13. Reencontro Forçado

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[Olá, pessoas! Obrigada a quem está acompanhando a história e um beijo especial pra  raissemiranda e Edilene que estão sempre comentando por aqui e me dando uma super energia pra continuar!]

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[Olá, pessoas! Obrigada a quem está acompanhando a história e um beijo especial pra  raissemiranda e Edilene que estão sempre comentando por aqui e me dando uma super energia pra continuar!]


::ANA::

Não perdoo você! — A expressão de Juliana era quase furiosa, mas sei que ela só fazia isso para que eu me sentisse mal. Nem dava para odiá-la por isso. — Como assim você passa três dias desaparecida, morrendo, e não me dá nem um telefonema?

— Ah, pelo amor de Deus, Ju, eu estava em casa esse tempo todo, e foi só um dia! — Disse, me esforçando para não rir. — E eu não estava morrendo. Não seja exagerada.

— Você foi assaltada! As-sal-ta-da e nem sequer me telefonou para dizer que estava bem apesar de gravemente ferida.

— Seu dom de aumentar a proporção das coisas é digno de peças teatrais. — Dei uma risada. — Eu estou bem, é sério. E não há nada de grave na minha escoriação. Se alguém te ouve falando assim vai pensar que estou na fase terminal de uma doença.

— De qualquer forma, seu pai deve estar pirando!

— Eu não disse a ele do assalto. — Confessei. — Disse que havia caído, só isso.

— E ele engoliu essa?! — Ela me olhou, perplexa. — Quebrar a confiança dele em você vai te mandar pro inferno!

— Obrigada, Ju, estou me sentindo muito melhor! — Ironizei.

— Mas, você me disse que foi salva por um estranho, onde ele está?

— Não sei. — Olhei pela janela, o olhar perdendo-se no rosto de Fernando. — Ele desapareceu como se tivesse sido um sonho.

Eu era vendedora em uma loja de roupas, à noite fazia cursinho para concursos que nunca passava, me perguntava por que ainda tentava. Juliana era minha colega de trabalho, foi uma das pessoas que mais me ajudou quando consegui a vaga para que meu pai parasse de me infernizar por não conseguir nenhum emprego depois de terminar a faculdade. Minha mãe morava em Minas Gerais desde que eu tinha dez anos, nunca entendi por que ela me deixou com meu pai e nem perguntava mais, eu havia me acostumado com isso, mesmo que ele fosse uma pessoa bem difícil de conviver. Ela ligava às vezes no meu aniversário, embora eu nem sempre fizesse questão de atender.

— Ninguém desaparece assim do nada, Ana! — Censurou ela.

— Melhor a gente ir. — Respondi, pondo-me de pé. — Sabe como Luísa fica insuportável quando a gente chega na loja atrasada.

— Luísa é insuportável sempre, minha querida!

Paguei a conta do nosso almoço e voltamos para a loja, era mais um dia quente, eu mal conseguia me recordar a última vez que chovera, o sol impiedoso parecia queimar tudo em volta, até mesmo o vento quente parecia fazer a paisagem oscilar em ondas irregulares como uma lente de aumento invertida. Nós sempre saíamos para comer em uma lanchonete self servisse, a comida não era das melhores, mas pelo menos era mais prático do que voltar para casa e sair de volta quando só tínhamos uma hora de almoço. Sempre passava voando.

O ProtetorOnde histórias criam vida. Descubra agora