– Robert! – Alice gritou, chamando por ele desesperada. O garoto não demorou a aparecer, apressado, e ela estendeu uma mão, pedindo ajuda, com a outra sobre a boca, deixando claro que estava prestes a vomitar.
Ele foi até a cama a tirou dali com cautela, mas rápido, levando-a até o banheiro. Enquanto a vampira passava mal, debruçada sobre o vaso sanitário, retesando os músculos para resistir à dor, Robert segurou seus cabelos a sustentou pela cintura.
– Tudo bem, meu anjo – Robert sussurrou, vendo-a se recurvar, e pousou a mão sobre a barriga dela. A garota nem perguntou se falava com ela ou com o bebê.
Aos poucos, Alice acalmou sua respiração, e já não sentia vontade de vomitar, mas a dor não parecia diminuir.
– Peça a Munik para ver o que está acontecendo, e se a bebê está bem – ela se apoiou na pia quando Robert ajudou que ficasse de pé, as mãos tremendo sem parar. Havia duas semanas, eles haviam descoberto, num ultra-som, quando o feto estava numa posição que facilitava, que provavelmente seria menina quando nascesse. Mais ainda do que Alice, Robert parecera ficar muito feliz com a notícia que receberam, e ela sabia que ele sempre havia preferido uma menina, que possivelmente seria a cara da mãe.
– Já volto. Por favor, não vá cair aqui sozinha. Volto logo – pediu o garoto, indo com pressa até o quarto de Munik. O coitado estava desesperado desde que ele e Alice haviam ido morar sozinhos, com apenas Munik no quarto de hóspedes.
Mariana abraçou a irmã.
– Minha pequenininha – ela apertou a garota contra si. – Que orgulho de saber que você está indo morar sozinha com o Robert. Vou sentir tanto a sua falta. Aliás, vê se aprende a usar o WhatsApp direito porque sempre vou te mandar mensagem pedindo opinião sobre as minhas roupas, estamos entendidas?
Alice sorriu, na ponta dos pés para alcançar a mais velha. Por fim, elas se soltaram, e Catarina segurou a loira pelos ombros, mantendo-a de frente para si.
– Olhe aqui, você pode fazer o favor de tomar cuidado, entendeu? Não quero ter dez sobrinhos porque vocês dois foram morar juntos – ela apontou um dedo para o rosto de Alice, como se lhe desse um ultimato. – Hoje em dia, já existem até preservativos com sabor, então, controlem-se, os dois!
– Catarina! – Mariana exclamou, rindo surpresa, e Alice ficou muito vermelha.
Breno a puxou para si, e sorriu ao dizer que sentiria falta da irmã, ainda mais levando-se em consideração que seu gêmeo parecia não ser mais tão imaturo quanto antes. Leonardo andava demonstrando certo interesse por Munik, e para tentar conquistá-la, andava agindo com mais sensatez, ao invés de ser a praga que era quando aprontava junto com o irmão.
Com essa última crítica em forma de brincadeira, Leonardo aproveitou empurrou Breno para o lado, tirou Alice dos braços dele e a abraçou, afirmando que ia sentir falta dela, de vê-la rindo dos passatempos que ele e o gêmeo inventavam e de tudo o mais – mas também sentiria falta de Munik, é claro.
Vitor então puxou Alice e abraçou firmemente, enterrando o rosto em seus cabelos loiros.
– Eu ainda não acredito que você, justamente você, está me abandonando para ir morar com essa coisa que você chama de Robert – todos os demais riram, e Alice tentou respondê-lo, mas ele não deixou. – Sim, eu estou com ciúmes, e não tem como você mudar isso. Eu mereço estar com a minha irmãzinha muito mais do que ele, e não se atreva a negar isso.
– Vitor, pare de ser bobo. Eu não estou te abandonando e você sabe muito bem disso. Só que essa criança ia crescer perturbada morando com você e Catarina, dois loucos – a vampira riu, e viu sua cunhada revirar os olhos e a xingar de alguma coisa. Era provável que Catarina, na atualidade, gostasse mais da quantidade de palavrões que aprendera que de toda a tecnologia inventada.
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Forever II - Vivendo a Eternidade
VampirForever I - http://w.tt/21MoI45 Ela nunca almejou o poder. Passaram-se 80 anos, e ela ainda treme de medo de Charlotte e Pedro. Alice pretendia escapar, mas não conseguiu. Robert sente a falta dela todos os dias, assim como os Johnsen. E por falar...