3. A Escuridão

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(Capítulo especialmente dedicado a ElenCardozodeFaveri)

::FERNANDO::


A noite seguiu tranquila, fiquei vigiando-lhe com devota atenção e, além das dores pela queda, ela dormiu pesadamente. Não houve nenhum outro sinal de que estávamos sendo observados o que era um bom sinal. Algumas horas depois ela despertou, a manhã caminhava em passos lentos e, dentro algumas horas, o sol nasceria. Assustada, ela sentou-se com brusquidão ocasionando uma leve vertigem e começou a arguir-me sobre os eventos que antecederam seu desmaio.

— Era só um humano. — Respondi-lhe calmamente.

— Fala como se não o fôssemos. — Observou ela.

— Em parte não. — Respondi e percebi seu olhar confuso. — Alguém como a Srta. deve ser ligada a uma bruxaria violenta. — Disse, tentando com a provocação desviar-lhe a atenção.

— O senhor não passa de um tolo grosseiro!

— Que salvou a sua vida de um assassino de verdade e, a propósito, foi um prazer.

— Exijo saber o que está acontecendo e como sabes o meu nome!

Ela ainda me olhava assustada, mas nem todo o pavor que sentia naquele momento faziam-na tirar a pose de difícil. Procurou sua adaga em todos os lugares, na inútil tentativa de proteger-se de mim e agora me cobrava explicações que eu não podia dar. Segurei seu pulso e a puxei para perto do meu corpo.

— Não estás em condições de exigir nada, Srta. Aneliese. E eu realmente não posso explicar agora.

Então, senti a presença negra. Eles estavam ali e dessa vez não havia equívoco. A matariam sem pensar, eu precisava de tempo antes de enfrentar uma batalha, meus sentidos ficaram totalmente em alerta, precisava tirá-la dali, protege-la deles, não se tratava agora de um humano mal, mas da essência do mal.

— Maldição! — Esbravejei. — Venha comigo.

— O quê, enlouqueceste? — Ela soltou o pulso que eu segurava e se afastou. — Vou para casa.

— Precisas confiar em mim, acaso desejas morrer?

Esperava que a firmeza na minha voz lhe dissesse que não era brincadeira. Ela me lançou um olhar hesitante.

— Não vou a lugar algum!

— Aneliese, não é hora de ser teimosa!

Eles estavam perto, podia sentir a aura negra aproximando-se, cada vez mais próximos, eram pelo menos cinco, o suficiente para causar um estrago sem medidas. Não havia tempo para esperar consentimento, eu sabia como a história terminaria, era meu dever mantê-la viva. Coloquei-a sobre o ombro e me pus a correr.

O ProtetorOnde histórias criam vida. Descubra agora