33. Prenúncio do Fim

93 18 25
                                    

[OLÁ, MENINAS LINDAS! DESCULPEM A DEMORA EM POSTAR, ESTAVA OCUPADA FAZENDO UNS TRABALHOS DE ALUNOS DA FACULDADE

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

[OLÁ, MENINAS LINDAS! DESCULPEM A DEMORA EM POSTAR, ESTAVA OCUPADA FAZENDO UNS TRABALHOS DE ALUNOS DA FACULDADE. É, DE CERTA FORMA, MINHA FONTE DE RENDA. AGRADEÇAM A LINDA DA LiviaBertoni_017 POR ESTE CAPÍTULO, ELA ME MANDOU UM RECADINHO MOTIVADOR E DEDICO ESTE CAPÍTULO A ELA. OBRIGADA, FAADINHA *u* FICO MUITO FELIZ QUE ESTEJA GOSTANDO DA HISTÓRIA! <3]

::ANA::

"Sed lex dura lex. A Lei é dura, mas é a Lei."¹

Paramos quando chegamos a uma igreja. Até ali houve mais doze batalhas, os grupos estavam espalhados em números pequenos ao longo da cidade, de modo que as pequenas batalhas tinham a intenção de nos exaurir e funcionava, muito provavelmente já tinham detectado nossa presença e eu podia senti-los se aproximando, eu estimava que tínhamos quinze, vinte minutos no máximo antes de encarar mais um pequeno exército. O silêncio que se sucedera entre Fernando e eu era quase palpável de tão denso, não queria falar sobre a minha perda de controle que acarretara na morte de Alana, eu nunca havia tido a intenção de machuca-la, tudo que senti, minutos antes, foi a fúria que recaiu como gelo sobre mim ao descobrir que não importava o resultado de toda aquela luta até ali, eu ficaria sozinha no final.

A luz que irradiava de mim naquela hora não era pura, eu podia sentir as manchas avermelhadas circundando as entranhas do meu ser, o que saía de mim era o resultado do fogo de algo tão forte que beirava o ódio e nada mais. Quando voltei a mim, a sensação de vazio e arrependimento era tudo que restava, perguntei a mim mesma se conseguiria canalizar aquele mesmo grau de energia com um sentimento mais brando e se esse seria tão poderoso quanto a fúria, ou mais. Encolhi-me próxima a um dos pilares que ficavam na subida do altar, a igreja era consideravelmente grande para uma cidade tão pequena, uma única torre erguia-se no centro onde podiam-se ver o sino no topo e o relógio um pouco mais abaixo, por dentro, bancos compridos se espalhavam em quatro grupos de quinze ao longo do lugar sustentado por nove pilastras de concreto revestidas até o meio por azulejos pequenos e dourados. Um arco enorme abria-se no fundo central onde ficava o altar sob uma elevação de quatro degraus, ao lado desta ficavam mais quatro bancos de cada lado e do lado direito a entrada da sacristia. Eu me lembrava de ter sido batizada ali, lembrava-me de frequentar missas com meus pais aos domingos e, principalmente das grandes festas religiosas da cidade. Parecia uma outra vida, uma vida que não me pertencia tal qual aquelas nove que eu sabia ter sido minhas e não me encaixava em nenhuma delas. Era como olhar a vida de outra pessoa que se parecia muito com você.

Só percebi que chorava quando a lágrima pingou sobre a espada suja de sangue e — o que eu tinha de mais próximo do nome para sangue de demônio: icor. Entretanto, era um choro calmo, mas esses pesavam e doíam mais que os histéricos, a dor da verdade sobre o seu próprio destino, a visão tão nítida e assustadora do seu futuro que me faziam compreender porque eram ocultos a outros os mistérios do seu futuro, se as pessoas soubessem exatamente o que aconteceria até o fim de suas vidas provavelmente o número de suicídios iria crescer até se tornar autogenocídio em massa. Sentado em um dos bancos de frente para mim, estava Fernando, cansado, se curando "milagrosamente" das feridas adquiridas e pensativo.

O ProtetorOnde histórias criam vida. Descubra agora