O mesmo me levou pra o morro e pelo menos não me leva pra casa dele, me deixou na casa da minha mãe. Cheguei em frente a porta da minha casa e estou toda toda machucada, o João me bateu novamente, querendo me mostrar que não fica por isso mesmo. Eu tava bem, senti a felicidade pela primeira vez em anos e tudo foi arruinado. O Guilherme nunca vai me perdoar, não depois do meu suposto "namorado" ter apontado uma arma para sua cabeça.
-Mãe, cheguei!- digo com coração despedaçado.
_Filha?- a mesma corre ao meu encontro.-Está machucada meu bem, oque houve?
-Nada!-digo entrando diretamente ao meu quarto. Arrumei uma mala coloquei tudo dentro, e se eu fugisse pra São Paulo de verdade com a Any? Será que conseguiria ser feliz lá? Não quero meter a Any em meus problemas, não depois de tudo que aconteceu.
Pego o celular e ligo para mesma, no terceiro toque ela atende.
- Amiga?- ela pergunta
- Oi, está tudo bem com você?-pergunto em seguida.
- Tudo sim, tô morrendo de saudades. Me conta do cara da balada, como estão?
- Nada bem!- meus olhos enchem de lágrimas ao lembrar
- Como não?
- Amiga, o João nos encontrou e apontou uma arma para cabeça dele.
- E o que ele fez?
- Foi embora
- Você fez algo amiga, como assim ele foi embora do nada?
- Eu disse que o João era meu namorado.
- E você queria que ele continuasse lá, se você disse que ele era seu namorado ele ia fazer o que mas lá ?
- Eu sei amiga.
- Amiga, vai lá e resolve isso .
- Você ta louca ? Você já sabe do que ele é capaz !
- Caramba amiga, não sei como te ajudar, acho melhor ir até ele.
- Melhor não, ele deve está muito chateado comigo.
- E deveria não está ?
- Amiga você também não ajuda né ?
- Ajudo sim! Você que é cabeça dura .
- Vou tentar ligar pra ele.
- Faz isso. E tenta se saí do João e do morro amiga, esse cara que você namora é um monstro,não quero acabar vendo minha amiga enterrada.
- Amiga já tentei de tudo e principalmente o Gui era um dos meus planos que já se foram, eu estava apaixonada amiga, foi difícil admitir, mas eu estava apaixonada!
- Amiga não desiste, saiba que vou ta sempre do seu lado. Eu entendo o Gui, ele estava apontando uma arma e você disse que ele era seu namorado, ele deve ter pensado que estava se envolvendo em algo de casal.
- Amiga, eu sei, mas independente, ele estava com uma arma apontando para mim, tudo bem que o Gui só foi após ele abaixar, mas não sei se posso confiar nele.
Ficamos a noite toda conversando e quando de 03:00 da manhã acabei adormecendo .
(...)
Acordei com uma baita dor de cabeça e morrendo de sono .
-Mãe não queria ir hoje a faculdade!-digo me sentando no sofá
-Você quem sabe filha! - ela sorrir
-Cade meu irmão?
-Saiu cedo hoje pra trabalhar, nem tomou café. E como ta você e o João ?
-Então ele conseguiu o emprego, que bom!-tento desviar o assunto.
- Você e o João brigaram?
-É, foi mãe e estou muito irritada.- minto
-Filha, você deveria valorizar mais ele, tudo que você quer ele faz!
-Isso é o que você ver - deixo escapar
-Não entendi?
- Nada não mãe - digo colocando o pão em minha boca.
Eu quero da um basta nisso, tenho que parar de achar que não mereço ser feliz e me culpar por tudo, como o Gui e a Any disseram, não é minha culpa, sou a vítima da história. Se o João disparasse aquele momento, acredito que teria me jogado em frente a bala para aliviar tamanho sofrimento e tortura.
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Caso com o policial
Teen FictionAnna Luisa Bittencourt uma menina simples e amada por todos, tem apenas dezoito anos, mora com seu irmão e sua mãe, quando mais nova acabou se envolvendo com o chefe do tráfico sem saber e quando descobriu era tarde para sair desse relacionamento, f...