Capítulo 18

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Ao sair do quarto havia um almoço na mesa.

-Come!-ele diz enfiando um frango na sua boca com a mão. Coloquei um pouco de macarrão no meu prato e um pedaço de frango, não estava sentindo fome.

- Por que me traiu? Com aquele policial de merda?- ele pergunta e sinto minha mão ficar trêmula e suando.

-Não te trair!-digo me afastando em quanto o mesmo joga tudo que estava na mesa no chão.-João.-digo em quanto o mesmo se levanta em minha direção.

-Estava só esperando você melhorar pra fazer você ficar da mesma forma! Você pensa que eu ia deixar passar?-Ele me puxa pelo cabelo e me coloca um lenço na minha boca. O João é uma pessoa totalmente inconstante, ontem ele estava normal, não me disse nada sobre isso, do nada hoje ele surta. Penso em quanto minhas vistas iam se apagando e a minha última visão era o teto. Ouvir alguns barulhos e sentia dor na minha parte íntima, minha roupa jogada pelo chão e eu estava acorrentada. Dessa vez foi menos pior por que não precisei viver cada momento, eu estava inconsciente. Pelo menos era oque achava, até o mesmo me ver abrindo os olhos e o mesmo disferir murro na minha barriga.

-João!-digo com a voz fraca demais e sem capacidade de racionar.

-Anna, você era pra ser a minha mulher, minha esposa, você foi mandada pra me trazer aquele policial e você se envolve com ele?- como ele descobriu? Me pergunto. E então ele continua falando.- Da primeira vez te encontrei na praia com aquele cara, deixei passar, não quis pensar nisso, mas novamente, você fugiu dos meus capangas e os meus homens viu esse cara no hospital com você!-ele diz me dando outro murro me deixando sem ar. Eu deixava você livre em frente a sua família e você perdeu isso de mim, agora seus amigos, familiares vão sofrer consequência de suas atitudes!-ele diz alterado, parecia ter feito uso de entorpecentes. -Você é uma cachorra! Era só minha e quis ficar com um cana?-ele diz apertando meu pescoço me fazendo quase desmaiar. Dessa vez acredito ser meu fim, ele está mais alterado que o normal.

Ele pegou uma arma e colocou na minha garganta. Senti o desespero, raiva, tudo junto e me debatia.

-Eu te amo!-ele diz tirando a arma da minha boca e me beijando, viro meu rosto.

-Para João, você me enoja!-grito e o mesmo bate forte na minha cabeça com a arma fazendo com que apague. Acordei e estava nua, ouvi uma gritaria e não consegui identificar, minhas vistas estavam embaçadas, deve ser efeito daquele boa noite Cinderela que ele aplicou em mim.

-Anna!- ouço e percebo que é a voz do Gui.

-Você me prometeu!-digo com a voz fragilizada e quase sem sair. Eu estava sangrando, meu corpo  estava exposto. Apareceu três homens e o João surpreendeu o mesmo com um murro, fazendo cair.

- João !!! Solta ele, por favor - começo a chorar .

- Cala boca!!-ele grita em quanto vários homens vão pra cima do Gui.

-Filha!- minha mãe diz entrando

-Mãe, oque faz aqui?-digo chorando muito.

-João, oque houve com você? Minha filha está nua!-ela grita.

-Acontece que sua filha é uma puta!-ele grita e pega a arma da sua cintura, apontando para o Guilherme e a minha mãe.

-E agora ? Quem vai morrer ? - o João rir descontroladamente. O Guilherme da um golpe no mesmo que faz ele cair e a minha mãe corre ao meu encontro. Os homens ao ver que o João caiu retorna ao local e vão pra cima do Guilherme, ouço um disparo. Meu coração errou as batidas nesse momento, e o desespero tomou conta de mim. Avistei um capanga caindo e era outros policiais chegando no local.

Caso com o policialOnde histórias criam vida. Descubra agora