-Tá melhor né Anna? -ouço uma voz atrás de mim
-Oi, hoje consegui me levantar!- digo com uma sacola na mão.
-Acho ótimo, a parti de hoje, você mora comigo!-congelei.
-João...-ele me interrompe
-Não me diz mais nada, só estava esperando você melhorar! Não pensa que me enganou com esse teatro de estar mal, só estava aproveitando a situação para me afastar.
-Não fiz isso, de fato só me levantei hoje e a minha mãe só retomou hoje ao trabalho.
-Anna, as quatro vou te buscar e quero toda sua mala arrumada!- lágrimas escapavam do meu rosto. Se era difícil antes, morando com ele, não quero nem imaginar.
- Tudo bem...eu vou !- disse me virando e secando as lágrimas do meu rosto.
- Eu sei que você vai!-ele diz de forma ríspida.- Fui andando rapidamente até a minha casa e joguei um jarro contra parede e gritei, gritei muito alto. Abrir o guarda roupa e joguei minhas roupas tudo no chão com raiva.
Peguei meu celular e liguei pro Gui.
-Oi, minha linda!
-Gui, não se preocupa, o João ordenou que fosse morar com ele.
-O que? Como não me preocupo? Esse cara abusa de você, te agride. Anna, não vai, sai daí agora, tô indo te buscar!
-Não faz isso, por favor, eu vou tentar obedecer a ele e ele não vai me machucar, se você vier eles te matam, por favor, não vem, tudo que eles querem é que você venha até o morro.
-Eu morro, mas morro tentando te tirar daí!
-Gui, se você fizer isso eu vou me sentir culpada pro resto da minha vida, não faz isso, por favor!
-Você promete tentar me ligar todos os dias?
-Prometo tentar, mas não me liga, quando eu consegui te ligo.
-Você me promete?
-Prometo, prometo!
-Anna...-desligo o telefone.
Do um grito muito alto e rumo o ferro de passar sobre a parede com tanta força que faz uma broca da parede. Joguei algumas peças de roupa na mala e sentei na cama chorando.
-Está pronta?- João diz ao aparecer na janela.
Pego a minha mala e jogo dentro do carro. A casa dele é bem na baixada do morro, onde quase ninguém te acesso. Senti um medo absurdo, sempre tive a minha mãe pra fazer com que ele não me atingisse diretamente, pelo menos na frente dela, agora vivendo sobre o mesmo teto, serei sua eterna refém. Por um lado, seria mais fácil arrumar provas contra ele, fazer gravações. O Gui tava me explicando que no momento em que encontrou ele, antes de nos conhecer, oque provavelmente desencadeou a decisão dele me mandar para atrai-lo para o morro, ambos tiveram impasse, mas que nada aconteceu pois ele não teve provas para prendê-lo, desde então, investiga e procurar provas para colocar ele atrás das grades. Ele não me pediu para fazer isso, mas seria uma oportunidade.
Chegamos dentro da casa dele e tinha cinco homens armados rodeando a casa dele.
-Pra que isso João?
-Minha segurança é essencial!-ele diz entregando minha mala aos capangas.
-Minha mulher tá morando comigo, se qualquer um encostar nela sem minha permissão, morre!-ele grita e segue andando de um jeito despojado.-Aqui esta nosso quarto, arrume tudo aí no guarda roupa!-um medo toma conta de mim, oque será da minha vida?Joguei toda roupa em cima da cama. Me sentei no chão e fiquei lá dobrando bem devagar, tentando aproveitar o máximo a distância dele.
-Já tem duas horas pra dobrar essas roupas, percebi que não serve como dona de casa, amanhã contrato uma moça pra esses serviços!-ele diz fechando a porta do quarto.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Caso com o policial
Teen FictionAnna Luisa Bittencourt uma menina simples e amada por todos, tem apenas dezoito anos, mora com seu irmão e sua mãe, quando mais nova acabou se envolvendo com o chefe do tráfico sem saber e quando descobriu era tarde para sair desse relacionamento, f...