– Céus, isso é algo que eu não usaria nem como roupa íntima – Alice exclamou, puxando o shorts para baixo. Catarina riu, se divertindo.
– Se você for com alguma coisa mais comprida do que isso, vão achar que é crente. Ou que veio do século passado para cá.
Mariana gargalhou, largando o secador de cabelo sobre a penteadeira e indo conferir seu celular. Ela era a mais obcecada com as novas tecnologias, sempre fascinada com tudo o que era moderno.
– Se fosse você, eu ia com o vestido preto – Catarina colocou a roupa na frente do corpo de Alice, observando-a pelo espelho.
– Vestido não. Pedaço de pano com mangas – a garota corrigiu, empurrando-o para o lado.
– Ah, mas você ficaria linda nele. Ressalta muito bem o seu corpo. Olha, Robert ficaria louco – contra argumentou a outra, fazendo a loira revirar os olhos.
– Ouvi dizer que Nova Iorque tem os melhores motéis, sabiam disso? – Mariana riu, maliciosa.
– Não vou ficar com Robert esta noite, obrigado. Você duas não prestam. Esses motéis não são úteis. Largue o celular, Mariana – a vampira foi até o armário, procurando uma roupa que lhe parecesse mais decente que as escolhas das outras.
– Ah, não guarde não. Se não interessa para Alice, para mim e Vitor interessa muito – Catarina se sentou ao lado de Mariana. Em meio a risinhos, as duas ficaram procurando por informações, e Alice revirou os olhos.
* * *
A vampira calçou os saltos altos, do tipo agulha, e encarou Catarina.
– Pode ir para fora, já disse que você não vai olhar a maquiagem até estarmos lá fora.
– Ah, Catarina – reclamou. Já havia cedido demais às vontades das garotas. O vestido curto e preto e os cachos perfeitos eram responsabilidade delas; logo, apenas os saltos foram escolha de Alice, que os amava. Podia reclamar de muitas coisas da contemporaneidade, mas idolatrava os sapatos de salto alto. Principalmente pelo fato de parecer mais alta com eles.
– Você está perfeita, nunca esteve tão linda – Mariana guardava as sombras. – Atualmente, você é exatamente o que todo homem adora.
Catarina olhou para Alice.
– Menos sua altura. Só isso, que nunca vai ser padrão de beleza – a mais velha bufou, segurando o riso. – Agora, desça. Os meninos já estão avisados para não te deixar olhar no espelho.
Alice revirou os olhos, então foi para a sala. Robert ergueu os olhos da revista que lia.
– Céus, Alice – ele se ajeitou na poltrona, olhando-a com admiração e desejo. – Aposto que Catarina que escolheu sua roupa.
– Está muito ruim? – a garota olhou para baixo, analisando. Robert fechou a revista e a colocou de lado, se aproximando da namorada.
– Não, de maneira alguma. Só não é o que você provavelmente escolheria – ele passou as mãos pela cintura dela, aproximando seus corpos, e a beijou no rosto.
– Realmente, eu não escolheria – ela suspirou, acariciando os cabelos dele.
– Querem ir para o quarto fazer isso, por favor? – Breno reclamou ao descer a escada. O casal riu, então se afastou.
– Desculpe, acho que Alice me deixou um pouco... Animado – o garoto riu, mordendo o lábio inferior com malícia.
– Ah, Robert!
* * *
Alice se apoiou no irmão, rindo feito louca, mesmo sem ter entendido a piada. Vitor apoiou o corpo dela, revirando os olhos, mas se divertindo com a irmã completamente embriagada. A decisão de experimentar vodka fora dela, mas provavelmente ela se arrependeria na manhã seguinte graças à sua ressaca.
– Céus, Robert, ela não vai lembrar de nada amanhã – ele apoiou Alice ao passar um braço por sua cintura. O mais velho riu e assentiu, tomando mais um gole de cerveja.
– Eu devia levá-la para casa antes que faça mais besteira ainda – o vampiro riu, observando Alice brincar com um dos cachos do cabelo de Vitor.
