Danny cochilava no banco de trás e Dill a admirava pelo retrovisor interno, sentia-se grato por ter Danny ao seu lado e o seu sorriso se fazia presente naturalmente, tinha muitos planos em sua mente e não via a hora de poder colocá-los em prática.
Mas naquele momento, algo o incomodava muito, Cassio estava ferido e isso era bastante preocupante.
Já havia amanhecido e agora estavam bem longe, nenhum imprevisto havia acontecido até o momento, tudo seguia bem, o outro carro com os outros rapazes seguia logo atrás. Dill fez sinal com as mãos por fora da janela, alertando os outros que fariam uma parada no posto de gasolina a frente e aos poucos diminuíram a velocidade.
Danny acordará na ocasião, assustada ao perceber que estavam parando.
- O que houve? - Disse agitada.
- Nada meu amor, estamos apenas fazendo uma parada rápida para abastecer e esticar um pouquinho as pernas- disse Dill.
Danny se acalmou e encontrou os olhos de Dill pelo mesmo retrovisor que ele a admirava minutos antes, Danny sorriu e recebeu em troca um beijo bem discreto que a deixou envergonhada.
- Pessoal temos apenas alguns minutos ok. - informou Dill ao parar o carro em frente ao abastecedor. O outro carro também parou para abastecer.
- E aí, como está Cassio? - perguntou Dill.
- Está bem, o tiro o atingiu de raspão, aparentemente não é muito grave, fizemos um curativo com o kit de primeiro socorro e conseguimos estancar o sangue. Ele ficará bem. - disse Caio.
- Fico aliviado em saber que ele está bem, porém temos que prestar atenção nele, no caso de o ferimento se agravar. - disse Dill.
- Acredito que o pior já passou. - garantiu Caio. - Vamos ligar para Sam, avisá-lo sobre Cassio e pedir para preparar a sala de enfermagem. Vai dá tudo certo.
- Ok! Vamos comprar alguma coisa por aqui, não podemos demorar. Precisamos chegar na nossa cidade o mais rápido possível.
- Certo! Revezar com Derick ou Poul, ainda temos algumas horas pela frente. - disse Caio.
- Faça isso, descanse um pouco. - disse Dill.
Dill procurou por Danny e a encontrou parada olhando a paisagem a sua frente, sem mais, seguiu até sua amada.
- Está pensando no que? - interrogou ao se aproximar da moça distraída.
- Nada! Estou apenas olhando o céu, ele está bonito. - respondeu.
- Sim. Deve ser em comemoração a nossa nova vida. - Disse abraçando Danny e ela se confortou no abraço de Dill se sentindo protegida.
Dez minutos depois, Dill avisou a todos que iriam partir, os ocupantes dos carros se preparam para voltarem a estrada, Poul ia dirigir e Bily também assumiria o volante no lugar de Dill, para que ele pudesse descansar, Danny sentou-se e Dill se aconchegou em seu colo.
- Não poderia estar em um lugar melhor que esse. - disse ao deitar sua cabeça nas pernas de Danny. A moça sorriu e começou a alisar os cabelos de Dill que não demorou para adormecer.
A estrada estava bastante movimentada, Bily estava atento, Felipe observava o caminho, Danny também observava e Dill dormia. No outro carro, Poul dirigia também atento, Cassio estava ao lado, conversavam, Derick estava no banco de trás e Caio dormia ao seu lado encostado na porta do carro. As horas passavam e com ela os quilômetros. Agora estavam mais perto da cidade e bastante ansiosos para chegarem na mansão.
- Eu juro que achei que Dill não estava tão envolvido assim por Danny. - comentou Cassio.
- Acho que dessa vez ele encontrou alguém que ele goste de verdade e que seja correspondido com a mesma intensidade - continuo Poul.
- Pois é, Dill teve sorte, agora não vai precisar das meninas, agora ele esta completo. - disse Derick.
- Tomara que eu encontre alguem assim algum dia. - Disse Poul sorrindo.
- Sei lá, eu não me vejo tendo um relacionamento sério algum dia, eu não me contento com uma única mulher, eu me enjôo fácil. - confessou Cassio.
- O problema é, que quando se encontra a pessoa certa, as outras deixam de fazer sentido, a pessoa certa nos contenta e quanto mais a temos, mais queremos tê-la. - disse Derick surpreendendo os outros com suas palavras.
Poul olhou para Cassio que também olhou para Poul surpreendido, houve um silêncio por alguns segundos.
- Vamos esquecer isso. - Disse Cassio quebrando o silêncio e finalizando o assunto.
No outro carro Bily conversava com Felipe, enquanto Denny acariciava os cabelos de Dill que permanecia dormindo tranquilamente.
- Dentro de uma hora estaremos em casa. - disse Bily. - Quero meu quarto, minha cama, minha comida, minhas bebidas, minha piscina, minhas mulheres.
- Mulheres? - perguntou Felipe.
- Sim, minhas mulheres... Preciso fazer sexo. - disse sorrindo.
Felipe riu e balançou sua cabeça.
- Sera que serei aceito?
- Você já foi aceito Felipe, Sam aceita tudo que Dill faz e se Dill te aceitou, nem precisa se preocupar.
- Espero que sim!
- Na verdade, é outra pessoa que tem que se preocupar se será aceita. - disse Bily.
- Quem? Ela? - perguntou Felipe num tom baixo.
- Exatamente. Não sei como Sam vai reagir, Sam nunca quis nosso envolvimento com relacionamentos sério. Mas é o Dill né, de repente ele vá relevar.
- Por que o Sam é assim com Dill?
- Sam o criou como filho, ele era filho de seu melhor amigo e adivinha só? Desde cedo viviam no crime. O pai de Dill foi morto em uma missão, Dill era apenas um recém nascido ainda. Quando todos nós chegamos, Dill já estava lá. Crescemos todos juntos, o mais novo de todos é o Cassio que chegou a dois anos. Veio de um orfanato assim como eu. - contou Bily.
Felipe ouvia atento a história que Bily contava e tentava imaginar o começo de todos.
- E a mãe de Dill?
- A mãe dele era uma prostituta, meteu o pé assim que deu a luz a Dill. Não conheceu o filho e nem o filho conheceu seus pais. Quem ajudou a criá-lo foi a Denise, dama de companhia de Sam. Você vai conhecer, é ela que comanda as meninas, pode se dizer que ela é a dona do cabaré - Disse sorrindo.
Quanto mais Felipe sabia das coisas, mais achava interessante e se sentia fascinado com tudo aquilo.
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O poder do amor na mente criminal.
RandomDill é o lider que comanda um grupo de assaltantes profissionais, ele é considerado o braço direito de Sam, um mafiosos muito poderoso. Mas sua vida começa a mudar quando fora para uma missão em outra cidade e conhece um sentimento que vai além de...