– Pronto, sente um pouco. Vai se sentir melhor depois – Robert levou Alice até a cadeira de couro no canto do salão. Ela insistira em dançar algumas músicas, mas depois começara a passar mal de dor nas costas.
Os dois se sentaram, com um copo de uísque cada, para conversarem. Passados alguns minutos, Alice viu Eleanor e Gabriel, próximos a mesa do ponche. Enquanto os observava, percebeu que a garota insistia em algo com o irmão. Ela se concentrou para conseguir ouvir.
"... É sério, não vai fazer mal. Eu também coloquei na minha.", teimava ela. Gabriel parecia resistente, apesar das garantias dela.
"Certo, mas para que é isso, Lea?", ele perguntou. Irritada, ela bufou.
"Para nos deixar mais animados, eu já disse. Essa festa está muito parada. Se fôssemos humanos, poderia fazer mal, mas você sabe que não vai. Por favor."
"Tudo bem. Já que insiste.", o garoto finalmente concordou. Eleanor lhe abriu um sorriso de orelha a orelha, e então pegou um frasco minúsculo de vidro de dentro da bolsa. Ela despejou o liquido transparente no copo de ponche do irmão, e ele o bebeu quase inteiro.
Alice se voltou novamente para Robert.
– O que era aquilo? – quando ele a olhou sem entender, explicou. – Eleanor colocou um líquido estranho nas bebidas dela e do Gabriel. Tem ideia do que poderia ser?
– Líquido? – Robert perguntou. Ela concordou. – Bem, acho que poderia ser alguma droga ou erva, mas somos vampiros, então... Olha, não sei.
Alice assentiu, mas a pergunta ainda martelava em sua cabeça.– Ali? – o garoto a chamou. – Eu... Queria te perguntar uma coisa. Você tinha dito que o Pedro luta melhor que você. Seguindo a lógica, também é melhor do que eu, claro. Então eu estive pensando, e queria perguntar se você tem alguma ideia do...
– Por que a Charlotte te traiu? – ela completou, percebendo que ele estava sem jeito. Robert assentiu, e Alice respirou fundo antes de responder. – Eu já havia pensado nisso antes, de verdade, e no entanto ainda não consigo imaginar nada. Não tem lógica, Robert.
Ele suspirou, sem saber o que fazer. Avistou distraidamente Vitor e Catarina, os dois totalmente bêbados. Enquanto olhava, a garota virou mais um copo com uísque, e o outro gargalhou da careta que ela fez.
– Olha o seu irmão.
– Ah, meu Deus – Alice riu, apesar de gostar de ver o irmão daquele jeito. Ele estava feliz, e mesmo estando bêbado, era gentil com Catarina. – Acho que ele está se divertindo bastante, não?
Robert sorriu para ela, então ergueu o próprio copo de uísque, como se brindasse a garota, e tomou um longo gole. Alice imitou seu gesto e quase engasgou com o álcool queimando em sua garganta. O garoto riu dela.
Depois que começaram a beber, não demoraram muito a ficar completamente bêbados, assim como Vitor e Catarina. Além disso, ela não tinha muita certeza se lembrava como chegaram ao seu quarto, porém estava deitada na cama junto com Robert quando ele começou a beijá-la mais intensamente, e logo estava inclinado por cima dela. Alice o ajudou a tirar a camisa.
* * *
Ela acordou mais tarde naquela mesma noite, com o barulho de algo caindo. Robert ainda estava deitado ao seu lado e roncando. Os irmãos certamente ainda não haviam voltado.
– Catarina! – ela ouviu a voz de Vitor, enrolada de tão bêbado ele estava. Catarina gargalhou. – Ei, cala a boca. Acho que minha irmã está em casa!
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Forever II - Vivendo a Eternidade
VampireForever I - http://w.tt/21MoI45 Ela nunca almejou o poder. Passaram-se 80 anos, e ela ainda treme de medo de Charlotte e Pedro. Alice pretendia escapar, mas não conseguiu. Robert sente a falta dela todos os dias, assim como os Johnsen. E por falar...