(Capítulo especialmente dedicado a ElenCardozodeFaveri)
::FERNANDO::
A noite seguiu tranquila, fiquei vigiando-lhe com devota atenção e, além das dores pela queda, ela dormiu pesadamente. Não houve nenhum outro sinal de que estávamos sendo observados o que era um bom sinal. Algumas horas depois ela despertou, a manhã caminhava em passos lentos e, dentro algumas horas, o sol nasceria. Assustada, ela sentou-se com brusquidão ocasionando uma leve vertigem e começou a arguir-me sobre os eventos que antecederam seu desmaio.
— Era só um humano. — Respondi-lhe calmamente.
— Fala como se não o fôssemos. — Observou ela.
— Em parte não. — Respondi e percebi seu olhar confuso. — Alguém como a Srta. deve ser ligada a uma bruxaria violenta. — Disse, tentando com a provocação desviar-lhe a atenção.
— O senhor não passa de um tolo grosseiro!
— Que salvou a sua vida de um assassino de verdade e, a propósito, foi um prazer.
— Exijo saber o que está acontecendo e como sabes o meu nome!
Ela ainda me olhava assustada, mas nem todo o pavor que sentia naquele momento faziam-na tirar a pose de difícil. Procurou sua adaga em todos os lugares, na inútil tentativa de proteger-se de mim e agora me cobrava explicações que eu não podia dar. Segurei seu pulso e a puxei para perto do meu corpo.
— Não estás em condições de exigir nada, Srta. Aneliese. E eu realmente não posso explicar agora.
Então, senti a presença negra. Eles estavam ali e dessa vez não havia equívoco. A matariam sem pensar, eu precisava de tempo antes de enfrentar uma batalha, meus sentidos ficaram totalmente em alerta, precisava tirá-la dali, protege-la deles, não se tratava agora de um humano mal, mas da essência do mal.
— Maldição! — Esbravejei. — Venha comigo.
— O quê, enlouqueceste? — Ela soltou o pulso que eu segurava e se afastou. — Vou para casa.
— Precisas confiar em mim, acaso desejas morrer?
Esperava que a firmeza na minha voz lhe dissesse que não era brincadeira. Ela me lançou um olhar hesitante.
— Não vou a lugar algum!
— Aneliese, não é hora de ser teimosa!
Eles estavam perto, podia sentir a aura negra aproximando-se, cada vez mais próximos, eram pelo menos cinco, o suficiente para causar um estrago sem medidas. Não havia tempo para esperar consentimento, eu sabia como a história terminaria, era meu dever mantê-la viva. Coloquei-a sobre o ombro e me pus a correr.
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O Protetor
RomanceDurante séculos Ana e Fernando caminham um para o outro. Suas almas amálgamas quebraram o equilíbrio do universo e eles se tornaram inimigos do céu e do inferno, esta é sua última chance de tentar a liberdade do amor que cultivaram na primeira vez q...