólares  para  ter  alguém  contratado  para  acabar com  você.  Mas  essa  sugestão  não  nos  pareceu  sábia,  e  nós  a  descartamos.  No  entanto, chegamos  a  uma  decisão.  Se  um  espírito  nos  informar  que  você  falou  com  qualquer pessoa  de  fora  sobre  a  atividade  de  nossa  sociedade  secreta,  três  pessoas  já  se ofereceram  para  atirar  em  você  no  momento  mais  conveniente.  A  comissão  diretiva  achou que  essa  seria  uma  posição  mais  sábia,  visto  que  ficaria  restrita  à  nossa  sociedade,  e

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