Ele bate tanto no meu irmão e em uma forma de desespero, avanço no mesmo que dá um tiro pra cima. Um filme naqueles segundos se passou na minha mente, tudo que tenho passado, oque minha família está passando e o medo de perder meu irmão, a minha mãe.
-Para!!!!!-grito e começo a empurra o mesmo, não sei de onde tirei força, mas ele caiu no chão, peguei a sua arma que caiu juntamente a ele e na mesma hora peguei e apontei para ele, mas não durou muito já que o em seguida o João levanta e me coloca contra parede batendo minha mão, fazendo com que a arma caia.
- Levanta...Luis Felipe, levanta!!-grito
- Vamos.- o João me puxa pelo cabelo e me joga de vez fazendo com que caia e bata meu rosto no chão. O Felipe se levantou por trás dele e deu um murro na sua nuca e caiu ao lado do mesmo, ele estava muito fraco, aparentemente a arma caiu ao lado do Felipe que jogou arrastado no chão pra mim, assim que o João percebeu levantou e sem pensar atirei contra o mesmo que não demorou a se debater no chão saindo muito sangue.
-O que eu fiz?-pergunto me ajoelhando no chão ao lado dele. -Socorro!-grito. Os amigos dele entrou no local e simplesmente o levou, imagino que tenha levado para um hospital.- Chamem a ambulância!-grito.
-O que você fez com ele!- Um dos seus amigos pergunta me dando um soco na barriga. Todos saíram do galpão e nos deixou lá, sangrando.
-Me ajuda!-grito
-Anna?- ouço uma voz entrando no galpão.
-Oi, me ajuda, por favor!-digo chorando e sacudindo o Felipe que não acordava.
-Eles se foram, não podia vim antes!- Alisson, um amigo do Felipe diz entrando e ajudando a carregá-lo.
-Leva ele, eu vou depois!-o mesmo nega com a cabeça.
-Ele não me perdoaria se te deixasse!-ele grita
Assim que estávamos saindo do morro tinha cinco viaturas descendo o morro, então estendi meu braço.
-Anna?- ouço a voz do Gui que desce de imediato do carro e entra no que estou com o amigo do meu irmão.
-Acorda!-grito.- Irmão, por favor! Não faz isso comigo, não me deixa!-suplico. O Alisson acelerou o carro e fomos ultrapassando todos veículos. Chegamos ao hospital e comecei a gritar.-Ele está muito ferido, a respiração dele está fraca!!
-Você é oque do paciente?- A recepcionista me pergunta
-Sou irmã, meu nome é Anna!-digo trêmula.
- Irmã, eu te amo!- ele diz com a voz quase não saindo.
-Felipe, eu te amo, fica comigo!-abraço o mesmo que é levado pelos médicos a sala de cirurgia, eu não tinha observado, ele escondeu bem que o João baleou ele antes de eu chegar, ele queria que eu visse ele morrendo aos poucos na minha frente.
Minha mãe chegou no hospital aos prantos com todos documentos necessários do Felipe e entregou ao recepcionista, para fazer seu cadastro no hospital. Ela disse que saiu correndo atrás do Gui e ao chegar no hospital ele ainda estava preso pelos amigos e informou que eu tinha ido atrás do meu irmão, como seus amigos algemaram o mesmo na cadeira do hospital, a única coisa que ele conseguiu foi chamar as viaturas para o morro e então liberaram ele para ir com a viatura.
-Ele vai ficar bem!-digo abraçando minha mãe e tentando me convencer da minha própria fala.
-Anna, calma!-Gui diz me levando uma água e rumo ela longe.
-Não quero calma, o desgraçado ia matar ele na minha frente!-digo alterada e o mesmo me abraça forte, fazendo me sentir confortável e chorar em seus braços.
-Vocês são a família do Luís Felipe Bittencourt?- Me levanto de imediato e confirmo com a cabeça.
-Ele esta em estado grave, vamos fazer uma cirurgia de emergência!- me sento ao banco colocando a minha mão na minha cabeça e o Felipe alisando meu cabelo.
-Eu atirei no João!-digo de forma aleatória
-Ele está morto?-Minha mãe pergunta.
- Não sei!-digo me levantando e virando de um lado e pro outro.
- Como assim?- ela diz confusa
- Mãe, eu atirei em legítima defesa, ele ia nos matar!-digo quase sem ar.
Ficamos horas intermináveis aguardando que acabe a cirurgia e quando deu quatro da manhã uma médica diferente veio até a minha mãe e informou que Felipe estava na UTI em observação.
-Posso ir vê-lo?-ela pergunta
-Um de cada vez!-ele afirma.
Minha mãe foi no quarto e ele estava em coma, não dava sinais. Ela saiu arrasada do quarto.
-É tudo por minha culpa, me perdoa mãe!-a mesma me encara e me abraça.
-Nunca mais repita isso!- dando um beijo a minha testa. Quando iria entrar no quarto ele entrou em procedimento, então somente quando deu onze da manhã pude entrar e ver o estado do mesmo. Ele estava ligado a aparelhos e a situação dele é complexa segundo médicos. O Guilherme mesmo machucado não saiu um segundo se quer do meu lado e estava insistindo para que me alimentasse. Meu corpo estava em estado deplorável. Minha pressão baixou e precisei tomar remédio na veia.
-Anna, come algo, por mim!-ele repete
-Não consigo, não consigo comer sabendo que ele está lá, sofrendo!- eu já tinha chorado tanto que nem lágrimas desciam mais dos meus olhos. Sinto apenas uma uma dor de cabeça imensa.
-Linda, vamos cuidar desse curativo!-ele pega na minha mão.
-Filha, só pode ficar uma pessoa, eu vou ficar, pode ir com o Guilherme, qualquer coisa te aviso, agora vai!-ela diz praticamente me expulsando.
- Precisamos de uma doação emergencial de sangue!-Diz o médico brotando na minha frente.
- Qual tipo?- pergunto.- Meu sangue é AB+.
- O dele é AB
- Não sei ninguém que tenha esse tipo, médico e agora o que podemos fazer ? - começo a me desesperar.
- Manter a calma é o principal, você tem que achar alguém com o tipo sanguíneo do seu irmão, no hospital solicitamos campanhas, porém, no momento não temos estoque.
- Filha...o Guilherme.- minha mãe diz, lembrei do sangue dele por causa do exame que fizemos a pouco. Ele já estava no carro, falei pro mesmo que correu ao hospital, fez exames e confirmou a compatibilidade.
- Mãe?- encaro a mesma
-Filha, eu to bem!-a mesma diz com os olhos inchados.
- Tem certeza?
- Vai dar tudo certo ! - o Gui diz
-Eu sei, agora vão!- a mesma diz andando seguindo em direção ao leito.
-Vamos cuidar desses curativos!-Gui diz me encarando.
-Anna, me promete que nunca mais vai fazer essa loucura de ir atrás do João.
-Eu nem sei se ele está vivo!-digo séria
-Não importa, me promete!-confirmo com a cabeça.
-Eu te amo!-ele diz e do um sorriso em meio a turbulência de minha mente.
-Eu te amo!-do um selinho no mesmo.
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Caso com o policial
Teen FictionAnna Luisa Bittencourt uma menina simples e amada por todos, tem apenas dezoito anos, mora com seu irmão e sua mãe, quando mais nova acabou se envolvendo com o chefe do tráfico sem saber e quando descobriu era tarde para sair desse relacionamento, f...