– Concordo plenamente. Essa baixinha aqui está fora se si – o garoto afastou a mão de Alice de seus cabelos, apontando para o rosto dela como se lhe avisasse seriamente para parar. Ela o olhou, levemente chateada, mas logo em seguida soltou uma gargalhada e cambaleou até Robert.
– Vamos embora, meu anjo? – ele indagou, acariciando o rosto dela com delicadeza. A garota abriu um sorriso malicioso, brincando com a gola da camisa dela.
– Está querendo ir sozinho para casa comigo, é? – ela riu, se divertindo sozinha. Robert riu, incapaz de resistir ao charme da ingenuidade dela.
– Claro que você está bêbada demais, se está falando, e pior, pensando nesse tipo de coisa – ele beijou os lábios de Alice, gelados pelo contato com o gelo. De repente tímida, ela enfiou a cabeça no pescoço dele, abraçando-o. – Venha, vamos embora.
O garoto passou um braço pela cintura dela, e a levou para fora até o carro.
– Eu não sei porque, mas tem dois Roberts – a vampira tocou o rosto dele, tentando fazer a visão entrar em foco novamente.
– Me lembre de nunca mais te deixar tomar vodka, nunca mais – Robert a colocou no carro, e enquanto ela ria por nada, deu a volta e entrou no lado do motorista.
Alice ligou o rádio logo em seguida, cantando qualquer coisa que tocasse na estação, animada e se divertindo. Enquanto isso, o vampiro fazia o possível para manter os olhos na rua, o que ficava bem difícil com a animação dela, que não fazia a menor ideia do quanto estava linda e... Bem, a única palavra que Robert poderia usar para descrevê-la era "sexy".
O vestido curto dela era extremamente provocante, ainda mais quando escorregava um pouco sobre seus seios e ela precisava puxá-lo para cima novamente. A maquiagem forte, pesada, que a fizera surtar ao se ver no espelho do carro, podia não combinar muito com o perfil dela, mas destacava seus olhos azuis e os lábios delicados perfeitamente.
– Robert... – ela reclamou de repente, olhando-o. – Eu não queria vir para casa.
O garoto riu, achando graça da manha dela. Com isso, Alice franzia os lábios, fazendo bico, emburrada.
– Ah, não, não faça essa cara – ele estacionou o carro em frente a casa em que viviam em Nova Iorque.
– E por que não? – ela fixou os olhos no rosto dele, as pupilas dilatadas pelo álcool. Sua expressão estava carregada de malícia.
– Talvez eu devesse te deixar beber mais vezes, na verdade – Robert a beijou, sem querer resistir à tentação que era estar daquele jeito com a garota. Ela correspondeu de imediato, acariciando os cabelos dele, que passou as mãos pelas costas e pela cintura dela.
Alice começou a colocar as mãos por dentro da camisa do vampiro, perdendo a noção de onde estavam. Ele suspirou contra os lábios dela, contendo um gemido, e segurou firmemente na cintura da garota, puxando-a para seu colo, sem romper o beijo. Quando acariciou as coxas dela, Alice precisou conter um gemido, e se afastou finalmente dele.
– Lá dentro. Agora – ela arfou. Robert precisou de um segundo para reagir, e os dois foram para dentro e para o quarto o mais rápido possível.
O garoto fechou a porta e colocou Alice contra ela, beijando-a novamente, e desceu as mãos até a barra de seu vestido com urgência. Ela própria também procurou a da camisa dele para se livrar de uma vez dela, quase perdendo a consciência quando ele beijou seu pescoço.
– Eu tinha algum bom motivo para não te deixar fazer isso hoje, mas não consigo me lembrar do que era – suspirou a loira, os olhos fechados.
– Que bom, porque agora eu definitivamente não iria parar – ele mordeu levemente a pele do pescoço dela, logo antes de se livrar de vez do vestido dela.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Forever II - Vivendo a Eternidade
VampireForever I - http://w.tt/21MoI45 Ela nunca almejou o poder. Passaram-se 80 anos, e ela ainda treme de medo de Charlotte e Pedro. Alice pretendia escapar, mas não conseguiu. Robert sente a falta dela todos os dias, assim como os Johnsen. E por falar...