Capítulo 16

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-Tá melhor né Anna? -ouço uma voz atrás de mim

-Oi, hoje consegui me levantar!- digo com uma sacola na mão.

-Acho ótimo, a parti de hoje, você mora comigo!-congelei.

-João...-ele me interrompe

-Não me diz mais nada, só estava esperando você melhorar! Não pensa que me enganou com esse teatro de estar mal, só estava aproveitando a situação para me afastar.

-Não fiz isso, de fato só me levantei hoje e a minha mãe só retomou hoje ao trabalho.

-Anna, as quatro vou te buscar e quero toda sua mala arrumada!- lágrimas escapavam do meu rosto. Se era difícil antes, morando com ele, não quero nem imaginar.

- Tudo bem...eu vou !- disse me virando e secando as lágrimas do meu rosto.

- Eu sei que você vai!-ele diz de forma ríspida.- Fui andando rapidamente até a minha casa e joguei um jarro contra parede e gritei, gritei muito alto. Abrir o guarda roupa e joguei minhas roupas tudo no chão com raiva.

Peguei meu celular e liguei pro Gui.

-Oi, minha linda!

-Gui, não se preocupa, o João ordenou que fosse morar com ele.

-O que? Como não me preocupo? Esse cara abusa de você, te agride. Anna, não vai, sai daí agora, tô indo te buscar!

-Não faz isso, por favor, eu vou tentar obedecer a ele e ele não vai me machucar, se você vier eles te matam, por favor, não vem, tudo que eles querem é que você venha até o morro.

-Eu morro, mas morro tentando te tirar daí!

-Gui, se você fizer isso eu vou me sentir culpada pro resto da minha vida, não faz isso, por favor!

-Você promete tentar me ligar todos os dias?

-Prometo tentar, mas não me liga, quando eu consegui te ligo.

-Você me promete?

-Prometo, prometo!

-Anna...-desligo o telefone.

Do um grito muito alto e rumo o ferro de passar sobre a parede com tanta força que faz uma broca da parede. Joguei algumas peças de roupa na mala e sentei na cama chorando.

-Está pronta?- João diz ao aparecer na janela.

Pego a minha mala e jogo dentro do carro. A casa dele é bem na baixada do morro, onde quase ninguém te acesso. Senti um medo absurdo, sempre tive a minha mãe pra fazer com que ele não me atingisse diretamente, pelo menos na frente dela, agora vivendo sobre o mesmo teto, serei sua eterna refém. Por um lado, seria mais fácil arrumar provas contra ele, fazer gravações. O Gui tava me explicando que no momento em que encontrou ele, antes de nos conhecer, oque provavelmente desencadeou a decisão dele me mandar para atrai-lo para o morro, ambos tiveram impasse, mas que nada aconteceu pois ele não teve provas para prendê-lo, desde então, investiga e procurar provas para colocar ele atrás das grades. Ele não me pediu para fazer isso, mas seria uma oportunidade.

Chegamos dentro da casa dele e tinha cinco homens armados rodeando a casa dele.

-Pra que isso João?

-Minha segurança é essencial!-ele diz entregando minha mala aos capangas.

-Minha mulher tá morando comigo, se qualquer um encostar nela sem minha permissão, morre!-ele grita e segue andando de um jeito despojado.-Aqui esta nosso quarto, arrume tudo aí no guarda roupa!-um medo toma conta de mim, oque será da minha vida?Joguei toda roupa em cima da cama. Me sentei no chão e fiquei lá dobrando bem devagar, tentando aproveitar o máximo a distância dele.

-Já tem duas horas pra dobrar essas roupas, percebi que não serve como dona de casa, amanhã contrato uma moça pra esses serviços!-ele diz fechando a porta do quarto.

Caso com o policialOnde histórias criam vida. Descubra agora